quarta-feira, 17 de junho de 2015

Angola gasta mais na defesa do que África do Sul e Nigéria juntos


Carlos Rosado de Carvalho defende investimentos na educação e saúde

Manuel José
VOA

Angola gasta mais na defesa do que a África do Sul e Nigéria em conjunto quando deveria usar esses fundos para a educação e saúde, disse o economista Carlos Rosado de Carvalho. Aquele especialista defendeu que o Executivo de Luanda deve explicar para onde vai o dinheiro que está a ser poupado com a redução dos subsídios aos combustíveis.
Rosado de Carvalho falava numa mesa redonda  organizada pela Associação Angolana do Direito do Consumidor (AADIC) sobre o impacto da subida dos preços dos combustíveis na vida dos cidadãos e sugeriu que os valores poupados nos subsídios sejam usados em sectores essenciais como a educação e a saúde.
"O petróleo vai acabar e precisamos apostar mais na educação e saúde”,  disse Carlos Rosado de Carvalho, que adiantou: "Angola gasta com a defesa e com os militares mais do que a África do Sul e Nigéria juntas, precisamos tirar dinheiro desse sector e apostá-lo na educação e saúde".
Para aquele especialista, Angola "é dos países do mundo onde há mais desigualdades na distribuição de rendimentos", por isso Carlos Rosado de Carvalho  diz que os planos e programas que o Governo tem estado a implementar não são eficazes e defende uma mudança de estratégias.
A questão da transparência "é outra preocupação do economista Rosado de Carvalho, afirmando que o Governo tem que “explicar bem” para onde foi o dinheiro poupado no corte aos subsídios.
O economista disse ainda que programas como a “Merenda Escolar” e outros não existem na prática
Por seu lado, Lopes Paulo, consultor do Ministério do Comércio reconheceu as fragilidades dos programas e garantiu aos presentes que vai levar as sugestões da mesa redonda a quem decide.
Participaram no evento da AADIC, para além do economista Carlos Rosado de Carvalho, o consultor do Ministério do Comércio Lopes Paulo, a representante do Instituto Nacional de Preços e Concorrência Francisca Fortes e estudantes da Universidade Independente de Angola.


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