quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Economista acusa Governo angolano de gerir mal o dinheiro público





José Matuta Cuato

Em Angola, várias medidas de contenção têm sido levadas a cabo para minimizar as consequências da crise financeira resultante da queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Coque Mukuta
VOA

Uma carta do Director Nacional do Comércio Externo de Angola determina a suspensão de pedidos de importação de arroz, açúcar, farinha de trigo, óleo alimentar, cimento, telhas, tijolos, bebidas alcoólicas e não-alcoólicas, feijão e carnes congeladas e ovos. Está ainda suspenso o licenciamento de exportação de sucatas ferrosas e não ferrosas.
O economista José Matuta Cuato afirma que o Estado deve também restringir muitas benesses que oferece aos ministros, secretários de Estado e chefes de departamentos.
“As despesas com os combustíveis para a frota do Estado é muito elevada, a Administração Pública tem cartões de combustíveis e quem os paga são os cidadãos, por isso penso que o sacrifício não pode ser apenas para o ´zé povinho´ mas para todos nós”, disse.
O economista sublinha que o Executivo angolano gasta muito dinheiro do erário público mas gasta mal.
“Sabemos que  o Governo gasta muito, mas também sabemos que gasta mal, é tempo de fazermos um saneamento nas nossas contas”, defendeu o economista José Matuta Cuato.
A crise financeira prevê o atraso da implementação dos programas do Governo e vários empresários contactados pela VOA em Luanda, sem gravar entrevista, disseram estar a sentir redução dos investimentos do Estado.

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