sábado, 26 de janeiro de 2013

Milocas Pereira foi aterrorizada em Luanda


A jornalista guineense Milocas Pereira foi agredida no inicio do mês de Maio por desconhecidos antes de ter comunicado a algumas pessoas com quem falou a sua intenção de deixar Angola, na sequência desta agressão, que foi apontada pela própria como sendo a causa mais próxima da sua decisão.
Junto de uma destas pessoas, sua amiga, com quem MP conversou em Luanda, este site soube que a jornalista e professora universitária guineense estava verdadeiramente aterrorizada,
tendo-lhe confidenciado que não tinha dúvidas que a agressão tinha fortes motivações políticas e que por causa disso ela estava a correr risco de vida, pelo que a única solução que tinha era abandonar imediatamente Angola, de regresso ao seu país.
Os agressores, segundo contou a nossa fonte, durante o acto de agressão que levaram a cabo contra a confrade guineense deram-lhe claramente a entender porque é que ela estava a ser violentada e que as coisas podiam ser piores da próxima vez.
“Por agora é só”- disse-lhe um dos dois agressores, depois de ter sido retirada a força do carro e empurrada para o chão num terreno pedregoso, o que lhe provocou ferimentos nos joelhos.
Na ocasião o seu carro foi revistado, tendo-lhe sido levada apenas uma pen-drive, sem que os assaltantes mostrassem qualquer interesse pelos outros bens que ela transportava na carteira, incluindo dinheiro.
Aconselhada pela sua amiga a denunciar publicamente a agressão, MP disse que preferia não o fazer, a traduzir bem, segundo a fonte deste site, o estado psicológico altamente perturbado em que se encontrava.
Na conversa que estamos a citar, MP disse que começou a sentir-se muito pressionada depois de uma entrevista que tinha dado sobre a situação na Guiné-Bissau na sequência do golpe de estado que derrubou o Governo de Carlos Gomes.
Aconselhada a ir para Portugal, MP disse que não confiava nos portugueses e que se sentia melhor na Guiné-Bissau com os responsáveis que emergiram do golpe de estado.
Na sua edição desta sexta-feira o Novo Jornal dedica uma página inteira ao desaparecimento da jornalista, com referências ao facto dela se ter destacado nos comentários que então produziu para a comunicação social angolana pelas críticas que fez à Missang e ao relacionamento politico de Bissau com Luanda.
Pelo que se sabe, MP estava muito longe de ser uma entusiasta desta operação das FAA em terras guineenses a par de outras antipatias que ela não escondia distribuídas pelos protagonistas políticos do anterior eixo existente entre Luanda e Bissau.
ANGOLA24HORAS.COM

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