sexta-feira, 28 de setembro de 2012

China reconhece ter subestimado crise econômica global


A China subestimou severamente a desaceleração econômica global deste ano e outros cortes nas taxas de juros chinesas ou de compulsório dependem de qualquer nova deterioração no ambiente externo, afirmou nesta quinta-feira um conselheiro do banco central.
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Professor da Universidade de Renmin da China e conselheiro acadêmico do comitê de política monetária do Banco do Povo da China, Chen Yulu falou a repórteres às margens de uma conferência na capital sobre as condições da economia global e fluxos de capital.
- Nós, de fato, subestimamos a gravidade da situação econômica externa – afirmou Chen, acrescentando que a economia global pode continuar fraca por um período prolongado.
Questionado se o BC irá optar por impulsionar a economia fazendo mais cortes nas taxas de juros ou nas taxas de compulsório para os bancos para impulsionar o empréstimo comercial, Chen disse: “Irá depender da deterioração da situação externa”.
O BC cortou as taxas de juros duas vezes em junho e julho e diminuiu as taxas de compulsório três vezes desde o final de 2011, liberando estimados 1,2 trilhão de iuanes (US$ 190 bilhões) para novos empréstimos.
Mas a autoridade monetária tem evitado medidas mais agressivas de afrouxamento desde então, apesar de sinais adicionais de esfriamento da demanda doméstica e internacional. Em vez disso, tem optado por injetar liquidez de curto prazo nos mercados monetários para aliviar restrições de crédito, uma ação que analistas dizem refletir as preocupações de Pequim com novos riscos imobiliários e inflacionários.
O banco central afirmou na terça-feira que irá “ajustar” a política para proteger a economia de riscos globais, enquanto observa atentamente o possível impacto do afrouxamento da política nos Estados Unidos e na Europa.

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