domingo, 15 de abril de 2012

Golpe Militar. Bissau ainda sem soluções à vista


Bissau - Numa altura em que os destinos da Guiné-Bissau continuam em mãos incertas, o Comando Militar dá indicações de que o político que recolhe maior agrado para assumir os destinos da Presidência da República de Transição é Serifo Nhamadjo, candidato presidencial à semelhança do ainda detido Carlos Gomes Júnior.
Nhamadjo, que recolheu a terceira maior votação durante a primeira volta das presidenciais, atrás de Carlos Gomes Júnior e de Koumba Yalá, é assim apontado como o grande beneficiado político do Golpe de Estado orquestrado pelo Comando Militar. Apesar de ter sido uma figura dos bastidores do PAIGC até à sua eleição como Presidente da Assembleia Nacional Popular, Nhamadjo era o preferido da CEDEAO nas eleições guineenses.

Aliás, fontes políticas em Bissau consideram mesmo que foi o forte apoio financeiro recolhido em países deste bloco, como o Senegal, Burkina Faso ou mesmo Guiné-Conarky, que permitiram a Nhamadjo o dinamismo da sua campanha na zona leste. Apesar do terceiro lugar e do seu estatuto de figura de segunda linha no partido, os apoios da CEDEAO permitiram fragmentar o eleitorado PAIGC na zona Leste do país, facto que obrigou à segunda volta das presidenciais.

Também para resolver o impasse, chegou hoje a Bissau uma delegação da CEDEAO para contactos com o auto intitulado Comando Militar. Apesar da agenda da reunião não ser para já conhecida, é esperado que a organização regional procure a defesa da transição constitucional na Guiné Bissau pós-Golpe de Estado, que conduziria à nomeação de Serifo Nhamadjo como Presidente de transição, em virtude de exercer o segundo cargo da nação, o de Presidente da Assembleia Nacional.
(c) PNN Portuguese News Network
Imagem: Fronteira com o Senegal foi fechada depois de golpe de estado na Guiné ...
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