sexta-feira, 27 de abril de 2012

Desabafo de um manifestante - Alexandre Dias Dos Santos



Luanda - A nossa ex - rádio de confiança está a ter um comportamento de um sucursal, da Rrádio Nacional de Angola (RNA), tais com rádio Cazenga,Viana e outras.

Fonte: Club-k.net
Meus companheiros estamos a entrar num beco sem saída, de um tempo a está parte tem ocultado informações sobre tudo quando é contra o regime angolano. Esta rádio está a perder credibilidade, muitos jovens como nós já perderam a simpatia por esta rádio, falo na qualidade de manifestante que sofre na carne o comportamento desta rádio, que se dizia ser à voz dos sem voz e que agora está a ser a voz do regime, ao invés de ser a voz do povo. Irei citar alguns exemplos do comportamento desta rádio nos últimos tempos:

No dia 8 de Março de 2012 o activista Mário Domingos foi rapitado pelas milícias do regime e foi brutalmente agredido, nós o levamos à rádio e a Ecclésia gravou uma entrevista sobre o sucedido e a dita rádio não passou absolutamente nada;

No dia 9 de Maro de 2009 a residência de Carbono Casimiro activista, foi invadida pelas mesmas milícias conhecidas por nós, cometeram crimes de ofensas corporais graves à cinco cidadãos que se encontravam na residência. A rádio ecclésia falou do assunto de uma forma muito superficial;

A mesma rádio ecclésia no dia 10 de Março a quando da manifestação do Cazenga, entrevistou os manifestantes, mas ocultou as informações verídicas;

No dia 19 de Abril do ano em curso, eu cidadão Libertador por volta das 22 horas, recebi uma chamada telefónica do terminal “915 91 09 64” da suposta agência funerária de nome Emirantes usando os seguintes termos:

Que a minha morte já estava encomendada;

O caixão estava preparado e que poderia haver uma explosão no meu carro sexta feira dia 20 as 12 horas rebentaria.

Depois de cumprir os procedimentos legais, isto é, informar a comissão de moradores, ao governo local e a polícia, levei uma gravação de 17 minutos da conversa com a suposta agência funerária à rádio ecclésia e falei com vários jornalistas daquela casa e mesmo assim o registo magnético não foi aceite. Assim com este comportamento desta rádio as milícias ficam sempre em pune , porque a nossa és rádio de confiança não cumpre com o seu papel de pelo menos informar a opinião pública.

O meu muito obrigado a rádio Despertar por ter falado sobre o assunto, vos encorajo a seguir este caminho da isenção, assim vocês conquistarão cada vez mais os corações dos angolanos, sendo uma verdadeira voz da sociedade.

Voltando a ecclésia, gostaria de perguntar por onde anda o Frei José Paulo, antigo director que nos deixa saudades, por onde anda o programa Veritas, foram os melhores momentos da rádio onde os ovintes eram tidos e achados, perqunto ainda por onde anda o Padre Maurício Kamuto, apesar de alguns problemas nos seu mandato foi bom. Pergunto ainda por onde anda o jornalista voz do povo Tomás de Melo que escutava o verdadeiro povo dos pés descalços que entrava em todo e qualquer gueto dos nossos musseques, não se sabe por que cargas de água ou ordens superiores ficou um jornalista de gabinete não podendo fazer o que ele mas gosta-- ouvir o clamor do povo. Pergunto também por onde andam as vozes da sociedade civil e política que o povo gostavas de ouvir na ecclésia tais como:
Dr. Vicente Pinto de Andrade ;
Eng. Laurindo Neto;
Dr. Fernando Macedo:
Dr. Nelson Bonavena;
Dr. João Kambuela;

Dr. Luís Nascimento e tantos outros, será que é por ordens superiores que essas vozes não passam mais.
A rádio ecclésia parece um hospital público onde todos precisam de tratamento, mas eles só tratam sempre as mesmas pessoas. Na minha modesta opinião a rádio ecclésia está se tornando uma sanzala de um sucursal da RNA.

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