segunda-feira, 12 de março de 2012

Suzana Inglês e o país à beira da loucura - Raúl Danda


Luanda - Abri o Club-k e vi o artigo: Suzana Inglês, a Dra., afirma com todos os dentes que o Diário da República que confirma a sua exoneração do cargo de juíz, a seu pedido, é falso. A minha primeira reacção foi pensar que eu estava apenas perante uma brincadeirinha de muito mau gosto inventada pelo Club-k contra a pobre senhora. Mas isso foi a pensar que não era da Angola, tal como a temos hoje, nem do MPLA que estávamos a falar, apesar de o meu amigo e colega Falcão Pinto de Andrade, o porta-voz do "M", ter execitado um golpe de rins, infelizmente mal sucedido, ao afirmar que o seu partido não tinha nada a ver com a polémica levantada em torno da designação da senhora Inglês para presidente da CNE – CNE que o meu igualmente colega João Melo resolveu baptizar de CNEI, em mais uma daquelas invenções que ele anda agora a protagonizar.

Fonte: Facebook
Mas logo abri um olho e percebi que estamos no pais do "tudo vale", do "tudo é possível". E estava eu a chegar a outra conclusão: o país, este país que se chama Angola, está mesmo a ficar maluco. Pelo menos sou forçado a admitir, por mais que isso me custe, que a nossa querida Suzana Inglês, a Dra., está com problemas sérios do fórum psiquiátrico. Perdoem-me, mas é nítida e infelizmente o que sinto, já que alguém com os sentidos a funcionar como manda a lei (com o devido pedido de perdão já que eles não gostam de falar de leis, pois isso lhes dá alergias) não poderia ter a ousadia de fazer tal declaração. Está assim tão difícil ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, ao Executivo de Angola, ao MPLA e à própria Dra. Suzana Inglês reconhecerem que a corda já foi esticada em demasia e que é tempo de parar para que ela não rebente?

Isso tudo é mesmo vontade de ser chamada "presidenta" da CNE? Com que sentimento ficará a Dra. Suzana Inglês quando sente os olhares inquiridores e mesmo reprovadores dos seus colegas advogados, que se comportam nesta sociedade com aprumo? Como fica a nossa Suzana quando sente os murmúrios das suas colegas da OMA - que a ilustre Ministra Fátima Jardim fez questão de, mais uma vez e contrariando o CSMJ, dizer, no Namibe, que a OMA é mesmo MPLA? O que sente ela na realidade quando é - como deve certamente ocorrer - fustigada com as perguntas do género "ó mãe, ó avó, porque insistes nesse cargo se os angolanos não te querem?" O que vê essa nossa irmã quando se olha ao espelho? Há mesmo razões para , em nome do que quer que seja, ou de quem quer que seja, uma ilustre jurista (acho) perca assim toda a nesgazinha de dignidade que ainda lhe poderia restar nas entranhas?


Estou aqui para ver como é que essa nossa compatriota se vai desembrulhar para inventar "diários da república" e provar que o Diário que veio da Imprensa Nacional não é verdadeiro e que o “seu” - aquele que ela agora vai ter a empreitada de "parir" - é que é o bom. E a pergunta que humildemente deixo no ar é a seguinte: vale mesmo a pena que os angolanos confiem a Comissão Nacional Eleitoral, que deve ser Independente à luz da Constituição e da Lei, à Dra. Suzana Nicolau Inglês, que não pára de dar mostras de total desonestidade, falta de transparência, falta de imparcialidade e até uma flagrante falta de carácter? Que eleições teríamos nós com o destino eleitoral confiado a essa senhora? Estou com um vivo receio de que, passada a fase do enfarte fictício que lhe foi atribuído, muito visivelmente pelos seus próprios “camaradas” de partido, na vã tentativa de a salvar do descalabro, a Dra. Suzana Inglês adquira uma outra patologia, desta vez verdadeira: a demência. A loucura. É que não é humanamente crível que alguém tenha estofo para aguentar tanta coisa.

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