segunda-feira, 12 de março de 2012

Polícia diz que vai investigar as agressões contra manifestantes



Luanda - Polícia Nacional angolana prometeu domingo em Luanda que vai investigar as agressões ocorridas sábado em Luanda, designadamente o espancamento do economista Filomeno Vieira Lopes por civis que atuaram livremente na repressão de quem pretendia participar na manifestação antigovernamental.

Fonte: Lusa Club-k.net

Versão estranha

A promessa foi feita em declarações à Lusa e RTP pelo porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, Nestor Goubel. Depois de reafirmar várias vezes que a Polícia Nacional é o garante da segurança e ordem públicas, Nestor Goubel procurou explicar os acontecimentos ocorridos sábado de manhã no Cazenga, bairro popular de Luanda onde número indeterminado de civis empunhando armas brancas agrediram os jovens que procuravam concentrar-se para se dirigirem à Praça 1º de Maio, onde pretendiam manifestar-se contra a manutenção da presidente da Comissão nacional Eleitoral e exigir a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos.

"A Polícia Nacional recebeu denúncias que no Cazenga estavam dois grupos diferentes a confrontar-se e presume-se que esses dois grupos têm filosofias diferentes. Uns apoiam as instituições do Estado democraticamente eleitas e outros contestam as autoridades", considerou.

Quando os agentes da polícia chegaram ao Cazenga, já os confrontos tinham terminado, pelo que a Polícia Nacional "vai continuar as investigações para apurar responsabilidades", frisou.

Nestor Goubel acrescentou que nenhum agente da polícia efetuou disparos de armas de fogo no Cazenga, como foi alegado pelos jovens que se pretendiam manifestar, e que dispersaram perante o que consideraram ser uma ação concertada dos civis empunhando armas brancas e da polícia.

Quanto às agressões ocorridas a partir do início da tarde na Praça 1º de Maio e zonas circunvizinhas, o porta-voz da Polícia Nacional sublinhou que os agentes da polícia destacados na zona não deram conta de nenhum ato perturbador da ordem pública.

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