sexta-feira, 16 de março de 2012

Dirigente da UNITA revela que João Pinto foi seu militante


Lisboa – No seguimento de pronunciamentos atacando a UNITA, a Secretária-Geral Adjunta da ala juvenil deste partido, a economista e docente universitária, Navita Ngolo endereçou uma carta aberta ao deputado do MPLA, João Pinto, em que ao chamar-lhe a razão respeitante a sua conduta, revela que o mesmo estudou a custa do seu partido, ao tempo de Jonas Savimbi.

Fonte: Club-k.net
Carta Aberta ao deputado do MPLA
De: Navita Ngolo para o jovem Deputado Dr. João Pinto
Caro compatriota:

Escrevo-lhe esta carta como sua mandante para manifestar a minha profunda preocupação - e creio de uma boa parte da sociedade - pelos seus pronunciamentos públicos e pela postura que tem assumido em defesa do regime que oprime os angolanos e promove a corrupção da fibra social da Nação.

Como Deputado, o senhor jurou defender a Constituição, mas, ao invés de defendê-la, ataca-a violentamente. O senhor recebeu de mim um mandato, para promover a justiça e para representar-me na fiscalização do Executivo. O senhor traíu o mandato que lhe conferi, porque promove todos os dias o desvalor da injustiça. Ao invés de representar condignamente os angolanos todos, o senhor tem mostrado ser um defensor do regime que pisa a Constituição e viola sistematicamente os direitos e liberdades do soberano de Angola, todos os dias.

Escrevo a si em particular porque, pelo que sei, o senhor foi da UNITA e estudou à custa da UNITA. Agora ataca visceralmente a UNITA, esquecendo-se, por vezes, que a UNITA é um conjunto de pessoas, é parte integrante da entidade colectiva que lhe conferiu o mandato de Deputado e a quem o senhor tem de servir. Por outro lado, eu sou da UNITA e achei necessário informar as pessoas um pouco da sua história pessoal.

Muitos de nós, jovens, o consideramos parte integrante do trio dos defensores do templo da ilegalidade, corrupção, bajulação, cabritismo, nepotismo, servilismo, chauvinismo, vícios, promiscuidade e candonga, que à luz do espírito de convivência na diversidade política, não tem pergaminhos positivos, para a construção da nossa querida e portentosa pátria. A pátria de Mutu-ya-Kevela, Mandume, Ekuikui, Njinga, Muachiava e outros que por ela deram o melhor de si.

Todos os Angolanos, intelectuais ou não, letrados e não letrados, precisam de agir com responsabilidade, mas também com coerência que se exige para não confundir os principais actores do processo, com agitação, insinuações e alarmismos que podem perigar o andamento do processo Democrático ainda frágil no nosso país.

A coerência é a pedra de toque para todos dirigentes que se prezem e que queiram de facto servir Angola e os Angolanos.

Escrevo-lhe para dizer que o senhor está a ser incoerente quando, para defender o indefensável, o senhor recorrentemente maltrata emocionalmente a UNITA, de que o senhor já se serviu, prejudicando os melhores e conseqüentes quadros deste país que dariam o melhor de si com o dinheiro que o senhor usufruiu, fruto da capacidade de inovação, criatividade e visão olistica, do Saudoso Presidente Fundador DR. Jonas Malheiro Savimbi.

O justo seria, primeiro, o senhor pronunciar-se e disvincular-se definitivamente do seu patrocinador de então, a UNITA, que lhe proporcionou boa parte do conhecimento que tanto exibe e mal aproveita, semeando confusão no seio dos Partidos e da sociedade em geral, prática peculiar daqueles que procuram agradar para adquirir uma projecção na vida, sacrificando os verdadeiros e conseqüentes militantes do MPLA.

A nossa intenção não é sacrificar os seus apetites, mas é tão somente para levar ao conhecimento público para saber com quem afinal estamos metidos e que futuro teremos com dirigentes incoerentes, oportunistas, imediatistas e subservientes, que não dignificam o serviço público numa (Res) publica.

Dr. Jõao Pinto! Os Partidos não se defendem cegamente. Há coisas visíveis que o senhor na qualidade de jurista sabe e muito bem que é ilegal, mas faz vista grossa só porque pretende agradar o chefe que se quer perpetuar no poleiro.

O Senhor deve um pronunciamento à UNITA e à sociedade Angolana, explicando sem rodeios as suas reais intenções que são as de semear a confusão, que constitui o embrião e sustentáculo da dor e luto de que infelizmente temos a triste memória.

Está réplica é válida para o senhor Dr Jõao Pinto e para todos os outros que, infelizmente, a coberto de “melhores militantes do MPLA” e de outros partidos, escondem os seus passados históricos(em surdina) e hoje parecem verdadeiros defensores do templo e do poleiro.

Quanto a esses, se não mudarem de comportamentos e atitudes, estou decidida a denunciá-los e desmascará-los, pois a Pátria e o povo é que sustentam a minha intervenção política. Por isso não me calarei diante das artimanhas dos oportunistas e imediatistas!

Contra a Rendição Monteiro é nosso Exemplo;
Kafundanga – É o Exemplo a seguir.
A pátria não se discute;
A Pátria Defende-se;
Albertina Ngolo

2 comentários:

José Vieira disse...

Soberbo! Vou já a correr solicitar amizade desta kwacha! Grande mulher, grande angolana!

Bartolomeu Simao disse...

Ora viva a mulher no mes das mulheres,nunca imaginei essa,lembram daquele mal entendido no parlamento da palavra sulano,como agiu o sr joao pinto.
A senhora e corajosa.
O comportamento do sr joao pinto e irritante.