quinta-feira, 8 de março de 2012

CSN: O novo partido de Chivukuvuku


Lisboa – Abel Chivukuvuku prepara-se para na próxima semana, (14 de Março, caso não seja alterada a data) fazer apresentação formal, da nova força política que ira apresentá-lo nas eleições de Setembro do corrente ano como candidato a Presidência da República de Angola. A força, ainda mantida no secretismo deverá se firmar como uma coligação, e registrada com a sigla CSN - Convergência de Salvação Nacional.

Fonte: Club-k.net
Abel concorre as eleições de 2012
A CSN tenciona ser uma força política ao qual irá reunir grupos ou tendências isoladas e outras franjas que se assumem oposicionistas ao rumo a que o país esta a ser levado a cabo pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Dois filhos do nacionalista Mendes de Carvalho do MPLA, abraçaram a iniciativa. O líder do PDP-ANA, Sediangani Mbimbi ira fazer parte devendo ter um lugar de destaque nas listas de deputados da CSN. Outra figura influente dentro do projecto é William Tonet, que dirige o AMC- Amplo Movimento de Cidadãos.

O Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP) de Alexandre Sebastião André que inicialmente se manifestava disponível para integrar o projecto de Abel Chivukuvuku terá recuado para indicar, como cabeça de lista para as eleições gerais deste ano, um general reformado que estima ser “ harmonizador dos diferentes segmentos da sociedade angolana”. Estão também de fora, o Bloco Democrático de Justino Pinto de Andrade e o Partido Popular de David Mendes.

A algumas semanas atrás, um grupo que trabalha no “draft” da CSN deslocou-se ao interior do país, numa missão que visou testar a aceitação de Abel Chivukuvuku em praças tradicionais da UNITA. Leonel Gomes, ex- membro da comissão política do “Galo Negro” trabalhou em Benguela e Bie, tendo na primeira província ficado convencido com o nível de aderência que teve por parte dos benguelenses. Na zona leste do paíse ou Lundas esteve a trabalhar , o ex- Ministro do Comercio, Joaquim Icuma Muafumba, que é nascido nesta região.
Na província do Huambo esteve José Gomes e dois ex- militares das FALA, o coronel Chipalavela e o Major “Três tiros”. O trio realizou duas reuniões num dos restaurantes da cidade.

Carlos Xavier, Secretário da JURA em Malanje esteve prestes a aderir o grupo tendo recuado na seqüência de um convite da direção central do seu partido para integrar a comissão provincial eleitoral naquela província.
Em paralelo, aos trabalhos deste “grupo de avanço”, Abel Chivukuvuku fez trabalho idêntico fora do país junto de entidades estrangeiras ao qual explicou as razões que o levaram a projectar algo fora da UNITA. Esteve em Portugal, Paris, Inglaterra tendo regressado ao país, no passado domingo (3). Em terras Lusas, abordou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e através deste foi referenciado ao Primeiro Ministro, Passos Coelho. Foi também convidado para um jantar em casa da família soares, por iniciativa do ex- Presidente Português Mario Soares. Deve deslocar-se em menos de 60 dias para os Estados Unidos para uma audiência no departamento de Estado e com correntes daquele país que manifestam vê-lo.

Antes da apresentação do projecto em Luanda deverá submeter uma carta a direcção da UNITA, para congelar temporariamente a sua militância em obediência a outros desafios de “dimensão nacional”. Desde a realização do congresso da UNITA em Dezembro, que este político deixou de atender convites para reuniões partidárias. A última vez que foi visto em círculos do “Galo Negro”, foi a 23 de Fevereiro, no velório de Azevedo Kangaje, nos bombeiros em Luanda.

O quadro mais comprometido com Chivukuvuku é o medico Xavier Jaime e Carlos Morgado que actua como responsável do seu gabinete. O outro é Rafael Aguiar. Não esta claro se estes deverão congelar a militância ou se sairão definitivamente.

Notabilizados Quadros da Comissão política da linha de Maurilio Luiele e Horacio Junjevile que outra hora o apoiavam, passaram a renegá-lo na proposta de abandonar a UNITA. Outro que teria se desmarcado de eventuais contactos é Mfuka Muzemba, o Secretário-Geral da JURA. Embora circulam rumores de que esteja a ser hostilizado pela direção do partido (Chegou a dizer a Isaias Samakuva numa reunião que este não confiava nele), Muzemba diz em privado que a sua causa “está dentro da UNITA e não fora”.

Carlos Candanda que fora o primeiro do Grupo de Reflexão, a congelar a militância, recuou na decisão tendo sido readmitido para a comissão política. Invoca que como histórico a sua vida esta comprometida com a UNITA. Entretanto, manifesta respeito as ambições presidências do antigo líder da bancada parlamentar do seu partido.
Em contactos internos que vai tendo, Abel Chivukuvuku não incentiva os seus correligionários a abandonarem a UNITA em massa para o seguirem. Sente que tal rotura pode fazer com que o CSN seja visto como uma congregação de “desertores” ou uma “segunda UNITA”. Em razão do qual o lugar destinado a segunda figura das listas de deputados da sua coligação esta destinado a uma personalidade “não proveniente” da UNITA.

O assunto da saída tem sido objecto de reações divergentes dentro da UNITA. Uns alegam que os estatutos são claros em determinar a expulsão das suas fileiras, ao militante que se filie num partido diferente. A 4 de Março, no final de um acto de massas na comuna do Hengue, Bailundo (Terra natal dos pais de Chivukuvuku), o Secretario provincial da UNITA, Liberty Chiaka foi duro ao tentar transparecer que Abel “já não é um factor de vantagem competitiva, mas sim , um factor de instabilidade , portanto, um factor de descrédito para UNITA”. e que “nessas condições , o melhor é mesmo ele partir”.

Numa reunião recente da comissão política, o Secretario dos assuntos eleitorais, José Pedro Katchiungo referiu sobre o assunto tendo criticado que ao invés de se conversar com o “grupo de desertores”, alguns “maninhos” mostravam-se numa posição de aplauso. É de opinião que se deve escutar a corrente desertora, no sentido de evitar a eventual saída.

A saída temporária de Abel Chivukuvuku esta a ser aproveitada por correntes do MPLA que promovem a tese segundo a qual “a UNITA vai perder pela saída de Abel”. Em reação, membros da direção do maior partido da oposição invoca que até mesmo nas comunas da chamada “Angola profunda”, os seus militantes (com realce aos que não sabem ler) sabem que no dia das eleições, votam “na bandeira onde há o Galo”.

1 comentário:

chiquita bacana kundi disse...

Não entendo! Como é que um homem que queria somalizar ANGOLA e os angolanos, agora se apresenta como futuro candidato à presidência do país que ele queria somalizar. Será que o povo vai se esquecer disso e vai votar nele em massa???? O Dr. Chivukuvuku, pode ser o homem que os americanos queriam e querem para derrubar o dono do país mas sem o BD,não sei se irá longe. Não se pode formar um governo sem quadros capazes. A juventude intelectual tem de estar presente. Os colegas do Dr Abel, já estão caducos, Drs.Morgados e CIa.... já deveriam estar na aposentação e curtir o mussulo. Duas vezes por semana a dar aulas nas universidades.