sábado, 30 de abril de 2011

Grupo de belgas processa Vaticano por abusos sexuais


Um grupo de 70 pessoas que dizem ter sido abusadas sexualmente por padres vão processar judicialmente o Vaticano e a Igreja Belga, anunciaram sexta-feira os advogados.
Walter Van Steenbrugge indicou que a queixa, que será entregue dentro de duas semanas, sustenta que as autoridades religiosas não protegeram devidamente as vítimas de padres pedófilos.
Van Steenbrugge disse ainda que a Igreja Católica belga e o próprio Papa falharam em levar a cabo as devidas acções para prevenir os abusos sexuais.
O caso de abusos sexuais de membros da Igreja Católica belga foi conhecido no ano passado quando o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, foi forçado a resignar, após confessar ter abusado do seu jovem sobrinho durante 13 anos.
Mais tarde, centenas de vítimas de abusos sexuais semelhantes vieram a público contar as histórias pessoais, que datam de há décadas, provocando um grande choque na sociedade belga.
Diário Digital com Lusa

Os portugueses têm competência para ordenar despejos sem mandado judicial?


Notícias - Angola24horas
“Casa de família angolana demolida pela empresa Teixeira Duarte”
Nas linhas que se seguem vamos relatar a história de um casal que acordou numa casa de três quartos, completamente mobilada, e que quando voltou encontrou apenas escombros, depois que a empresa portuguesa Teixeira Duarte mandou demolir a casa.
Passavam pouco mais de trinta minutos das 10 horas quando chegamos a Talatona, no bairro Cambamba II. Lá encontramos Hilário Peixoto, 38 anos, que apontou para um enorme amontoado de pedras, poucos metros adiante, que antes fora a sua casa. A terra estava lamacenta, fruto das chuvas que se abateram sobre a cidade nos últimos dias e tivemos que atravessar um terreno íngreme para chegar aos escombros. Ao chegarmos ao local vimos pedaços grandes de concreto, ferros, um gerador caído, aparelhos de ar condicionado e tanques plásticos. “Eu tinha tudo em casa, saí para trabalhar e algumas horas depois ligaram-me a dizer que a minha casa tinha sido demolida pela empresa Teixeira Duarte. Quando cheguei encontrei este cenário desolador”, explicou Hilário Peixoto.
Segundo a vítima, a empresa agiu sem aviso prévio e deitou abaixo a sua casa porque há muito que o vinha aliciando no sentido de abandonar o imóvel, pois quer construir no local um condomínio. Segundo o que apuramos no local, de testemunhas oculares, um encarregado de obras da empresa Teixeira Duarte, de nacionalidade portuguesa, ordenou a demolição, tendo contratado para o efeito um condutor para a máquina que efectuou o trabalho, visto que os funcionários da empresa negaram-se a fazê-lo.
Nesta altura Hilário Peixoto vive no seu carro enquanto a esposa foi abrigada em casa de amigos. Ele passa as noites em frente ao que antes fora a sua casa enquanto aqueles que demoliram a sua casa trabalham a escassos metros daí. Os seus braços estão avermelhados em função das mordeduras de mosquito que tem sofrido e as olheiras são visíveis no seu rosto em função das noites mal dormidas. “Anteontem estava a chover e tive que me abrigar debaixo das chapas que restaram, é muito triste e humilhante para quem tinha uma casa”, lamentou.
Enquanto conversávamos percorremos o espaço onde antes estava a casa, um caminho difícil pelo amontoado de concreto, mobília. Acabamos por embater num ferro. A nossa frente estava parte da cama que estava no quarto do casal que foi deitado abaixo. Fruto da situação, Hilário Peixoto está desolado, pois perdeu tudo o que construiu ao longo de uma vida. “Só falta darem-me um tiro e morrer”, frisou.
Ainda no local foi possível ver lâmpadas e copos partidos.
Por: Suzana Mendes
NP

José Eduardo dos Santos proposto a Nobel da Paz


Ontem, (27Abril) em Saurimo (Lunda Sul) uma criança de 11 anos enforcou-se depois de discutir com os amigos, outra, de 13, no Mukonda fez o mesmo por frustração. No mesmo dia, um agente da polícia matou-se porque descobriu que a sua 4ª mulher andava com outro (há quem diga que foi o «outro» que lhe matou), e, dois dias depois a irmã matou-se por causa da morte do irmão. Sinais dos tempos ou o tempo dos sinais? In Divaldo Martins. Facebook


Luanda - A Brigada 28 de Agosto, disse, ontem, ao Jornal de Angola, o seu porta-voz, que pretende reunir assinaturas, em Angola e no estrangeiro, para propor o Presidente José Eduardo dos Santos a candidato ao Prémio Nobel da Paz.

Fonte: Jornal de Angola

Aquela associação, afirmou Agostinho Paulo, realiza, de 23 a 25 de Maio, em Malanje, um colóquio para analisar a trajectória, a obra e a visão social do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

A conferência, que deve ter a participação de mais de 200 pessoas de todo país, é dividida em seis temas: trajectória política de José Eduardo dos Santos, impacto das suas decisões políticas no contexto africano, o seu posicionamento no cenário internacional, a visão sobre os desafios e objectivos do milénio para o desenvolvimento, a visão do Presidente da República sobre o Estado angolano e as vantagens do mercado ferroviário e o impacto na economia nacional e regional.

A dimensão política, social, estratégica e militar em África e no mundo de José Eduardo dos Santos, referiu Agostinho Paulo, fez com granjeasse a admiração dos grandes pensadores políticos, a nível internacional.

“A trajectória, a vida e obra do engenheiro José Eduardo dos Santos tem um conteúdo vasto. Por isso, a nossa preocupação é reunir, numa colectânea, esse conteúdo do ponto de vista académico e científico para as novas gerações poderem ter acesso ao conhecimento social e à visão estratégica de José Eduardo dos Santos”, declarou.

A colectânea, disse, vai servir para estudos no ensino médio e de licenciatura em relações internacionais, ciências políticas e de direito.

O colóquio, frisou, é também uma oportunidade para os angolanos se debruçarem sobre o legado, a visão e os desideratos mais nobres de José Eduardo dos Santos, desde a ascensão ao poder, batendo-se pela resolução dos problemas de Angola.

“A natureza filosófica e patriótica da Brigada 28 de Agosto obriga-nos a adoptar a personalidade do engenheiro José Eduardo dos Santos como patrono, tendo em atenção o seu ideal à causa do nacionalismo angolano e a sua paciência e civilidade na gestão do país”, referiu.

O colóquio com a participação de docentes e estudantes universitários e não universitários, sociólogos, psicólogos, economistas, juristas e diplomatas acreditados em Angola.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A ditadura de Angola quer controlar a Internet





Estamos no fio da navalha! Editorial


Maputo (Canalmoz) - Está cada vez mais claro que vivemos um momento extremamente difícil sem perspectivas de solução por mais voltas que se dê aos discursos.
A FRELIMO hoje está a revelar-se uma clara barreira a que Moçambique se desenvolva e a que os moçambicanos de uma forma geral possam beneficiar das riquezas do seu País. Um punhado apoderou-se do Estado, converteu a ideia de Estado servidor em Estado todo poderoso, dos privilégios, e julgando que nasceu iluminado pelos espíritos, anda por ai cantando e rindo sem se aperceber do risco que começa a correr.
Não sendo a culpa de todos os seus membros é sem dúvida culpa de um punhado bem significativo de que faz parte quem para além de estar estéril de ideias, acumulou o que não produziu, retirou da economia o que não consegue mostrar porque lhe chegou por vias ínvias e o resultado é que não há dinheiro a circular, está tudo escondido, onde não se sabe, só se presume nos “bolsos” de alguém ou nas contas em offshore.
Moçambique não pode continuar muito mais tempo a adiar a solução.
Falar não basta. Começa-se a perceber que já não resolve. Protestar também nem basta nem resolve.
A pobreza não diminuiu apesar da paciência dos moçambicanos.
Quanto mais paciência, mais pobreza. É o que se está a ver.
Quanto mais paciência, mais ignorância.
Quanto mais paciência mais pilhagem das riquezas acontece. Estamos entregues a um grupo de gente que entre o que são e o que são os gangsters já não há praticamente diferença.
O sofrimento durante o colonialismo em África não foi resultado de acções de povos opressores. Foi, sim, fruto de intenções de um punhado de pessoas de ditas elites que agarradas ao poder e montadas na ignorância das maiorias pilharam não só as riquezas dos seus próprios territórios e dos povos a que pertenciam, como também dos territórios que ocupavam e dos povos respectivos.
O que se acusava o colonialismo de fazer, hoje vemos muito pior feito pela “elite” que se guindou ao poder.
Eduardo Mondlane tentou, antes da revolta ser proclamada, resolver o problema por via do diálogo. Não deu. As elites coloniais metropolitanas estavam de tal maneira obcecadas que não foram capazes de entender que o problema estava na sua própria teimosia, arrogância e atitude avarenta. Chegou um dia que a paciência foi-se.
Só quem nunca foi da Frente de Libertação de Moçambique ou quem nunca esteve próximo deste problema poderá ignorar isso.
Mesmo depois da Frente de Libertação de Moçambique ter sido reconhecida como a herdeira do poder colonial e do País se ter tornado politicamente independente, houve quem tivesse a dada altura perdido a paciência ao ponto de chegar mesmo a apelar para o “escangalhamento do aparelho de Estado”. Não foi a Renamo que indignada veio e apelou para o escangalhamento do aparelho de Estado. Foi a própria Frelimo que a determinada altura viu que algo perturbava o seu programa e escangalhou mesmo o aparelho de Estado. Uma onda radical semelhante, a existir, apelaria hoje para o escangalhamento do Partido Frelimo, como os egípcios acabaram por fazer ao partido do ditador Mubarak.
Seria um completo absurdo hoje repetir-se um apelo ao escangalhamento do Aparelho de Estado, tão irresponsável isso foi no tempo em que os senhores que hoje pedem paciência só eram capazes de propor o escangalhamento de quem já tinha construído o seu futuro.
Viu-se o que deu o extremismo. Viu-se quanta gente de qualidade abandonou o País por causa da necessidade de um punhado em nome de todo um povo satisfazer os seus apetites predadores. Apetites esses que como vemos agora eram estritamente pessoais não fossem hoje as diferenças sociais mais chocantes do que eram na época da administração colonial.
Na altura terá sido a imaturidade que levou ao extremo de se pedir o escangalhamento do Aparelho de Estado e levar esse objectivo até às últimas consequências. Hoje pedir o escangalhamento do Aparelho de Estado viria a propósito porque as instituições do Estado só servem para servir grupos de canibais do erário público. Mas o Estado é muito mais do que um punhado de canibais e temos de o proteger. Livrarmo-nos de quem abusa dele é no entanto urgente.
Nos países do norte de África e Médio Oriente, hoje, por razões semelhantes ao que está a levar ao extremo do sofrimento milhões de moçambicanos, talvez até por muito menos, os povos perderam a paciência e não estão propriamente a escangalhar o aparelho de Estado. Estão, sim, sem apelo a afastar desse mesmo aparelho os predadores.
No caso concreto de Moçambique acreditou-se até agora que era necessário criar-se a tal elite para cuidar do País, mas o que sucede é que estamos perante uma “elite” sem princípios, avarenta, predadora, autoritária, e convencida que é a jóia da Pérola do Indico.
Em vez de nos podermos orgulhar da elite que se dizia que depois de formada iria tomar conta do país e cuidar dos destinos da Nação, cresce nas ruas o sentimento perigoso de que não há outra saída se não escangalhá-la.
Apelamos para o bom senso que não tem existido da parte da chamada “elite” por ora existente. Sabemos que no verdadeiro sentido do termo pouco ou nada sabe o que isso é, mas é conveniente que depressa se convença de que toda a paciência tem limites e as pessoas não são de pedra. Pedimos a essa “elite” que não insista em abusar da paciência dos pobres.
Da mesma forma apelamos para que os que têm tido o bom senso de não escangalhar a elite no poder continuem a dar os mesmos sinais de civismo.
Apelamos para que quem está no Poder se deixe de julgar intocável porque de um dia para o outro o empurrão pode levar a um enorme trambolhão.
Vermos um predador de bens públicos abusar de poderes a que ele próprio renegara dias antes, ser indiciado, pelas que fez antes e pelas que fez depois, por ilustres juízes-conselheiros seus pares e depois ser ilibado por um simples despacho do Procurador-Geral da República, como aconteceu com o Dr. Luís Mondlane o mal afamado ex-juiz presidente do Conselho Constitucional, é sinal de que já não se pode pensar em justiça através dos órgãos da justiça. Isso é muito perigoso!
Vermos o PGR mandar arquivar queixa de juízes-conselheiros encarregues da constitucionalidade do País sem mais delongas, sabendo nós que quem nomeou Luís Mondlane foi o mesmo que nomeou Augusto Paulino, mostra bem a que nível já chegaram os compromissos que estão a levar Moçambique a ser o paraíso para uns e a latrina para outros.
Com estas atitudes de magistrados que não se dão ao respeito a crença de quem ainda vê nas instituições do Estado o trampolim para que a violência não seja necessária é seriamente ferida. Quando já nem nos órgãos competentes se faz justiça, estamos perante gente irresponsável a tal ponto que lhes caberá exclusivamente arcar com as responsabilidades quando a tampa da panela saltar.
Não será certamente o custo de vida demasiado elevado que irá entornar o caldo. Já vivemos com muito menos e riamo-nos do repolho e do carapau.
Será a gente que tem vindo a subverter o Estado, claramente gente sem escrúpulos, perversa e arrogante, que irá levar um dia destes este povo, já incapaz de continuar a controlar a falta de paciência, a fazer aqui o que está a ser feito em muitos países africanos e no Médio Oriente. A nós resta-nos pedir para que se reflicta e se corrijam os comportamentos antes que seja tarde demais. (Canalmoz / Canal de Moçambique)

SINFO incrementa vigilância de indivíduos usando equipamento da China


Lisboa - O SINSE, Angola, incrementou a suas acções de vigilância e controlo de indivíduos e meios considerados “adversos” do regime. Os meios empregados são humanos e electrónicos, estes reforçados com aquisições recentes de equipamento, em especial da China.

Fonte: AM/Club-k.net

O SINSE é o braço da Inteligência doméstica angolana que tem a natureza de um serviço publico especial, integrante da comunidade de inteligência, com personalidade jurídica e dotado de autonomia administrativa, financeira e patrimônio próprio. Depende do Chefe do Governo.

No passado teve o acrônimo SINFO. O termo “SINFO”, passou a ser visto de forma pejorativa, tendo impulsionado a mudança para a designação Serviço de Inteligência e Segurança de Estado.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A CABANA DO PAI HORÁCIO



Um bom governante nunca deve bazofiar o que faz num ano, mas mostrar o que faz num dia.
A troika de observadores há muito que cobiçava um terreno estrategicamente situado, ali para os lados do campo de guerra de Talatona, arredores da cidade fortificada de Luanda, e que por isso mesmo urgia ficasse sitiado. As conversações encetaram-se, mas o mwangolé Horácio, permanecia renitente: «Ao inimigo nem um palmo da nossa terra». A troika, não desarmou e armou pretensa proposta principesca: «É pá, você é daqueles mwangolés chatos. Ou aceita esta nossa última proposta, ou então já sabe como é. Duzentos e trinta mil dólares pelo terreno, negócio fechado e não se fala mais nisso, ok?!» O mano Horácio quase sem cabelo na cabeça, levou-lhe os dedos de uma das mãos fingindo-a coçar, como que num profundo meditar: «Não, não, isso não me dá para nada. O que farei com tão irrisória quantia hoje em dia? Se vocês depois vão construir aqui mais um bruto prédio e vender cada apartamento a um milhão de dólares? Não, não, e não!» E muito rápida como impõe a ilicitude da rapidez do negócio, a troika voltou em força com o forte braço fora-da-lei: portugueses com um buldozer, copiando o que Israel faz aos palestinos. Não é novidade para ninguém que Angola importa tudo o que é maus costumes. E arrasaram – que mais sabem fazer além disto? – a casa e os haveres do mano Horácio. Fizeram-no de surpresa, sem aviso prévio, como se faz num campo de batalha, porque não é verdade que a guerra acabou. Pelo contrário, recrudesce perene como um terramoto. E o mano Horácio jaz, faz do seu carro a sua casa, copiando a versão da Cabana do Pai Tomás, no tempo da escravidão nos Estados Unidos da América. E para aclarar dúvidas, o mano Horácio perguntou à troika dos portugueses que ao menos fornecessem os seus nomes, e eles sem problemas identificaram-se: «Eu sou o Teixeira! eu sou o Duarte! e eu chamo-me Sonangol!» Entretanto, aguardamos a réplica da oposição a mais este forte tremor de terra. Ouve-se apenas o habitual silêncio cúmplice (?).
As terras eram dos angolanos, depois, agora, um clube dos amigos da democracia e dos especuladores imobiliários comprou, espoliou um Estado e tudo nele contido, o povo. E as populações milenarmente legais, de repente ilegais, e como tal sem direitos. O único: o de viverem na pobreza do milhão de tendas prometidas. E nos locais dos desterrados erguem-se mansões de apartamentos à venda por um milhão de dólares. É a isto que se convenciona decretar de crise económica. Em nove anos de paz, o nosso Governo construiu muitas pontes, muitas estradas, e muitas escolas. E também reconstruiu muita miséria, muita intolerância, muita exclusão social e muita repressão ao jornalismo, que é a ciência do arremessar das palavras que derrubam os muros dos palácios fortificados das ditaduras. É por isso que os ditadores têm sempre os jornalistas que não lhes aceitam subornos, nas miras das armas dos seus mercenários atiradores furtivos.
E neste elogio fúnebre da pobreza resta o truque da panela com água como veremos.
São cerca de vinte e uma horas de mais uma noite de lotaria perdida. É que o sorteio dos lucros petrolíferos ainda não chegou à população. Só a alguns do bando da meia dúzia, aos que merecem, pois foram apenas eles que lutaram pela independência de Angola, e por isso têm direitos universais… e até sobrenaturais.
As crianças choram impiedosamente, imploram comida à sua mamã, que desolada não sabe para onde, ou como se desenvencilhar de tal tortura social e mental. E as crianças continuam no choro aflitivo da fome. É então que a mamã tem uma ideia genial, tétrica, tipo fim do mundo. Põe uma panela no fogão e junta-lhe água que passado pouco tempo mostra os primeiros sinais de fervura. A criançada enche-se de esperança, a comida não tardará, e alegres retornam às brincadeiras do imaginar que são borboletas, e voam para um local onde há muita comida. E adormecem a sonhar com a iguaria da panela com água. De manhã, ao acordarem, a mamã já conseguiu qualquer coisa para comerem.
Quando o petróleo é só para corruptos, as populações morrem de fome. Será que esta é a civilização do silêncio?
Os tempos continuam agitados, agigantados. As sinfonias da Natureza passam por nós em louca correria. É por isso que perdemos, não apreendemos a sua melodia. Até o chorar das crianças parece, perece inconfortável. E as guerras pela liberdade renascem-nos e agitam os ditadores. São os constantes ventos da mudança que nos transportam para o futuro do isto é de todos nós e não apenas de alguns, como um partido sem provar por eleições que é o maioritário, quando na realidade é o minoritário, como se pode ver a seguir.
16 de Abril, pelas vinte e uma hora, no Largo 1º de Maio em Luanda, decorria mais um comício musical maratonado, promovido pelo partido da minoria em saudação a mais um congresso do minoritário. Isto é, não se deixa ninguém descansar, dormir. O mais importante é promover os maus exemplos, assim como as maratonas da bebedeira, que mais tarde transformam cidadãos numa sociedade doentia. E depois, dos covis saem psiquiatras, psicólogos, ideólogos – até se convidam, paga-se a estrangeiros para dissertarem sobre as origens dos nossos males, quando nos seus países a coisa está podre, muito mais mal condizente – dos comités da defesa da revolução, ditos de especialidade, que as coisas estão mal, e que a sociedade está doente e que é urgente curá-la. Que a violência doméstica e as agressões sexuais estão demais. Pudera, com tanto apelo nas maratonas ao álcool gratuito, onde Angola é o maior consumidor, para gáudio dos exportadores portugueses que sonham com a reimplantação do vício colonial da bebedeira, em conluio com os seus mestres émepelistas.
Dos alto-falantes ouvia-se o bombardeio sonoro do DJ de serviço: «Quando eu disser viva, todos vocês também gritam, viva!» E então: «Viva a paz, viva!» O largo estava com a lotação esgotada pela juventude, que já não é não senhor, o futuro da nação. É sim, a desgraça desta nação. E os jovens, nem pio, todos calados, ninguém gritou viva. E o DJ muito esperançado insiste: «Viva o congresso do MPLA, viva!» Nada, ninguém gritou, ninguém quer saber do MPLA, se é que ele ainda existe. Os jovens apenas queriam ouvir música, estavam-se marimbando para as palavras de desordem do M. Então, é ou não é o actual partido da monotonia da minoria?
Sonhamos muito que temos asas e que ultrapassamos todos os obstáculos voando muito mais alto, sempre. Mas ao acordarmos verificamos estupefactos que continuamos no mesmo local, e dele não conseguimos sair, porque a ele nos amarraram. E deixamo-nos encostar no eterno silêncio das vontades perdidas e desesperadas dos lamentos dos nossos muros inconscientes. Será que esta é a civilização do silêncio?
Uma das armas mais temíveis da escravatura é a doutrina de que devemos a todo o momento obediência às entidades superiores. Isto é extremamente agradável para as religiões e políticos ditadores. A imposição da superstição permanente para que seja mais fácil a nossa dominação. Os detentores do poder têm sempre a pretensão de decretaram leis para nos controlarem os passos e as mentes dia e noite. Será que num futuro muito próximo dormiremos e sonharemos noutra dimensão Matrix?
Todos os que aspiram ao poder prometem-nos tanta felicidade como se existisse um planeta paralelo. Chegados ao poder, o jardim do paraíso revela-se como plantas carnívoras plantadas, e o nosso oásis outra vez o inferno. Sempre com a mesma verbalização da conjuntura económica que nos é muito desfavorável. E os cientistas que há dezenas de anos nos previnem para não se construírem casas próximo das margens, porque o nível do mar está a subir. Mas mesmo assim muitos constroem e o mar depois destrói. É negócio, tal como a política. Estamos condenados à votação de eternas eleições?
A nossa miséria alastra-se porque há sempre alguém que disso faz negócio. O exemplo mais gritante é a actividade bancária em países onde as populações vivem na penúria, e os bancos conseguem apresentar lucros astronómicos. E são regimes que se dizem democráticos porque apoiados pelos países mais ricos. Quer dizer: uma democracia para ricos e outra para pobres. E porque é que essas fortunas conseguidas em conluio com espoliadores ditadores não são de imediato congeladas? Porque a democracia também escreve direito por linhas tortas.
Com tanta miséria em Luanda, como é possível existirem tantos bancos? É fácil, não é?! Os bancos exercem, obedecem à corrupção do poder, e assim fazem nas calmas a lavagem dos biliões de dólares que desviam do erário público. Os bancos são lavandarias.
E enquanto existir a ditadura, que impõe, sobrevive na dominação: sem formação, o escravo liberto prosseguirá na escravidão.
Entretanto na LAC, a ANIP, a nossa Agência, (ou ingerência?) Nacional para o Investimento Privado, conseguiu um bom investimento... nas bebidas. Duas ou três empresas, não consegui ouvir o nome, o locutor engolia as palavras, investem milhões de dólares na cerveja. Investir no alcoolismo do angolano é fundamental. E as empresas são deles, dos donos de Angola. E os lucros são fabulosos, porque a matéria-prima principal da cerveja é a água, e esta em Angola, É DE BORLA.
Não sei se conseguirei dormir esta noite, como nas outras, nestes quase quarenta anos de poder cadavérico. De mortos perdidos por toda a Angola. E o cortejo fúnebre prossegue. Este poder da morte tem fábricas, e a matéria-prima é as nossas vidas. Assim, amanhã, em mais este campo de concentração quem conseguirá milagrosamente dele escapar com vida?
O mais difícil, complicado mesmo, é mergulhar trinta e dois anos nesta ditadura, e mesmo assim conseguir vir à superfície e tentar respirar, porque a democracia está a acenar. Mas que vejo?! Em vão, as forças da repressão impõem-me, outra vez, o mergulhar.
O nosso eterno poder é como um navio açoitado por uma violenta e tumultuosa tempestade que o aderna perigosamente para os escolhos da governação, com um péssimo comandante e sem imediato. E que assim não apresenta nenhum rumo seguro, tem um com bastante segurança… o afundar-se. E não é isso que já lhe sucede?
O que a ditadura pretende, nos exige, é o construir por cima dos nossos corpos, fábricas, oficinas, bancos, prédios, condomínios, jardins milionários, estádios de futebol, poços petrolíferos e diamantíferos, e a nossa espoliação total e completa. É que nem a um dólar do petróleo beneficiamos. E nós vamos deixar que isto continue? Não!!! O relógio da ditadura parou, já não há ninguém para lhe dar corda. Sim, ele e ela funcionam como os relógios de antanho. O que nos distingue nesta ditadura, é que nós pensamos e ela não.
Onde estamos? Em Angola, onde os ponteiros dos relógios andam ao contrário, para trás. Onde opinar é facílimo, mas não opinar é pactuar com a ditadura.
Porque é que os ditadores se dizem todos eleitos por Deus, se no fim Ele os abandona?
«Melhoria das condições de vida dos angolanos está a avançar por etapas.» Sim! A primeira etapa já dura há trinta e dois anos. A segunda etapa, muito naturalmente também consumirá outros trinta e dois.
upanixade@gmail.com

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os europeus correm contra o muro. Canal de Opinião. Prof. Kuing Yamang.


Maputo (Canalmoz) - Numa entrevista, o professor chinês de economia, Prof. Kuing Yamang, que viveu em França, teceu as considerações sobre a Europa que aqui se resumem em 10 pontos:

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...

2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar ‘a conta’.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividarem, têm outro vício: os seus governos ‘sangram’ os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro ‘inferno fiscal’ para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!

8. Dentro de uma ou duas gerações ‘nós’ (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...

10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade... (Com a devida vénia do CanalMoz)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A SINFONIA DISSONANTE


O mais importante é o Homem, havendo-o, tudo se resolve.
Quando se está há trinta e dois anos no poder, a confusão está instalada, e não é necessário importá-la. É difícil entender uma alternância democrática de um poder com trinta e dois anos.
De facto o conhecimento da verdade está numa comunicação social angolana tolamente e totalmente partidarizada. Ora, se está tudo em poder de um só partido e de uma só pessoa, ser mais activos? Significa silenciar todas as vozes que discordarem do partido maioritário, que desconhecemos que o é. Só nas próximas eleições (?) o saberemos. Mas como as outras, ficamos sem saber se elas virão ou não. Se regressarem, vão mais batotarem?
«Nas chamadas redes sociais, que são organizadas via Internet, e nalguns outros meios de comunicação social fala-se de revolução, mas não se fala de alternância democrática. Para essa gente, revolução quer dizer juntar pessoas e fazer manifestações, mesmo as não autorizadas, para insultar, denegrir, provocar distúrbios e confusão, com o propósito de obrigar a polícia a agir e poderem dizer que não há liberdade de expressão e não há respeito pelos direitos.» In José Eduardo dos Santos.
Se em Angola existisse liberdade de expressão, e uma imprensa verdadeiramente livre e independente, não existiriam os distúrbios, a confusão e o incitamento à chama das manifestações, convulsões e revoluções. Quando Angola obter a liberdade de expressão, as redes sociais perderão o interesse, porque localmente cada cidadão não verá o seu direito à livre expressão ser-lhe coarctado.
A tia Lwena já com sessenta e dois anos lembra-se do tempo colonial e compara-o com a nossa pobreza actual: «Ainda jovem, com o meu filho às costas, viajei de Quilengues, na Huíla, até Luanda. Durante a viagem, alimentámo-nos com um cacho de bananas que comprei quase de borla. As coisas eram muito baratas.» E prossegue em tom denunciador, critico: «Naquele tempo nunca nos faltava a água e a energia eléctrica de noite e de dia. Não nos roubavam as terras, não nos destruíam as casas como agora, que só sabem é roubar-nos. Os brancos não nos faziam assim. Lá nos matos do Quilengues vivíamos felizes. O meu pai era caçador, ia à caça e nunca nos faltava comida. Agora falta-nos tudo. Nunca vi tanta miséria e pobreza como agora, está demais.»
Do pagamento em fuba e do peixe podre, e porrada se refilarem que António Jacinto muito bem denunciou, agora temos fiscais e polícias que surram amiúde as mamãs zungueiras que nem conseguem fuba nem um peixe podre para comerem. E nos casebres que serão espatifados pelo constante tremor de terra político das novas centralidades, um novel estratagema para encher ainda mais os bolsos da célebre equipa da especulação imobiliária, as espoliadas dos casebres não têm água nem energia eléctrica. E se ousarem manifestarem-se, vão apanhar surra deste neocolonialismo, tal como prometido por um membro proeminente do nosso Politburo. Da actual extrema pobreza em Angola sabemos muito bem quem a criou. Todos conhecemos a sua origem, porque tudo o que é riqueza concentra-se em meia dúzia de pessoas que antes eram pobres e agora podres de ricos, querendo perpetuarem-se no poder criam leis repressivas que cortam cerce quem se lhes opor. Sempre a riqueza espoliada se protegerá conforme as leis do tempo do faroeste americano ainda a vigorarem em Angola. Os índices de pobreza aumentaram depois da grande calamidade nacional que foi o encerramento do mercado Roque Santeiro. Vê-se muito bem a olho nu o movimento nos contentores do lixo. E alguns desses clientes não andam mal vestidos. A pobreza aumentou assustadoramente, e vai, gera instabilidade social, porque nunca sabemos quem é o próximo da lista dos assaltos, ou assassinado por dá cá aquela palha.
Todos os programas de luta contra a pobreza falham porque as verbas consignadas nunca chegam aos destinatários, perdem-se nos ínvios caminhos, nos túneis da corrupção. E neste ritmo a pobreza nunca acabará, muito pelo contrário, galopará.
De facto em todo o mundo há corrupção, mas em Angola é demais. Salta à vista, qualquer um a vê, sente-a na alma, no coração. Está tão institucionalizada que Angola até merece mudança de nome: República da Corrupção de Angola. Em todos os actos e fora deles, a corrupção marcha em filas incomensuráveis. Nos outros países há leis que a combatem, os seus autores são julgados e condenados. Quando a imprensa os denuncia, há investigação, em Angola não. Nos outros países a justiça funciona, em Angola também não. Há trinta e dois anos que o eterno poder em Angola combate o mal da corrupção… transbordando-o nos cofres pessoais. Aqui na banda só o corrupto sobrevive, e quem não se lhe ajustar, fica a ver a banda passar.
Fortunas imensas de biliões de dólares concentrados num pequeno grupo de pessoas, que honestamente falando, nunca conseguirão justificarem a sua proveniência. Pois de facto e de jure todos sabemos que são de proveniência duvidosa.
Quem nos impôs o neocolonialismo com a invasão de mercenários cubanos, russos, e outros do Leste europeu, e agora nos impõe as máfias do imperialismo chinês? E de outros, muitos estrangeiros que nos roubam os empregos e nos concedem a legalidade do estatuto de povo atrasado, de baixa categoria e sem ela, espoliando-nos tudo, inclusive as nossas terras, lembrando, copiando estranhamente o tempo da Argélia então no apogeu do colonialismo francês que aqui procura impor o seu modelo. Eis um exemplo: um português que se intitula de engenheiro de informática, como o conseguiu? Não sabia o que era uma pen-drive. E há mais exemplos por aí, quanto bastem.
Não havendo liberdade de informação, o boato, a mentira, a intriga, a desinformação e a manipulação vingarão fortemente, abastecidos pela desinformação dos nossos meios de informação do partido-estado, único.
A Constituição de Angola é como um objecto de uso pessoal e descartável, porque sistematicamente violada não nos dá garantias para exercermos os nossos direitos de cidadania.
Quando um governo nos impele para além dos nossos limites da miséria, temos o legítimo dever de nos revoltarmos com todas as nossas forças.
Os ditadores têm sempre um exército privativo preparado para atirar a matar sobre as populações que apenas exigem o não morrer à fome.
Com uma bandeira, um hino, um palácio, uma guarda presidencial e um ditador se faz uma nação.
Nas ruas do petróleo escorregadio prossegue o cortejo fúnebre dos deserdados, dos sem futuro. O petróleo não é para quem quer, mas para quem o merece.
O ditador governa sozinho. Manda fazer eleições e ganha-as sempre. Com desplante, garante que o voto foi secreto. Que as eleições foram livres, justas e democráticas. E o altar do poder de Deus sorri-lhe. Tal como Ele, são eternos.
Os tempos e as calamidades estão mais violentos que nunca, as ditaduras também.
E depois de tanto fim da miséria proclamadas, eis que ela se agiganta. A curto prazo, a profissão (!) de político, tal como a de ditador findará.
As estradas da vida estão muito obscuras. Pudera, os corruptos desviaram as verbas.
Olho para o horizonte e o que vejo? A ditadura de quase quarenta anos a pastar sempre no mesmo sítio.
Os ditadores estão sempre a pregar que não têm dinheiro. Mas quando são derrubados do poder, eles convencem-se que nunca o serão, e é por isso mesmo que são ditadores, facilmente se vê que têm biliões de dólares em contas secretas.
Quando o analfabetismo conduz a governação, temos ditadura pela certa.
A espoliar as riquezas do país e a população, e da riqueza pessoal se vangloriar, eis o lugar-comum do ditador.
Somos sempre apanhados de chofre, descalços e nus, perante as promessas de uma nova vida e de um futuro hilariantes.
A nossa vida é uma peregrinação constante, até que finalmente encontramos o destino final do oásis eterno.
Durante a nossa vida errante nesta terra, observamos diariamente os lutos e os nasceres, as lágrimas e os sorrisos do princípio e do fim.
Uma das coisas fundamentais do nosso viver são os constantes projectos, a que nos agarramos com denodo. E tudo segue o seu curso normal, até que repentinamente algo sempre sucede, e que nos habituámos a dizer sempre inesperadamente… a morte.
Entretanto nada mudou. A riqueza permanece no poder de uns poucos, muito ínfimos, e a pobreza mantém-se nas multidões. É isto que ainda se convenciona chamar de liberdade.
Por mais cuidados que tenhamos, verificamos que as nossas poupanças confiadas, depositadas num banco evaporam-se. Bancos, essas horríveis criaturas que nos roubam o dinheiro, e isentam-se de responsabilidades.
Ao que chegámos. Até as nossas vidas sacrificam em nome do negócio.
Deus elege os ditadores, e o povo é eleito pelo demónio.
Nunca sabemos os caminhos por onde andar, porque todos nos conduzem a esta ditadura.























domingo, 24 de abril de 2011

As hostilidades da Teixeira Duarte Angola… em Luanda


De facto estamos em presença de um consórcio, Teixeira Duarte Angola/Banco Millennium Angola/Sonangol/Isabel dos Santos. A TDA com esta super protecção reimplanta os princípios coloniais da mais vil e retrógrada espoliação. O mano Horácio acaba de sofrer o martírio da vil espoliação da TDA, como se fosse um terrorista. Neste momento os angolanos (?) recebem o castigo do tratamento usual que se dá aos terroristas: é que nem a habitação têm direito. Aliás, já nada nos surpreende, senão mais vejamos: No dia 14 de Março 2011, quatro portugueses da TDA destruíram a rua rei Katyavala, em frente à delegação provincial do ministério da juventude e desportos. A cratera da TDA, ainda lá está. Quando a TDA iniciou as obras da agência bancária da rua Rei Katyavala 109, queriam… roubar-nos o cabo de alimentação da energia eléctrica e desviar o tubo da água do prédio. Ficámos com a suspeição que queriam a todo o custo espoliar-nos o prédio. A agitação dos moradores impediu-os. E quando montaram o gerador do Banco Millennium Angola, nas traseiras do prédio, sentenciaram-nos a modos de vingança: «Vão morrer intoxicados!» Esta e outras TDAs vilipendiam-nos a todo o instante. Há a pretensão de nos correrem, concentrarem-nos nas tendas esfarrapadas dos jangos, revivendo o faroeste americano. Por incrível que pareça, no ano de 2011, de facto e de jure, estamos em presença do histórico reviver do colonialismo francês na Argélia, que espoliava tudo aos argelinos, exactamente como nos acontece. E nós sabemos como tudo acabou. Os franceses foram vergonhosamente derrotados e expulsos. O que acontece em Angola é a não ainda libertação do colonialismo e da escravidão. E como antes já éramos pobres…
É com este desumano tratamento de discriminação racial, social, económico, etc, que febril, planta as raízes da desestabilização social, tumultos, a que a governação “ingenuamente” acusa de revolução, e contra-revolucionários do Facebook.
Imagem: morrodamaianga.blogspot.com

Teixeira Duarte SA. O regresso em força do colonialismo. É necessária a libertação da podridão, já!


«O Horácio (na foto) um dia destes chegou a casa e encontrou apenas os escombros da mesma, com tudo lá dentro quebrado.
A Teixeira Duarte que queria o terreno, ofereceu-lhe 230 mil dólares para ele abandonar a "bem" o cobiçado pedaço.
O Horácio disse que com tal dinheiro não iria conseguir fazer nada.
A Teixeira Duarte "cansou-se" da teimosia do angolano e mandou um dos seus encarregados aplicar a lei do mais forte, a lei do buldozer.
Ao Horácio restou-lhe uma viatura onde agora passa as noites...
Isto é Angola no seu melhor!»
in morrodamaianga.blogspot.com

sábado, 23 de abril de 2011

A Lei da Protecção da Actual Conjuntura, ou Angola, Outro Muro da Vergonha


Quem manipular a informação, compra tumultos e vende revolução.
Esta lei nasce da necessidade premente da protecção dos bens concentrados em meia dúzia de pessoas que se apoderaram de Angola, e dela não querem tirar o pé, e lhe fazem finca-pé. Ao ser aprovada, reentramos num grave conflito de contornos semelhantes aos de 1975, aquando da instauração do tristemente célebre marxismo-leninismo. Neste momento e nesta época que atravessamos, tal lei é um ultimato à nação angolana, o regresso do terror do 27 de Maio. Isto é, o apressar da desorientada queda da ditadura.
Eis a nossa Lei das TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação, cuja designação correcta é: Lei de Combate à Criminalidade no Domínio das TIC e dos Serviços da Sociedade de Informação. Sempre com a mania das grandezas, até nas frases. Nunca simplificar, mas tudo complicar.
Que órgãos electrónicos (sites, blogs…) o governo angolano pretende mutilar exactamente com esta lei? Acho que visa o morrodamaianga, o Club-K e o Angola 24 Horas e, em menor medida, o Angonotícias. Penso que ela visa controlar a virulência dos comentários de alguns internautas, anónimos e não. In Celso Malavoloneke. Club-k.net
E falta acrescentar: os principais visados, a UNITA, Rafael Marques, Justino Pinto de Andrade, e todos os militantes do BD, Bloco Democrático, William Tonet director do Folha 8, Marcolino Moco, os críticos da situação em Cabinda, e todos aqueles que ousarem denunciar a corrupção galopante do regime. Para já, é bastante notório que tem por fundamento a perseguição política de cariz pessoal daquele que não se gosta, porque denuncia a corrupção generalizada, e como tal deve ser exemplarmente punido.
Uma lei de crimes informáticos nunca deve estar debaixo da alçada de um qualquer partido político incipiente, para espiar e punir arbitrariamente a actividade da nossa vida. Uma secreta que actua sem mandado judicial reedita a Gestapo, as SS, NKVD, e demais horrores. Isso deve sujeitar-se a um, por exemplo, conselho nacional de informática presidida por civis e por juízes de reconhecida idoneidade. Para os casos de actividades contra a segurança do Estado já existem leis. Com a sobreposição destas, quer dizer que estamos numa montanha pequena, que por sua vez está no interior de outra maior, que a oprime, que secretamente a inviabiliza.
Narro um episódio que me aconteceu no domínio da informática: um médico angolano recém-chegado do Quénia de uma missão evangélica, e a trabalhar noutra em Luanda, entregou-me um computador portátil que tinha mais três partições no disco rígido, além da usual, C. Reformatei o disco, deletei as partições e deixei-o apenas com uma, a C. Entreguei-lho, o médico pagou-me a quantia correspondente pelo trabalho, e lá foi muito satisfeito. No outro dia liga-me a protestar com veemência, para que eu lhe devolvesse os outros discos, os virtuais da partição. Explique-lhe o mais que pude que o computador só tinha um disco e não quatro, como ele acreditava. Depois veio o melhor da festa: que eu lhe roubei os discos, e que lhos devolvesse o mais rápido possível senão (?). Valeu-me a intervenção de um familiar dele que a princípio também me exigia os outros discos. Mas depois de lhe demonstrar o que se passava, ele compreendeu e convenceu o médico. Safei-me à justa de uma férrea vendeta. Este texto serve para ilustrar o que nos poderá acontecer com as penalizações dos nossos juízes técnicos de informática no domínio das TIC. Vão importar engenheiros duvidosos para execução dos sem mandados, já que estamos muito mal em termos de formação académica?
Como é que se cria uma lei contra crimes informáticos, se os serviços da Internet quase que não existem? A Internet em Angola é tão deficiente que desencoraja qualquer hacker ou ciberterrorista. A energia eléctrica é também tão ineficiente que dir-se-á quase inexistente. A nossa Internet chega a estar pior que os cortes frequentes no abastecimento de água e luz.
Em Angola, quem rouba milhões de dólares do erário público, iliba-se do crime da Lei da Internet. Pelo contrário, quem ousar denunciar tais crimes, é passível da acusação de difamação contemplada na mesma Lei da Internet. As transferências bancárias dos milhões de dólares que os corruptos fazem amiúde, não é crime informático?
Se Angola não tem contabilidade organizada, no fundo não sei a quem se destina esta lei. As empresas da nomenclatura e estrangeiras que não têm a contabilidade em dia não se contemplam nesta lei?
Bancos que cobram juros elevados, ilegais, exorbitantes, estão imunes?
Manter serviços de rádio e televisão partidarizados, com intensa propaganda exclusiva de um partido, tendo como patrono, o nosso único jornal diário, o NKVD, (Comissariado do Povo para Assuntos Internos. Criado em 1934, foi a polícia secreta e política do Partido Comunista da URSS.) e a Angop, também gozam de isenção?
O primeiro cumprimento da Lei dos Crimes Informáticos é o julgamento dos beneficiários dos milhões de dólares das transferências bancárias e o pagamento de comissões no exterior. Claro que não, a Lei não se aplica nestes casos.
E como é que os empresários ligados à nomenclatura conseguiram financiamentos? A presente lei não prescreve?
O julgamento dos que conseguiram o enriquecimento fácil. Também não, a Lei é omissa.
Os que têm contas bancárias em divisas e não as apresentam nas suas contabilidades. É um caso decerto para estudo posterior, para já não.
Constitui também crime informático, a não apresentação de contas por parte da Assembleia Nacional. Não, a nossa AN é uma pessoa de utilidade pública, e como tal está isenta da apresentação de contas. Esta lei não tem nada a ver.
E sobretudo, não podemos admitir que um vulgar técnico de informática, um bocó gato-pingado teça considerações sobre a jurisdição do direito informático, como acontece amiúde com um comentarista numa das nossas rádios privadas. Sendo ele accionista e administrador de várias empresas, conivente alvissareiro do poder, isto é uma aberração política que também urge punir como crime informático.
Porque é que a Igreja está isenta da apresentação de contas, e, claro, dos seus movimentos contabilísticos? Isto é também é um crime informático.
Os gastos da Presidência da República e demais órgãos subordinados também não apresentam contas. Isto é um grave atropelo à presente Lei, porque é da chefia que deve partir o exemplo, e não o contrário.
Se são apenas 4,6 % os utilizadores da Internet em Angola, e quase todos da família MPLA, com uma prestação de serviços idêntica à da água e da luz, a quem se destina a Lei dos Crimes Informáticos, Lei da Internet?
Se um ISP, o provedor de serviços Internet, está sempre com falhas no seu serviço aos assinantes, isto também é um crime informático. Idem para a Movicel, Unitel, e muito especialmente para a Angola Telecom, que deverão de imediato os seus órgãos de gestão serem criminalizados. Porque é o que se pode chamar de terrorismo informático, porque ligam e desligam a seu bel-prazer o sistema, sem se dignarem explicar o que acontece, como o célebre apagão verificado porque não tinham dinheiro para comprar combustível para o gerador de suporte.
E os bancos que estão amiúde sem sistema, isto é deveras o mais abominável crime informático contra a segurança do cidadão e do Estado. Vamos já assistir aos seus julgamentos para servir de exemplo? Nunca mais, são da nomenclatura. Então, a quem se destina esta lei?
Quanto aos crimes fraudulentos, isso é outra kizomba. Para já, parece não termos massa cinzenta suficiente para tal tarefa, a não ser a ingerência chinesa ou outra no nosso sistema de informática, o que será extremamente perigoso para a nossa soberania, depender de peritos estrangeiros em matéria de informática. Por exemplo, há por aqui cada bocó gato-pingado que chega ao ponto de nos querer explicar como é que funciona um satélite de comunicações. Na Unitel e na Movicel são indianos, que não gostam de ensinar, e brasileiros que explicam aos mwnagolés, os angolanos são observadores. Portanto, creio que é mais uma lei que servirá de pretexto para mais repressão.
É consabido que portugueses, brasileiros e indianos, parece que os tugas são os campeões de tais práticas, é o de fazerem experiências com os seus softwares, daí os constantes constrangimentos verificados no funcionamento das estruturas deles dependentes, muito especialmente nas áreas de comunicações.
Compete-me realçar, ali para os lados da Angop, instalou-se uma empresa, INSTAL, que por sinal já existe desde a independência. Portugueses reabilitaram-na como uma empresa de informática. Viveu pouco tempo, a concorrência é muito elevada, e já não existe mais espaço para ninguém, apenas para aventureiros. Agora, os portugueses dedicam-se ao comércio de panelas de alumínio gigantes, industriais… as cozinhas comunitárias. Exercem uma actividade que qualquer angolano pode, e deve, exercer. Significa que são empresários biscateiros. E conseguem mandar vir vários portugueses e lhes arranjam emprego facilmente. Assim não dá, é muito alimento para a panela do nosso vulcão.
Brutal crime informático de calúnia e difamação contra Deus. A religião como se senta à mesma mesa, e come do mesmo prato no mesmo poço petrolífero, eis aconchegados os novos colonialistas de comovente baixo nível intelectual. «Pastor diz que Deus influencia a constituição de governos. O vice-presidente Geral da União de Igrejas Evangélicas de Angola (UIEA), pastor Eduardo Matongue, disse hoje em Menongue, capital do Kuando Kubango, que Deus permite a constituição de governos para dirigirem, orientar e cuidar das sociedades, através de diversas instituições criadas para o efeito e também para punir todos aqueles que infringirem os princípios da convivência social. “Não há no mundo, governos constituídos, sem que Deus assim o permita”, disse.» In angola24horas
Entretanto prosseguem as actividades alusivas ao estafado socialismo científico. Que de tão desenvolvido necessita para testar a nossa prontidão combativa, de constantes prisões incoerentes de inocentes, porque os culpados nunca se prendem. Há quase quarenta anos que erram por aí… e nunca fizeram mal a uma mosca. Um estado de terror inaugura-se com outro terror, até à desagregação total e completa.
A pedofilia está garantida, protegida, isto não é suspeito? Com salvo erro, penas de dois a seis anos de prisão. Viva a pedofilia e o nosso mar de pedófilos!
«Quem, sem consentimento, oferecer, transmitir, disponibilizar ou difundir gravações, filmes e fotografias de outra pessoa, mesmo quando licitamente produzidos, através de um sistema de informação, é punido com pena de prisão de dois a oito anos ou com pena de multa correspondente».
Bom, de facto não parece, mas trata-se de uma inqualificável declaração de guerra, tipo Argélia colonial, donde ainda não saímos, e onde ordenaram para matar tudo o que se movesse, qualquer coisa. Então, os militantes dos partidos políticos da oposição não terão outra solução, senão o de passarem à clandestinidade. Porque a real intenção é acabar com TODOS NÓS. Então, extinguem a imprensa livre?! A questão é que se trata da nossa mais elementar sobrevivência: a liberalidade de expressão. É como mergulharem as nossas cabeças na água até que deixemos de respirar. A oposição, a sociedade civil, demais organizações e sobretudo os jovens, têm que iniciar desde já manifestações diárias de repúdio, até que o regime entenda de uma vez por todas que lida com pessoas e não com parvos. Enfim, isto é outra luta de libertação contra outro colonialismo. As afinidades das ditaduras coincidem.



quarta-feira, 20 de abril de 2011

O BCP e o poder das redes sociais


O boato surgiu, de mansinho, por ‘email’ ou por ‘sms’, a falar de ‘dificuldades financeiras’ no BCP. Ao longo das últimas semanas as mensagens foram crescendo de intensidade, entraram nos ‘blogues’ e no ‘facebook’ e chegaram a tanta gente que, na última sexta-feira, atingiram o auge.

Quase todos sabiam, por um amigo ou conhecido, que algo de grave se estava a passar no BCP. O fenómeno que parece ter começado pelo Norte, passando depois pelo Algarve até chegar em força a Lisboa, dava conta de uma intervenção iminente do Estado: uma nacionalização. Mas também havia quem dissesse que a administração do banco se ia demitir em bloco na próxima quarta-feira ou que um conhecido gestor já tinha tirado todo o dinheiro que tinha no banco e a secretária estava a telefonar aos amigos para que fizessem o mesmo.

O cenário traçado era, por isso, quase dantesco e os responsáveis da instituição viam-se impotentes para travar um fenómeno ampliado pelas chamadas redes sociais, com tudo o que dissessem a poder ser usado contra eles. Até as declarações de António Ramalho, administrador do BCP responsável pela tesouraria, de que "o mercado internacional já tomou nota de que o BCP não tem problemas de financiamento" e que o banco já não tinha de fazer mais amortizações até ao final do ano, foram apontadas como um sinal de que algo ia mal no banco. Se assim não fosse, que razões levariam um administrador do BCP a vir dizer que tudo estava bem, perguntavam os profetas da desgraça?

A força e a repercussão dos boatos levaram mesmo o presidente do banco a escrever uma carta aos colaboradores para os tranquilizar. Carlos Santos Ferreira falou num "conjunto de rumores que atentam contra a solidez do Millennium bcp, à semelhança do que ocorreu, como nos lembramos, no último trimestre de 2008". Com efeito, esta situação não é virgem e já atingiu o BCP e outros bancos no passado, sendo depois esvaziada pela realidade. Mas como também já houve problemas em alguns bancos que apanharam clientes e accionistas desprevenidos, casos do BPP e do BPN, muitos podem pensar como os espanhóis: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay". Em todo o caso, mesmo para os mais cépticos, valerá a pena esperar pelo resultado dos ‘stress tests' que estão a ser realizados pelo Comité dos Supervisores Bancários Europeus aos bancos dos países do Sul da Europa e cujos resultados serão divulgados no próximo dia 23.

Os responsáveis do BCP têm-se remetido a um prudente silêncio, porque não vale a pena lutar contra inimigos que não se vêem. Mas alguns banqueiros respondem à questão dizendo que as relações interbancárias já são suficientemente poderosas para que nada de mau aconteça, sobretudo a um grande banco. Conhecido é o reporte da situação à CMVM e que uma queixa será apresentada hoje à Procuradoria-Geral da República para que a Polícia Judiciária investigue a origem e os autores dos rumores. Se o movimento for, como se pensa, organizado, essa identificação não será fácil. Para já fica, uma vez mais demonstrado, para o bem e para o mal, o poder das redes sociais.
http://bcpcrime.blogspot.com/

terça-feira, 19 de abril de 2011

PARE BELOMONTE


Presidente Dilma, Ministro Antonio Patriota e Ministra Maria do Rosário Nunes, como um cidadão brasileiro consciente, eu apoio a OEA no seu pedido para interromper a construção de Belo Monte. O Brasil precisa investir em energia verdadeiramente renovável, que não destrói o meio ambiente ou atinge populações vulneráveis. Ouça a OEA e pare Belo Monte!
http://www.avaaz.org/po/belo_monte/

Sonia Mariza Martuscelli ‎"Constatamos ausência absoluta do Estado. É uma terra de ninguém. Há problemas de todas as ordens. Há exploração sexual de crianças, ausência do Estado no atendimento aos segmentos mais básicos. O que constatamos é um flagrante desequilíbrio entre o consórcio e as populações ribeirinhas, as etnias indígenas e outras comunidades tradicionais existentes naquela região", disse o conselheiro.

A bandeira dos piratas


Os poderes dos senhores do petróleo e da Igreja corrompem-se, dividem o povo angolano, já ruandês, outra vez. A Igreja atiça o ódio partidário. A Igreja está a ir perigosamente longe demais, porque não se pode, não deve, intrometer-se nos assuntos de Estado de um país. Esse tempo dela, de empossar e demitir reis e príncipes, já quase há muito terminou. A Igreja parece odiar-nos, e no final sobrevêm sempre as nefastas consequências do poder secular. Os tempos mudam, a Igreja não, jamais muda. A Igreja destrói Angola e o mais valioso, as suas populações. O meu receio é que não haja Igreja que saiba o que é a noção de compromisso. A Igreja aliou-se aos saqueadores do nosso petróleo. A Igreja do Ruanda saúda-vos!

Lá vai, lá vão!
Jornalistas, os sem opinião, e da oposição
esfaqueados, assassinados, para a prisão
E quem se manifestar, vai apanhar
torrar
Lá vai, lá vão!
Para a fogueira da angolana
Inquisição
E lá vai, lá vão!
Para a corte marcial
e do triunvirato generalato
Lá vai, lá vão!
Na derradeira subida
da escadaria do patíbulo
espera-os a força da forca
do petróleo
Espera-os a cruz ensanguentada
desesperada
dos padres paramentados de vermelho
sangue
de um povo exangue
Espera-os o preço do petróleo
que está sempre a subir
no patíbulo da miséria nacional
apoiada pela verborreia
internacional
Este é o Carnaval da derrota do sangue
e das manifestações patrióticas
diárias
dos patriotas do petróleo
A cor vermelha da Igreja e do partido rubro
exigem a continuação, a renovação
do sangue desumano sempre
em vermelhidão
Apenas existe uma esperança, um terror
de rasgar, de regar a terra angolana
E os angolanos… de sangue
E depois de partirem um milhão de casas
agora, a próxima tarefa, é a destruição
de um milhão de carros.
A inauguração foi com as Mãos Livres
destruíram-lhe três. Faltam poucos
Destruir é fácil, qualquer um o faz
construir é muito complicado
especialmente quando se é incapaz
E o caminho da manifestação patriótica
da nossa morte indigente
é sempre em frente
Só a bandeira dos piratas
se pode erguer
as outras são para petróleo
ver
Só a bandeira dos piratas deles se pode içar
As outras são para derrubar, queimar, matar
enjaular
O petróleo da ditadura jorra
nos barris, nos biliões de dólares
Nas contas dos depósitos bancários
secretos, corruptos
Offshore e onshore
E para os verdadeiros donos, o Povo,
a miséria total e completa
Somos nós e agora a Igreja
os senhores da nossa terra, do petróleo
e Deus como nosso sócio, espoliamos
e entregamos tudo aos nosso amigos
estrangeiros
E o imperialismo chinês garante-nos
que não sabemos fazer nada
que não temos direitos sobre as nossas
riquezas

Lá vai, lá vão!
No petróleo da escravidão
É preciso o petróleo desbravar
e o Povo enterrar
espoliar, vigarizar, tudo lhes
roubar
Urge garantir transporte
para esta ditadura ao Inferno
regressar
Isto também é impróprio para consumo, porque nenhuma nação pode viver mais de trinta anos na mentira permanente.
Oiçam a Lwena, analista da miséria, formada na universidade das ruas da amargura escravatura analisando a miséria galopante: «Porra! Roubam-nos tudo, daqui a pouco tempo também nos vão roubar o peixe… vamos ficar sem o nosso peixe.»
O maior erro dos ditadores consiste no envio das suas tropas para as ruas e ordenarem-lhes que disparem a matar sobre os seus pais, irmãos, irmãs, primos, enfim, toda a família e amigos. Ora, num clima de guerra civil isso demonstra a demência do ditador, porque nenhum militar dispara sobre a sua esposa e os seus filhos. Há então o recurso a mercenários, mas isso acaba por galvanizar as populações e o TPI, Tribunal Penal Internacional, contra os ditadores, que abandonados pelos bajuladores, caiem, e tudo o que amealharam, espoliaram dos seus povos que juraram governar, e que os amam muito, que não podem passar sem eles, os seus bens serão confiscados. É apenas uma questão de dias democráticos.
Quando se fala de manifestações, ouve-se publicitar amiúde pelos donos da riqueza petrolífera, que Angola não é a Tunísia, o Egipto ou a Líbia. Mas está muito correcto, porque Angola é a China, a Coreia do Norte, a Guiné Equatorial, e terminará exactamente como Khadaffi começou.
E eles, os ditadores, compram bancos para neles semearem os despojos dos esqueletos das suas populações canibalizadas. São o expoente da maldade, monstros terrestres, marinhos, aéreos e etéreos. E de tão sacanas que são, até fingem que têm programas de apoio às mulheres, mas disparam-lhes, assassinam-nas sem dó nem piedade, como há pouco na Costa do Marfim. Mulheres indefesas que apenas se manifestavam na garantia que afinal de um momento para o outro os ditadores são… democratas. Isso só pode ser grande feitiço. Esse ditador, matador de mulheres que os nossos magnatas apoiam, na mortandade do comité de especialidade das guerras civis… mais uma guerra civil. E anunciam nas suas rádios, televisões e jornais que existe um Março da mulher… para ensanguentar. E os bancos são-lhes muito confiáveis e prestáveis. Têm sempre um caixão depositado… à nossa espera. E espalham bancos para o desenvolvimento económico da corrupção. Os bancos deles chefiam a família da corrupção. E onde há muita corrupção, também há muitos lucros bancários.
Ninguém se pode manifestar, mas o Politburo pode. Mas que diabólica democracia é esta que estamos a construir?! Oh! É apenas uma democracia de novos-ricos.
Lembro-me da frase do rei Leónidas e dos seus trezentos espartanos bem aplicada a todos os jornalistas e demais lutadores pela liberdade e democracia, gloriosos renitentes e resistentes contra o nosso Xerxes, que exige a tomada pela força da nossa Grécia: «Estrangeiro, vai contar aos espartanos que aqui jazemos, por obediência às suas leis.»
«O homem nasceu para lutar e a sua vida é uma eterna batalha.»
(Thomas Carlyle)
Podemos aplicar muito bem a sentença da última batalha que o nosso líder do panteão do Inferno eterno trava contra a sua população: «A maior batalha que eu travo, é contra mim mesmo.» (Napoleão Bonaparte)
Isto é tudo para queimar, e os primeiros da lista da loucura aterradora já estão a apanhar.
Imagem: tropasenior4df.blogspot.com

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A peste da ditadura insolente e insolvente e o império do mal



O que mais ignóbil nos pode acontecer durante a nossa existência, é a imposição da miséria por um governo ditatorial.
A ditadura protege sempre os seus cães raivosos.
O que se passa com o abastecimento da energia eléctrica e da água, é, pode-se dizer, um puro acto de terrorismo. Nem uma explicação nos dão sobre o desabar do sistema eléctrico e da água. Nós somos o lixo, e eles as pessoas. Senão vejamos: como se pode ver pelas anotações dos apagões verificados na banda, a coisa está de mais. É a anarquia instituída por uma ditadura completamente desfasada, em curto-circuito:
Apagões, só neste mês, Abril:
18Abr 08.43-19.04 17Abr 17.08-18.56 16Abr 21.26 até às 06.05 do dia 17. 15Abr 11.16-11.37 14Abr 08.48-08.56, 14.49 às 03.07 do dia 15. 11Abr 10.54-11.44 10Abr 05.26-16.19 08Abr 14.06 até 02.36 do dia 09. 07Abr 12.36-12.45, 13.14-13.23 05Abr 13.22-13.38 04Abr 19.01-19.08
Mas que triste recorde absoluto.
E praticam-nos a espoliação desenfreada, porque obrigam-nos à cobrança coerciva dos consumos que não tivemos, porque ficamos grande parte do tempo sem energia eléctrica. Como podemos pagar o que não consumimos? Isto só é possível no marxismo-leninismo.
O ideal para acabar com esta aventura desregrada é entregar a gestão da energia eléctrica à, por exemplo, Siemens, que é líder mundial nestas coisas. A água, entregar também a gestão aos portugueses, e Angola, alugá-la aos americanos.
Segue o mapa dos apagões referente ao mês de Março:
31Mar 21.04-23.14 28Mar 16.05-16.14 27Mar 05.24-14.18 23Mar 18.39-19.18 22Mar 19.18-20.18 11Mar 14.02-14.17 09Mar 13.52-14.28 08Mar 12.18-12.28

Pelo afastamento forçado dos Técnicos de Contas, não desses que agora formam em meses, quando na realidade um Técnico de Contas, no mínimo, só a partir de uns dez anos é que começa a aprender alguma coisa. Agora não, em pouco tempo, já é contabilista. Onde chegámos! É tudo intencional para que a corrupção não deixe rastos… um crime informático. E depois acontece o que se segue:

«SÁB, 19 DE MARÇO DE 2011

RD Congo suspende fornecimento de eletricidade a município de Angola por falta de pagamento.
Kinshasa – A Empresa Nacional de Eletricidade (SNEL) da RD Congo suspendeu desde 1 de março o fornecimento de energia elétrica ao município de Noqui, na província nortenha angolana do Zaire fronteiriça com a cidade congolesa de Matadi.O motivo aleagdo é a falta de pagamento de faturas estimadas em 415 mil dólares americanos, soube-se sexta-feira de fonte oficial.
O diretor provincial da SNEL/Baixo Congo, Mabika Mabiala, disse ter solicitado a implicação da autoridade provincial para a cobrança das faturas junto do Governo da província do Zaire.
Por seu turno, o cônsul angolano solicitou o restabelecimento da corrente elétrica em Noqui, enquanto se espera pela resolução deste litígio.
A corrente elétrica produzida pela barragem de Inga, na RD Congo, abastece várias cidades angolanas.» in Portugal Digital

Como já costumo alertar, a água escasseia cada vez mais até que secará nas nossas torneiras definitivamente. Assim é o desejo da ditadura satânica. E pagamos a quem no-la carrega e à Epal, que finge que nos abastece. O mais importante é a nossa espoliação.

A hora da verdade está a chegar.
Os vampiros neocolonialistas que nos governam sugam-nos tudo. Finalmente, os bens mais preciosos do ser humano: a água e a energia eléctrica, o MPLA também nos levou. Estamos definitivamente sem nada, à mercê de monstros que nos querem liquidar de qualquer maneira. Vivem-se os últimos momentos do sopro da ditadura.
Esta ditadura arrasta-nos até às suas últimas consequências. A ditadura vive os últimos dias da sua agonia.
Quem não consegue há trinta e dois anos garantir o normal fornecimento de água, e de energia eléctrica, nunca conseguirá resolver o que quer que seja. Que se ponha a andar para bem longe e nos deixe definitivamente tratar das nossas vidas.
Têm o mérito incontestado da mestria da destruição. Parabéns! Conseguiram destruir Angola de Kabinda ao Kunene.
É claro que serão julgados e condenados pelas atrocidades cometidas.



domingo, 17 de abril de 2011

O partido minoritário


Ontem, 16 de Abril, pelas vinte e uma hora, no Largo 1º de Maio em Luanda, decorria mais um comício musical maratonado, promovido pelo partido da minoria em saudação a mais um congresso do minoritário.
Isto é, não se deixa ninguém descansar, dormir. O mais importante é promover os maus exemplos, assim como as maratonas da bebedeira, que mais tarde transformam cidadãos numa sociedade doentia. E depois, dos covis saem psiquiatras, psicólogos, ideólogos – até se convidam, paga-se a estrangeiros para dissertarem sobre as origens dos nossos males, quando nos seus países a coisa está podre, muito mais mal condizente – dos comités da defesa da revolução, ditos de especialidade, que as coisas estão mal, e que a sociedade está doente e que é urgente curá-la. Que a violência doméstica e as agressões sexuais estão demais. Pudera, com tanto apelo nas maratonas ao álcool gratuito, onde Angola é o maior consumidor, para gáudio dos exportadores portugueses que sonham com a reimplantação do vício colonial da bebedeira, em conluio com os seus mestres émepelistas.
Dos alto-falantes ouvia-se o bombardeio sonoro do DJ de serviço: «Quando eu disser viva, todos vocês também gritam, viva!» E então: «Viva a paz, viva!» O largo estava com a lotação esgotada pela juventude, que já não é não senhor, o futuro da nação. É sim, a desgraça desta nação. E os jovens, nem pio, todos calados, ninguém gritou viva. E o DJ muito esperançado insiste: «Viva o congresso do MPLA, viva!» nada, ninguém gritou, ninguém quer saber do MPLA, se é que ele ainda existe. Os jovens apenas queriam ouvir música, estavam-se marimbando para as palavras de desordem do M.
Então, é ou não é o actual partido da monotonia, da minoria?

CNN Destaca JES Quanto A Censura Na Internet


New York - O presidente angolano José Eduardo dos Santos, tem sido manchete a nível internacional em vários órgãos. A CNN nos últimos tempos como resultado da instabilidade politica em África, tem reservado uma especial atenção na arena politica angolana.

Fonte: Club-k & CNN

CNN diz que regime de JES esta a revelar-se cada vez mais autocrático
No espaços informativos -Internet e TV- a CNN tem enfatizado que Jose Eduardo dos Santos esta no poder a mas de 30 e não há sinais que venha a abandonar o poder voluntariamente.

O artigo em anexo, espelha como a CNN tem o Club-k como fonte primária sobre os acontecimentos em Angola, quer a foto como a dissertação da Jurista Mihale Webba foram publicados em primeira mão neste espaço