segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os estádios efémeros (1)




Ó dos casebres! Olhai! Do alto destras torres e condomínios, quase cinquenta anos de espoliação da junta militar vos contemplam.

Já estamos na época das chuvas. Vai chover em Benguela, vai chover no Huambo. O capim seco vai ficar molhado. E tudo o que é negro virá outra vez humedecer-se na vegetação. Muitos cantos de aves se ouvirão, sentirão. E os negros da negra fome continuarão sem refeição. Apenas assistirão aos fartos banquetes dos bancos brancos, no estigma do neocolonialismo subtil. De revolta em volta negra até à verdadeira independência, à liberdade que tarda.

Este reino é obra de portugueses, brasileiros e chineses. Com a invasão deles, Angola desenvolve-se a olhos nunca vistos. A água, a energia eléctrica e a Internet que o lamentem, desviaram-se para o CAN. A população e as empresas que se danem. A barbárie marxista-leninista reimpõe-se sem disfarce. Dantes era tudo pelo povo, agora é tudo pelo CAN. Estádios de futebol sim! Casebres não, demolição.

Isto dantes era do povo, agora é da FAMÍLIA e dos estrangeiros. O MPLA planta napalm, depois colhe-lo. E nas noites continuamente aterradoras ouvem-se as habituais ameaças, constantes palavras de gelar o sangue: «cuidado que ele trabalha na presidência da república».
Parece que ninguém nota, não quer saber, não quer ver que Angola está a ser vendida aos estrangeiros. Também ainda há-de ser uma província do comunismo chinês. Mao, lá está sempre omnipresente. Os escravos do Partido Comunista Chinês labutam e engrandecem-no na Internet vigiada, espiada.

E disse o Senhor dos Estádios: Há governantes que para demonstrarem convenientemente a sua governação deveriam indumentarem-se de arcos, flechas, tangas e machados de pedra.
E os nossos intelectualóides desiludidos e divididos na falsidade individual do apenas quererem saltar dos bastidores e para nos usarem. E autopromovem-se. Já estamos cansados de os aturar. Já nos ferem os ouvidos, os olhos e o espírito de tanto papaguear. E continuam no individual batalhar.

Só um governo ilegal permite ilegalidades. Mas quando é que isso do marxismo-leninismo acaba? É só roubar, roubar, aonde é que vai parar? Qual é o futuro de um país assim?! Já está no caos. Não tem salvação nenhuma (?). Isto está horripilante. Quase nada funciona, é tudo a fingir. Só funcionam o petróleo e os diamantes, agora sem isso é clarividente que só os estádios jogam e partir casebres… aqui plano cumprido a 100%. E a terra é de quem a roubar.

Isto por aqui desintegra-se. Os especulares imobiliários já ameaçam com a morte um governador. O problema é que tudo o que é estatal continua na bandeira marxista-leninista. É tudo ao contrário. Todo o mundo constrói prédios de dia, aqui é de noite. E há crime de poluição sonora previsto e punido por lei. Mas, qual é a lei que funciona? Por enquanto é a lei deles. Aparentemente parece já não existir ninguém que resolva problemas.

As empresas que estão em falência técnica sem o demonstrarem, aproveitam-se da desordem económica e despedem angolanos, estrangeiros não. Como na actual conjuntura portuguesa, é a política da mentira. E como são especialistas na destruição, destroem Portugal, e enlevam-se também no construir/destruir Angola, porque não?!

Imagem do estádio: http://www.girabola.com/estadios-do-can-2010-caracteristicas/

Sem comentários: