quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (55)


Quando se revoluciona sem bibliotecas, as vivas – bibliotecas – são desvalorizadas, despersonalizadas.
O maldoso já foi bondoso. Vinha com bondade, viu tanta maldade…
A faceta mais subtil do ser humano é a doentia traição, patologia da razão. Inundada de goleadores, a sua mente não tem sabor, nem cor.
Preparei-me para a fragilidade do sono da noite. Deus existe ou subsiste?
O choque do humanismo com a selva humana é como um mar infestado de tubarões.
Há alguma guerra legal? As guerras são legais? Invadir um país é legal? Não… é a letargia letal.

Estamos devidamente preparados para sermos neocolonizados. Servos voltam a servir medievos.
Não havendo ideais humanistas as nações esmorecem.
A Bíblia, a Revolução Francesa e Marx alavancaram a História. Biliões de mortos testemunham-nos.
Quando se aprova o orçamento geral dum reino absoluto, vota-se a continuação da miséria na generalidade.
Somos uma fábrica de lixo ambulatório. Onde chegamos, ficamos, poisamos, deixamos tudo lixado. As nossas mentes fabricam imundícies.
A população com dedicação falsifica documentos. Cumpre o dever, o endereço do poder executivo, falsário poder.
O falso poder é narcótico, entorpece, adormece.
Quando os preços do petróleo sobem os bancos aumentam. Quando os preços baixam demasiado, os bancos também.

Há povos que ascendem à escravidão. Há povos que sempre dominarão.
Prefiro mil vezes viver humilhada na pátria dos colonizadores do que morrer à fome no meu reino.
Quando um maldito morre alegram-se os corações, porque a maldade diminuiu. É sol curto, outro nasce, e grandes choros e tristezas renascem.
A morte prova que não há ninguém imprescindível.
Quando um reino não tem estradas, viaja-se pé ante pé.
O vulgar da gente, de quem não sabe fazer mais nada, especialmente os preguiçosos, inventa, festeja o dolce far niente.
Zebra, onde vais? Sem pés, sem pernas, sem cascos!
O comportamento infantil e juvenil é o espelho dos adultos O comportamento zebra espelha os outros animais.
Para sobreviver, o mais fácil é revender.

Com palavras se elege democraticamente o próximo governante, mas o que trabalha com denodo não é eleito.
Com tanta prostituição e droga, não é possível avançar, melhorar.
Já não há instantes, tudo é distante.
A arrogância, desumanidade, desrespeito pela vida humana, e o belicismo dos poderosos, fortalecem o comunismo, islamismo e o terrorismo.
Um governo tem o direito de se defender dos ataques internos e externos.
Serão válidas eleições com generais no poder?
Nascemos para beber, só o álcool nos liberta.
Quando um milionário elogia… elogiou os serviços prestados durante trinta anos de um subordinado destacado, e depois o despede alegando que era insignificante, esse homem milionário merece ser ensacado com serpentes e lançado no mar.

As tempestades que nos devastam são o opróbrio, o merecimento da indignidade humana.
Para destruir uma cidade, não é necessária uma guerra.
Não sei de que lado a bondade está. Ela e a maldade deram-se as mãos.
Quem vive feliz, é porque fez alguém ficar infeliz.

«Repressão sangrenta na Guiné-Conacri»


Estes acontecimentos são demasiado dignos de um campo de concentração nazi. As guardas presidenciais devem de imediato serem formalmente extintas. Porque não são guardas nenhumas, são puríssimas SS ou GESTAPO. Os dirigentes africanos querem Hitler na governação de África. Teimam na manutenção das populações em campos de concentração. É necessário parar com isto urgentemente, evitar a disseminação, a exterminação, a morte sumária das populações. Acabar com tanta selvajaria antes que seja demasiado tarde. Eliminar por todos os meios possíveis os ditadores com os seus governos e governantes de meia-tijela.

«Sobem a 157 os mortos depois de uma manifestação pacífica contra a candidatura do chefe da junta militar

AGÊNCIAS – Conacri – 29/09/2009 EL PAÍS

O Exército da Guiné utilizou ontem fogo real contra manifestantes reunidos em Conacri para protestar contra a possível candidatura do chefe da junta militar, o capitão Moussa Dadis Camara, nas eleições presidenciais de Janeiro. Fontes policiais já registaram pelo menos 157 mortos por causa dos incidentes, segundo informam organizações locais dos Direitos Humanos. A oposição a Camara, em troca, cifrou o número de falecidos em 128.

O presidente da Organização Guineense dos Direitos Humanos, Thierno Maadjou Sow, indicou que estas cifras baseiam-se nas facilitadas pelos hospitais de Conacri e não incluem os cadáveres que ainda não ingressaram nos centros. Mesmo assim, Sow estimou em 1.250 o número de feridos pelos enfrentamentos de ontem.

Pese a proibição das autoridades, dezenas de milhares de simpatizantes de uma coalizão de partidos da oposição contra a candidatura de Camara reuniram-se frente a um estádio desportivo com a intenção de se manifestarem neste recinto. Os militares deixaram-nos entrar, depois fecharam-lhes as portas.

Poucos minutos depois, segundo Radio France Internacional (RFI), os soldados dispararam para os manifestantes, que se viram obrigados a saírem, em meio de cenas de pânico, pela única porta que ficou aberta. "Os soldados disparavam para nós e os que tentavam sair do estádio eram capturados e liquidados com baionetas", declarou à Reuters um activista guineense dos Direitos Humanos, Souleymane Bah. "Vi como os soldados desnudavam as mulheres, abriam-lhes as pernas e chutavam nas suas partes íntimas com as botas", assegurou por telefone.

A França, antiga potência colonial, condenou "com a maior firmeza" a "repressão violenta" contra os manifestantes e os Estados Unidos mostraram-se "profundamente preocupados". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, condenou o "excessivo uso da força" contra os opositores e mostrou-se "horrorizado" pela morte dos manifestantes. Por seu lado, a União Africana (UA) anunciou num comunicado que a Comissão da União "está preparando um informe sobre os acontecimentos na Guiné-Conacri e sobre as medidas que se adoptarão, que incluem possíveis sanções".»

Foto RDC: http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_pictures/7704187.stm

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (54)




As contas bancárias secretas são para alguns. O banco dos esfomeados tem muitos depósitos a prazo.
Receio que me amarrem o pensamento.
Muitos generais pouca democracia.
As seitas religiosas dão-nos o alimento caído do céu, as grandes corporações tiram-nos o petróleo.
Camaradas! Do alto deste palácio milhões de esfomeados nos contemplam.
Sinto-me na prisão como o Conde de Monte Cristo, de lá sairei.
Se uma família tem um país debaixo de mão e havendo eleições, isso chama-se guerra intestina.

Se a bondade surge das seitas religiosas, então somos escravos da mentira.
Tudo tem uma saída, basta encontrar, procurar o Caminho.
Sou apenas um dos biliões, uma vítima da miséria, da fome, da maldade humana.
As coisas não se vêem, sentem-se.
Olhem para as folhas de uma planta. Tudo acaba e recomeça numa semente.
A bebida extrema a sabedoria. É por isso que os bêbados se acham sábios.

E o Governo finalmente decidiu-se: decretou benefícios para os esfomeados e isenção de impostos: premiou-os com água, electricidade, saúde, livros, habitação, vestuário, automóvel, cartão de crédito, etc.
Nunca supus, mas vi um país com oposição política silenciosa.
Os animais humanos fugiram do jardim zoológico, é por isso que vivemos na selva.
Quem governa mal supera o lodaçal.
Os maus filhos são como os maus governos. Quando os esperamos numa desdita dizem-nos sarcásticos que gastaram o dinheiro em banquetes.
Nunca acreditar em mulatos, negros e brancos. Defendem os mesmos princípios, mas diferem nos fins: aviltam o erário público e estatal. De noite todos os gatos são mulatos.

São medievos os sons actuais nas noites dos sonhos eleitorais.
Nas batalhas da vida de todos os tempos, o amor é sem dúvida a mais terrível.
A demagogia é a arma atómica da política.
Há povos que nasceram para construir, outros nasceram para destruir.
As nossas bibliotecas são alcoólicas. Estão apetrechadas com os piores mestres da vinicultura mundial
O ódio, a corrupção, o racismo, o alcoolismo são maus conselheiros.
A corrupção é a lei. As leis protegem os legisladores.
O tempo muda, os tempos mudam, as pessoas não.
As nossas ruas são imensos navios negreiros encalhados.
Os reis absolutos perseveram, não acabam. É a inflação reinante.
As injustiças e a fome alimentam revoluções. Grandes naus, grandes tormentas.

Governar é comandar. A chefia não se impõe, nasce naturalmente.
Leio muitos livros para quê?! Os livros não me dão dinheiro, dão-me perda de tempo?! Mas eu não quero dinheiro! Somente sabedoria para compreender porque vocês perdem o tempo no dinheiro!
A História da Humanidade? Nasceram, viveram e morreram na maldade.
E todos ficaram presos da maldade, porque a bondade terminara. Como um rio na prisão de uma grande represa.
Depois da tempestade vem outra.
Democracia ornamental é: se roubar um pão recebo a graça da prisão.
Milhares de anos-luz a lutar contra a fome, e não conseguimos vencê-la. A melhor estabilização económica é matar o povo à fome…e também o meio mais eficaz para combater a inflação.
Não se perde tempo com leituras. O tempo é para exagerar, amealhar, e carregar para as neometrópoles.

O Cavaleiro do Rei (64). Novela


Na tentativa de sobrevivermos a este inferno, lembrei à Lwena que se adoecermos não temos dinheiro. Não sei como será. E os filhos são como se não existissem. Não se preocupam com os pais.

Eleições?! Quem deixará o poder depois de mais de trinta anos?! Quem?! Estão tão agarrados, tão colados ao dinheiro que ganham, que nunca permitirão as eleições. Quem pensar o contrário, só os incautos.

A liberdade de expressão a todos os vice-reinos continua suspensa. A Rádio Oráculo, por exemplo, não está autorizada a emitir. Isto é um grande reforço para que as eleições não se realizem. As vias de comunicação intensificam a intransitabilidade quando a estação das chuvas se aproxima. Uma coisa é certa: o reino não pode ficar mais tempo sem eleições.

O professor americano Mac Millan da Universidade de Stanford disse que a corrupção é a única instituição que funciona no reino Jingola. Na guerra que o Marquês dos Cofres Gerais faz ao FMI, por causa disso, os economistas da nobreza Politburo, apoiam a carta que o Marquês enviou ao director do FMI.

Na informação diária sobre incêndios, os Bombeiros Reais Jingola disseram que um cidadão abasteceu combustível no gerador com um candeeiro aceso. Além dos estragos no gerador e no local, o cidadão ficou queimado.
Lembro-me que há uns meses num barco de pesca, à noite, cheirava a gasolina. Alguém disse para acender um fósforo para ver o que se passava. O barco ficou destruído. Só um pescador se salvou.
Numa residência, à noite, às escuras, cheirava a gás. Alguém se lembrou de acender um fósforo para ver donde vinha a fuga.

O general construiu um pórtico de ferro no extremo do terceiro andar. Será para acesso a helicópteros? Ou para um elevador externo?

O meu cliente mandou buscar as pastas com os documentos por causa do advogado, para confirmar os pagamentos que lhe fez. O advogado diz que ele lhe deve 6.000 dólares. Vai-me pagar ainda esta semana. Disse-lhe que se não me pagar vou fazer uma exposição ao Marquês dos Cofres Gerais. O reino sofre um grande rombo em fugas ao fisco. Pior que o Titanic.

No fim de cada ano se em média, uma empresa inventar documentos no valor de um milhão de dólares, vezes mil, duas mil, três mil empresas, isto dá uma quantia astronómica. Daria para criar empregos. Não estou a gostar nada disto. Estamos pior que no colonialismo. Como o reino não tem contabilistas, não os quer, despreza-os, odeia-os, eles aproveitam e enriquecem com muita facilidade. Ainda tem coragem de conspirar contra o Governo do reino Jingola.

A Lwena foi pedir a conta da luz. Estamos aflitos porque não temos dinheiro. Estou a ver que vamos ficar desligados.

Na Rádio Oráculo, o Tona disse que há um provérbio Bacongo onde só uma pessoa não consegue tocar batuque, dançar e apitar. Para isso são necessárias três pessoas. Em Jingola são sempre as mesmas pessoas que tocam o mesmo instrumento.

Unicef informa que morrem de fome 200 crianças por mês.

Basta ver pela varanda que a cidade capital Jingola está completamente gradeada, e com as traseiras dos prédios fechadas. Se houver um incêndio num prédio, não sei como os bombeiros farão. Parece-me que ninguém se lembrou ainda disso. De qualquer modo é só facturar, colonizar. Isto é tudo para destruir.

Os Templários, esses grandes senhores de mantos brancos. Os seus costumes, os seus ritos, os seus segredos (10)


MICHEL LAMY

Quem seria capaz de nos fazer crer que repudiou a mulher e abandonou tudo para guardar estradas com pessoas que não queriam a ajuda de ninguém, e isso sob as ordens de um dos seus próprios oficiais'?*
*É provável que Hugues de Payns tenha vindo para a Palestina ao mesmo tempo em que Hugues de Champagne, isto é, em 1104. Com efeito, a primeira cruzada realizou-se em 1099 e, nessa época, Hugues de Payns ainda devia encontrar-se na Champagne, dado que aí encontramos a sua assinatura num documento de 21 de Outubro de 1100.

Era preciso ser muito ingênuo, mesmo que tomemos em consideração que a fé é capaz de dar origem a muitos abandonos. Não se trataria antes de ajudar os Templários na verdadeira tarefa que lhes fora confiada e que Hugues de Champagne tinha boas razões para conhecer?
Tudo iria acelerar-se. A Ordem dos Pobres Cavaleiro de Cristo só fora criada oficialmente em 1118, isto é, vinte e três anos depois da primeira cruzada, mas foi apenas em 1128, a 17 de Janeiro, que recebeu o nome de Ordem do Templo e a sua aprovação definitiva e canônica, Inediante a confirmação da regra. Até mesmo essas datas são contestadas por vezes e fala-se, respectivamente, de 1119 e de 13 de Janeiro de 1128.
Podemos pensar que os documentos que tudo indica terem sido trazidos da Palestina por Hugues de Champagne (que sem dúvida os descobrira juntamente com Hugues de Payns) não deixariam de estar relacionados com o local que, em seguida, foi afetado ao alojamento dos Templários.

O Templo de Salomão
O rei de Jerusalém, Balduíno, atribuiu-lhes como alojamento uns edifícios situados no local do Templo de Salomão. Chamaram ao local caserna de São João. Fora necessário mandar sair de lá os cônegos do Santo Sepulcro que Godofredo de Bouillon lá instalara primitivamente. Por que razão não se procurara antes outra habitação para os Templários? Que necessidade imperiosa havia de lhes oferecer para toca aquele local em particular? De qualquer modo, a razão não tem nada que ver com o policiamento das estradas.

As caves eram formadas por aquilo a que se chamavam as estrebarias de Salomão. O cruzado alemão João de Wurtzburg dizia que eram tão grandes e tão maravilhosas que podiam alojar-se lá mais de mil camelos e quinze centenas de cavalos. No entanto, foram afetadas na sua totalidade aos nove cavaleiros do Templo que, antes de mais, se recusavam a fazer recrutamento. Desentulharam-nas e utilizaram-nas a partir de 1124, quatro anos antes de receberem a sua regra e estimularem o seu desenvolvimento. Mas utilizaram-nas apenas como estrebarias ou realizaram nelas buscas discretas? E que procuraram?

Um dos manuscritos do mar Morto, encontrado em Qumran e decifrado em Manchester em 1955-1956, referia quantidades de ouro e de vasos sagrados que constituíam vinte e quatro conjuntos enterrados sob o Templo de Salomão. Mas, nessa época, esses manuscritos dormiam no fundo de uma gruta e, mesmo que possamos imaginar a existência de uma tradição oral a esse respeito, poderemos pensar que as pesquisas foram orientadas antes para textos sagrados ou objetos rituais e não para vulgares tesouros materiais.

Que poderão ter encontrado no local e, antes de mais, que sabemos sobre esse Templo de Salomão de que tanto se fala? Para além das lendas, muito pouco: nenhum vestígio identificável por arqueólogos; essencialmente, tradições veiculadas ao longo do tempo e algumas passagens na Bíblia (no Livro dos Reis e nas Crônicas).
Sem dúvida que foi construído cerca de 960 a. C. - pelo menos na sua forma primitiva. Salomão, que desejaria construir um templo à glória de Deus, fizera acordos com o rei fenício Hiram que se comprometera a fornecer-lhe madeira (de cedro e de cipreste). Enviar-lhe-ia também operários especializados: canteiros e carpinteiros recrutados em Guebal, onde os próprios egípcios costumavam contratar a sua mão-de-obra qualificada. As obras duraram sete anos, abrangendo também um palácio suficientemente grande para albergar as setecentas princesas e trezentas concubinas do rei Salomão.

O Templo era retangular. Entrava-se no vestíbulo transpondo uma porta dupla de bronze e, então, encontravam-se duas colunas: Jachin e Boaz, também de bronze. Seguia-se uma porta dupla, em madeira de cipreste, que permitia o acesso ao hékal, ou local santo, uma sala com lambris de madeira de cedro e cheia de objetos preciosos e sagrados: o altar dos -perfumes, em ouro maciço, a tábua dos pães de oração, em madeira de cedro forrada a ouro, dez candelabros e lâmpadas de prata, copos para libações finamente cinzelados, bacias sagradas e braseiros que serviam para a celebração de sacrifícios’.

Em seguida, entrava-se no debir, uma sala cúbica onde se encontrava a Arca da Aliança. O conjunto era feito de pedras talhadas, madeira e metais. Em frente ao Templo, o «mar de bronze», grande reservatório que podia conter cinqüenta mil litros de água, suportado por doze estátuas de touros, dominava a esplanada. Os elementos de decoração eram cobertos de folhas de ouro. Todo o empedrado tinha placas de ouro. A prata e o cobre também se encontravam em profusão. Os metais preciosos estavam verdadeiramente em todo o lado, incluindo o telhado, onde agulhas de ouro impediam que os pássaros pousassem.

O Templo existiu sob esta forma até 586 a. C. Nessa data, Nabucodonosor cercou Jerusalém e apoderou-se dela. A cidade foi incendiada e o Templo de Salomão destruído. Cerca de 572 a. C., Ezequiel teve a visão do Templo reconstruído das suas ruínas. No entanto, houve que esperar até 538 a. C. para se ver Zorobadel iniciar a sua reconstrução. O novo santuário, muito mais modesto do que o precedente, foi arrasado pelo Selêucida Antíoco Epifânio. Herodes decidiu reconstruí-lo.

Durante dez anos, mil operários trabalharam no estaleiro. O resultado foi grandioso, mas durou pouco, dado que o edifício foi destruído no tempo de Nero, menos de sete anos depois de ter sido terminado. Em 70 d. C., uma vez mais, Jerusalém foi tomada e o Templo pilhado, por Tito. Os objetos sagrados, como o candelabro dos sete braços e muitas outras riquezas, foram levados para Roma e apresentados ao povo, quando do «triunfo» de Tito’.

Imagem: http://i45.servimg.com/u/f45/12/65/06/73/0210.jpg

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (53)


O esmeraldino das folhas das plantas desaparece. Sofre, porque as forças de intervenção rápida odeiam o verde. Tudo o que é cinzento, vermelho da cor do inferno em vida é negociável. Chegaram, estão entre nós, ninguém parece se aperceber. Estamos comandados, escravizados, por seres deste mundo, terríveis, impiedosos… parece ficção científica mas não é. A raça humana está a ser exterminada. Despertem gentes antes que seja tarde. Os que nos governam, os mais poderosos, os donos do nosso mundo, das nossas vidas, do nosso destino, aterraram na terra, não vieram de outro planeta. Vão acabar com as nossas vidas. OS SENHORES DO MUNDO SECRETO ESTÃO AQUI PARA SEMPRE.

O namorador adulterou-se com mais uma. Brilhou o popó, e abrilhantou-a numa serenata passeata. Dançaram, festejaram, farrearam, reviveram o paganismo. Concordaram-se no término do descaminho nocturno no rio da kanvuanza. Encaminhavam-se bem às mil e uma apalpadelas. Cupido desarmou-se, esgotou as setas. Estavam já no momento oportuno das vias de facto quando ouvem forte restolhar. Alarmam-se, suspendem a emissão e a recepção. O namoradeiro vasculha a área, e o que vê deixa-o gélido. Treme-treme como um castelo assombrado. O instinto de conservação liga a ignição. De pé na tábua faz-se de disco voador, pára e não repara onde está. Deve ter voado uns cem quilómetros distanciado. Suores frios inundam-lhe o rosto e as costas. A namoradeira desperta-o com o resto do frio da noite. Ele justifica-lhe porque retirou tão abruptamente o pénis da sua quentinha.
- Meu bombom, temos que avisar os outros para não virem aqui… era uma sereia.

Esta civilização está muito desenvolvida, dizem. Mas não perdemos os hábitos da idade da pedra.
A religião e a ditadura são as algemas da mente.
Os ditadores não deixam os democratas descansarem.
Gritos da morte na noite escura. Mais um esfomeado que disse adeus à ditadura.
Preciso de uma chave para abrir as sete chaves da fechadura desta ditadura.
Na democracia incipiente até os cães são hipócritas.

Nas sociedades modernas as prisões estão sempre com a lotação esgotada.
As esquinas da política enchem-se de aventureiros.
Vivemos sempre no receio, que a prisão da noite nos bata à porta.
Estamos sempre a reviver os momentos do Conde de Monte Cristo.
O melhor partido político é a fome, e esta é a melhor conselheira.
Os abutres estão no poder, mas o albatroz vigia-os.
As colunas militares avançam na madrugada. Vão enviar balas aos esfomeados.
A fome é proporcional aos discursos dos políticos.
Se mais petróleo houvera, lá chegara.

Sempre mais adiante há um fosso, mais um poço de petróleo.
Até o surdo ouve o murmurar das promessas de liberdade.
As estruturas do poder estão ferrugentas, cairão por falta de manutenção.
A maldade é a bíblia dos ditadores.
Para sentir o vento da liberdade basta uma janela aberta.
Somos como aves engaioladas na ditadura.
Até o surdo faminto consegue ouvir o barulho da fome.
Os incompetentes eternizam-se no poder, mas não são eternos.
As ondas do mar repousam na areia, os ditadores dormem nas areias movediças.
A noite termina, a manhã começa, o dia do poder não acaba.
A luz dos faróis cega-nos, roubaram as lâmpadas.

O Cavaleiro do Rei (63). Novela


A petrofaminta com o filho às costas serpenteia por entre carros. Vai estendendo as mãos na vã tentativa de uma esmola. O vestuário é o mais pobre que existe no mundo. Talvez por isso ninguém lhe presta atenção. Cansada de estender as mãos retrocede para o passeio. Implora nos jovens que lá estão. Nenhum deles lhe olha. É como se ali estivesse um fantasma. A criança chora, com fome. Ela não tem nada para lhe dar. Alguém atira o resto de um cigarro para o chão. Ela apanha-o e fuma-o. Sente-se contente, faz uns ligeiros movimentos de dança. Pega numa garrafa de plástico e encosta-a a um tubo donde sai água de esgoto. Enche-a, depois bebe. Desloca a criança das suas costas e oferece-lhe a garrafa. A criança deixa de chorar. Alguns novos-ricos que estão bem na vida acabam de enganar, mais uma vez, a vida desta mulher (?) e a sua criança.

O premiado artista reconhecido internacionalmente, o Jingola Tona, é desprezado no seu reino. As estruturas governamentais não lhe atribuem nenhum valor. Afirmou que obterá outra nacionalidade.

Os casos de tuberculose verificados ascendem a trezentos por mês. Podemos falar de uma epidemia. É necessário rastrear o contacto mantido com os infectados, antes que sejamos todos afectados.

A polícia cercou o pátio do Marquês dos Cofres Gerais e correu com os manifestantes.

Evitam-se por todos os meios o arranque de fábricas. As que existem não se abastecem de matéria-prima, para que deixem de funcionar… para que se possa importar. Os importadores têm amigos no estrangeiro, e empresas lá constituídas que lhes facilitam imenso a vida. Assim é desde a independência. Nos últimos anos de paz não houve nenhuma alteração. Os intermediários e beneficiários das importações são sempre os mesmos. A cidade de Jingola está cheia de armazéns de importadores. Não se produz nada. Só se pensa em importar… isto é muito perigoso.

Não temos segurança alimentar. Tudo o que comemos é importado. Produtos adulterados, contaminados, fora do prazo. Comemos tudo. Ninguém dá importância.

É uma boa piada, o reino Jingola pretender um assento no Conselho permanente dos Reinos Unidos.

Reino Jingola, o pior reino do mundo para crianças. Maior índice de mortalidade infantil mundial.

As obras do general continuam. São pessoas muito edificadoras, estão sempre a fazer obras de dia e de noite. Hoje acrescentou umas chapas de zinco no prédio inacabado, para que não possamos ver nada. O que esconderá ele? Qual será o seu receio?

Os Templários, esses grandes senhores de mantos brancos. Os seus costumes, os seus ritos, os seus segredos (9)


MICHEL LAMY

Os Francos contentavam-se com vagos pactos de não agressão e obrigavam-nas a pagar um tributo. Alguns senhores árabes aproveitavam-se desta situação para efetuarem golpes de mão e assaltarem as caravanas de peregrinos. Os camponeses muçulmanos, para resistirem ao invasor, não hesitavam em organizar o bloqueio econômico das cidades a fim de as reduzirem à fome ou capturavam cristãos isolados e vendiam-nos como escravos. Nas próprias cidades ocorriam atentados. Em resumo, a segurança era uma palavra vã.
Havia uma estrada que era especialmente considerada exposta e pouco segura. Ligava Jafa a Jerusalém, e os egípcios de Ascalon faziam amiúde incursões contra ela. Os peregrinos só podiam circular por ela agrupados em pequenas hostes, melhor armados que fosse possível. Hugues de Payns teria decidido remediar essa situação constituindo uma equipa «para que guardassem os caminhos, lá por onde os peregrinos passavam, dos ladrões e salteadores que grandes males aí soíam fazer», como dizia Guilherme de Tiro.

Hugues de Champagne e o nascimento da Ordem
A Ordem do Templo foi fundada a 25 de Dezembro de 1118. Hugues de Payns e Geoffroy de Saint-Omer tinham prestado juramento de obediência entre as mãos do patriarca de Jerusalém no preciso dia em que Balduíno era coroado rei.
Mas nove cavaleiros não seriam bem poucos para guardar as estradas da Terra Santa? É certo que poderemos supor que cada um deles deveria ter consigo alguns homens, sargentos de armas ou escudeiros. Isto era muito corrente, mesmo que tal não fosse referido.
Mesmo assim, os primórdios foram bastante modestos e não devem ter permitido que os primeiros Templários desempenhassem a missão que, aparentemente, se haviam atribuído. Diz-se que guardavam o desfiladeiro de Anthlit, entre Cesareia e Caifa, no preciso local onde, mais tarde, edificaram o famoso Castelo-Peregrino. Tal tarefa não deveria ser muito fácil, estando sediados em Jerusalém.

Quase desprovidos de meios, não podiam fazer muito. A lógica exigia que procurassem recrutar pessoas para desempenharem melhor a sua missão. Era indispensável. E, no entanto, nada fizeram. Evitaram, inclusive, com muito cuidado, durante os primeiros anos, qualquer aumento da sua pequena hoste. Guilherme de Tiro e Mathieu de Paris são formais: recusaram toda e qualquer companhia, excepto, em 1125 ou 1126, a do conde Hugues de Champagne, filho de Thibaut de Blois, um senhor cujo condado era mais vasto do que o domínio real.
Porquê esta recusa? Como é possível que aqueles nove cavaleiros não tenham participado em qualquer operação militar, embora o rei não tenha parado de combater, de Antioquia a Tiberíades, passando por Alepo? Tudo isto não convence e o papel de polícias das estradas parece, nestas condições, uma simples capa que disfarça uma outra missão que deveria permanecer secreta.

É talvez graças à chegada de Hugues de Champagne que vamos perceber um pouco melhor o que se passou.
Em 1104, depois de ter reunido alguns grandes senhores, dos quais um se encontrava em relação muito estreita com o futuro templário André de Montbard, Hugues de Champagne partira para a Terra Santa. Tendo regressado rapidamente (em 1108), deveria voltar lá em 1114 para regressar à Europa em 1115, a tempo de doar a São Bernardo uma terra onde este construiu a Abadia de Clairvaux.

Em todo o caso, a partir de 1108, Hugues de Champagne tinha entabulado contactos importantes com o abade de Cister: Estêvão Harding. Ora, a partir dessa época, embora os cistercienses não fossem considerados habitualmente homens de estudos - ao contrário dos beneditinos -, eis que começaram a estudar minuciosamente textos sagrados hebraicos. Estêvão Harding pediu mesmo ajuda a sábios rabinos da Alta Borgonha. Que razão poderia ter originado um entusiasmo tão repentino por textos hebraicos? Que revelação se pensava que esses textos poderiam trazer para que Estêvão Harding tenha posto, assim, os seus monges a trabalhar com o auxilio de sábios judeus?

Neste quadro, a estada de Hugues de Champagne na Palestina pode parecer como uma viagem de verificação. Podemos imaginar que documentos descobertos em Jerusalém ou nos seus arredores tenham sido trazidos para França. Foram traduzidos e interpretados, e Hugues de Champagne teria ido então procurar informações complementares ou então verificar, no local, a correcção das interpretações e a validação dos textos. Sabemos, por outras fontes, o papel importante que São Bernardo, protegido de Hugues de Champagne, devia desempenhar na política do ocidente e no progresso da Ordem do Templo. Escreveu a Hugues de Champagne, a propósito da sua vontade de ficar na Palestina:

Se, pela graça de Deus, te fizeste conde, cavaleiro, e de rico, pobre, felicitamo-nos pelo teu progresso, dado que é justo, e glorificamos a Deus em ti, sabendo que isto é uma mutação à mão direita do Senhor. Quanto ao resto, confesso que não suportamos com paciência sermos privados da tua alegre presença por não sei qual justiça de Deus a menos que, de tempos a tempos, mereçamos ver-te, se tal for possível, o que desejamos mais do que todas as coisas.

Esta carta do santo cisterciense mostra-nos até que ponto os protagonistas desta história estão ligados entre si e são capazes, portanto, de guardar o segredo em que trabalham. Aliás, o próprio São Bernardo interessou-se muito de perto por antigos textos sagrados judeus. Em todo o caso, parece que Hugues de Champagne considerou as revelações suficientemente importantes para legitimarem uma fixação na Palestina. Era casado e, para entrar na Ordem do Templo que acabara de se criar, era necessário que a sua mulher aceitasse entrar para um convento.

A cara esposa não entendia assim as coisas. Hugues de Champagne hesitou durante algum tempo mas, como a sua mulher lhe era notoriamente infiel, repudiou-a. Aproveitou esse fato para deserdar o filho, em relação ao qual tinha fortes desconfianças de não ser seu, e abdicou de todos os seus direitos em favor de seu sobrinho, Thibaut. Entrou para a Ordem do Templo e nunca mais deixou a Terra Santa, onde faleceu em 1130.

Iamgem: http://www.maconaria.net/regaleira_fotos/regaleira_04.jpg

domingo, 27 de setembro de 2009

Manual do terrorismo bancário. 200 milhões de dólares. Multinacional Thales e dirigentes angolanos


- 20-Sep-2009 - 11:42

A promiscuidade entre o serviço público e o interesse privado tem dado amplo espaço à manutenção de conflitos de interesse, tráfico de influências e outros males

Rafael Marques de Morais NOTÍCIAS LUSÓFONAS

O presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana Sonangol e o embaixador de Angola em França estabeleceram um consórcio multimilionário com a companhia francesa Thales, para o fornecimento de equipamentos de comunicação às Forças Armadas Angolanas, apesar da legislação proibir a participação privada dos dois altos funcionários do Estado no negócio.

Em Janeiro de 2009, o Conselho de Ministros aprovou dois contratos de fornecimento de equipamentos de comunicação para as Forças Armadas Angolanas (FAA), orçados num total de 141,6 milhões de Euros (equivalente a 202,3 milhões de Dólares) a favor de um consórcio formado entre a multinacional francesa Thales Group e a empresa angolana Sadissa.

Esses contratos, com as referências oficiais 38/DM/03/SST/08 e 39/DEM03/SST/08, foram rubricados, em representação das FAA, pela Simportex, uma empresa do exército. Os referidos contratos desvendam sérias questões legais e éticas.

A Sadissa foi constituída a 1 de Abril de 2003 pelos actuais presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, e o actual embaixador de Angola em França, Miguel da Costa. Constam do objecto social da referida empresa várias áreas de intervenção tais como “comércio geral misto e grosso e a retalho, instalação, operação e manutenção de infra-estruturas e equipamentos, prestação de serviços no domínio da informática, telecomunicações, multimédia, radiofusão e energia eléctrica (…) consultoria, turismo, hotelaria e agência de viagens”.

Como co-proprietários da Sadissa, Manuel Vicente e Miguel da Costa têm assento na assembleia-geral da empresa cujas competências, de acordo com o Artigo 13° dos seus estatutos, incluem a eleição e substituição dos conselhos de administração e fiscal, aprovação dos balanços e relatórios e fixação dos salários dos órgãos de gestão. Além de Miguel da Costa e Manuel Vicente, outros três subscritores menores da empresa são o filho do embaixador, Wilson Miguel da Costa; Anabela Chissende, em representação do seu esposo o actual chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino do Estado-Maior General das FAA, General Adriano Makevela Mackenzie; e Catarina Marques Pereira, representante do Estado no consórcio diamantífero Luó – Sociedade Mineira do Camatchia-Camagico, como vice-presidente do Conselho de Administração.

Abordado sobre os contratos, o director-geral da Simportex, General Jacinto Pedro Cavunga, de forma afável, afirmou apenas que “a Simportex é uma empresa militar e como tal não podemos prestar informações de carácter militar”.

Da parte da Thales Group, a assistente Marjorie Lauger, em conversa telefónica, afirmou desconhecer o contrato. A oficial de informação anotou as questões sobre a participação privada de um dirigente angolano no negócio com a multinacional, e garantiu que o seu superior retornaria a chamada para prestar os devidos esclarecimentos, em vão.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Sadissa, José Alberto Puna Zau, informou que a parceria entre as duas empresas assenta na venda dos equipamentos de comunicação, por parte da Thales Group, e a instalação e manutenção dos mesmos pela parte angolana. O gestor, antigo vice-ministro das Obras Públicas, narrou as dificuldades por que a sua empresa passou para a aprovação dos referidos contratos pelo Conselho de Ministros, por manifesta oposição de alguns sectores do governo.

“Tive de falar com os ministros da Defesa, do Interior e dos Veteranos de Guerra. E foi por causa da explicação do Ministro da Defesa, Kundi Payhama, [na sessão do Conselho de Ministros] que o presidente ordenou que nos “Thales/ Sadissa+ deixassem em paz”, disse.

A promiscuidade entre o serviço público e os interesses privados por parte dos co-proprietários da Sadissa viola a legislação em vigor, no país. O presidente do Conselho de Administração da Sonangol está abrangido pela Lei n° 10/89 sobre o Regime Disciplinar do Gestor Público. A Alínea F do n° 2 do Artigo 3° dessa lei assevera, como infracção disciplinar por parte do gestor público, “o exercício de funções que envolvem a representação de interesses privados, próprios ou alheios nos órgãos de gestão de qualquer outra empresa”.

Em relação ao embaixador Miguel da Costa, a Lei n° 21/90, conhecida como a Lei dos Crimes Cometidos por Titulares de Cargos de Responsabilidade, ajuíza a sua conduta. Essa lei proíbe o acesso dos dirigentes ao usufruto de benefícios materiais para proveito pessoal, em negócios do Estado, por força das suas funções.

No entanto, Puna Zau justificou a criação da Sadissa, na prática a funcionar desde 2006, como um projecto de filantropia dos seus sócios. “Esse projecto é tipo uma ONG para ajudar os camaradas guerrilheiros da luta de libertação”. O gestor afirmou que “muitos mais-velhos guerrilheiros estavam em condições miseráveis, de pura indigência e abandonados” e, adiantou, a empresa identificou 20 antigos combatentes como beneficiários seus.

Os Contratos

Segundo a resolução n° 7/09 do governo, os contratos visam garantir a aquisição de meios de comunicações tácticos, “com especificações militares capazes de assegurar a direcção eficaz de tropas e aumentar significativamente o coeficiente de asseguramento técnico em meios de comunicações”. A provisão de meios de comunicação, segundo o documento do governo, enquadra-se no processo de reedificação das FAA e na “nessecidade de se criar infraestruturas de comunicação única com serviços partilhados por todos os órgãos de defesa e segurança e não só, capaz de garantir fiabilidade e segurança”.

Por sua vez, em comunicado de imprensa datado de 9 de Abril de 2009, a Thales anunciou a assinatura do contrato com as FAA, para a provisão de uma Rede de Comunicação de Rádio Móvel. Essa rede, segundo a Thales entrará em funcionamento em 2010, por ocasião da Copa Africana das Nações em Futebol, a ser realizada no país. O comunicado da Thales, omisso em relação ao seu acordo com a Sadissa, adiantou que a rede de comunicações, considerada de uso simples, será partilhada por quarto entidades angolanas, sem as especificar, sob gestão das FAA.

A Thales Group, a operar em mais de 50 países, afirma-se como a líder mundial no fornecimento de tecnologias de comunicação aos mercados de aeronáutica, espaciais, defesa, segurança e transportes. O Estado Francês e a multinacional francesa Dassault Aviation, que detêm respectivamente 27% e 26% das acções controlam, em parte, o grupo.

Comentário : Como se Promove a Política da Corrupção

A promiscuidade entre o serviço público e o interesse privado tem dado amplo espaço à manutenção de conflitos de interesse, tráfico de influências e outros males que insultam a moralidade da administração pública e transformam o Estado angolano em propriedade privada. Essa promiscuidade também impede que se desenvolva, em Angola, uma verdadeira economia de mercado, baseada na competividade e no espírito de iniciativa.

A classe dirigente monopoliza o mercado, na dupla qualidade de dirigentes-empresários, usando o poder de Estado para a realização de negócios privados e como intermediários dos interesses estrangeiros em Angola.

O Governo e a Assembleia Nacional têm envidado esforços tendentes a eliminar certos dispositivos legais que, de forma clara e severa, se mostram suficientes no combate à corrupção praticada pelos titulares de cargos públicos. Como ilustração, a Lei n° 13/03, Derrogatória da Lei das Infracções contra a Economia (Lei 6/99), eliminou os artigos 48° e 49° que respectivamente definem a corrupção passiva e activa, assim como o artigo 50° sobre a apropriação de comissões.

Outra prova de falta de vontade tem a ver com a falta de institucionalização da Alta Autoridade contra a Corrupção, cuja lei entrou em vigor em 1995. Essa lei cuida particularmente das “acções e omissões praticadas conta o Património Público, e as resultantes do exercício abusivo de funções públicas ou quaisquer outras lesivas dos interesses públicos ou da moralidade da admininistração, cometidas pelos agentes da Administração pública (…) incluindo as praticadas pelos titulares de órgãos de soberania (…)”.

Por outro lado, conforme confidência de um magistrado, a Assembleia Nacional tem ignorado os insistentes apelos, por escrito, de juízes para que se procedam reformas legais conducentes ao fim da impunidade reinante nos círculos de poder, a coberto da falta de mecanismos legais suficientes para se combater a corrupção e os abusos de poder.

O consórcio Thales/Sadissa é revelador da facilidade com que multinacionais do ocidente promovem a institucionalização da corrupção em Angola, como condição prévia para a realização de negócios com o Estado. A França tem sido um importante palco nas operações de corrupção das mais altas esferas do poder em Angola, sobretudo através do célebre caso Angolagate, cujo pivô, o traficante de armas Pierre Falcone é uma figura muito próxima do Palácio Presidencial da Cidade Alta.

Entretanto, a diplomacia comercial do Ocidente também tem jogado, de forma agressiva, um importante papel na legitimação da promiscuidade entre o público e o privado, em Angola, cujo resultado é a privatização efectiva das funções soberanas do Estado. Assim o fez, na sua recente passagem por Luanda, a Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ao defender o governo angolano, como estando empenhado num processo de maior transparência na gestão do país. Como evidência, Hillary Clinton apresentou a publicação inconsequente, pelo governo angolano, de números sobre as receitas de petróleo na internet, através do portal do Ministério das Finanças.

Eldorado 27Set09


Joaão Paulo Diz: Outubro 7, 2008 às 10:16 pm
Olá sou técnico condotor de obra e gostava de ir trabalhar para Angola aceito propostas,estou disponivel para qualquer intrevista.
Email J.P.M.Figueiredo@hotmail.com

Luis Faria Diz: Outubro 9, 2008 às 8:59 am
Procuro empresa em Angola, dinâmica e ambiciosa, onde possa aplicar a minha experiência profissional.
Tenho experiência em logística, gestão e optimização de espaço, gestão da frota de distribuição . Tenho experiência em gestão de encomendas de clientes e fornecedores, recepção e conferência de mercadorias, realização e preparação de inventários.
Gosto de trabalhar em equipa. Capacidade para liderar, comandar e motivar equipas.
Estou muito motivado para trabalhar em Angola.

Ricardo Ramos Diz: Outubro 9, 2008 às 10:28 pm
Sou nivelador topográfico estou a procura de emprego faz quatro meses que cheguei de angola e procuro uma boa oportunidade p/ voltar (estou com o visto de trabalho valido até maio de 2009).Aguardo resposta positiva no endereço mencionado acima ou fone 08386006137.

salomao eduardo dos santos Diz: Outubro 10, 2008 às 3:40 pm
ola ,boa tarde gostaria deestar me candidatando a uma vaga de trabalho em Angola.primeiramente ajudar na reconstrucao de um pais e de um povo que e sofrido como o nosso.
tenho experiencia em manutencao de trocadores de calor em varios setores ( industria petroquimica,siderurgicas ,metalurgicas com aplicacao de produtos e manutencao de tubulacao )aguardo contato de vcs mais breve possivel

salomao eduardo dos santos Diz:Outubro 10, 2008 às 3:44 pm
trocadores de calor em todos os setores vc encontra quem conhece sabe de que estou falando .
obrigado pela atencao.

manuel forte Diz: Outubro 12, 2008 às 10:28 am
m.forte tenho larga experiência na área de metalomecânica com 40 anos de trabalho e nos quais 20 de liderança gostaria de trabalhar nestes dois países para desenvolver e realizar obras de grande envergadura larga experiencia em Cad Taym-xit Lantek Expert Aprendizagem em X-steel isometria e tubagem carbono e inox
telefone 00351 964245508 email mbforte@gmail.com

michael gonçalves de melo Diz:Outubro 12, 2008 às 10:56 pm
PRIMEIRAMENTE UMA BOA NOITE,GOSTARIA DE SOMAR NESTA GRANDE EMPRESA ODEBRECHT,POR REALIZAR GRANDES TRABALHOS EM ANGOLA E GOSTARIA DE EMBARCAR NESTA JORNADA.SOU MOTORISTA DE CAMINHÃO E CARRETA E SOU OPERADOR DE VARREDEIRA,TENHO CURSO DE CARGAS PERIGOSAS PELO SEST-SENAT,ESTAVA CURSANDO NÍVEL SUPERIOR MAIS POR MOTIVO FINANCEIRO NÃO DEU PARA CONTINUAR.
DEIXAREI MEU TELEFONE 8311-8748 OU 2782-8651
JA TIVE ESPERIENCIA NO EXTERIOR.
OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO.

http://engenhariacivil.wordpress.com/2007/08/25/mercado-de-trabalho-em-angola-2/#respond

Devaneios 27Set09


25.09.2009 - 15h39 - José coelho, Lisboa, Portugal
É só mais um país a ter bombas atómicas, faz parte da evolução do mundo. Bem podiam dizer a verdade, querem bombas atómicas para se poderem "defender".

PÚBLICO ÚLTIMA HORA

Ter energia barata é no mínimo caricato, e não fica bem a um país produtor de petrólio, não lhe falta nem dinheiro nem energia. O segundo passo da evolução será quando grupos oprimidos obtiverem bombas atómicas, e assim poderem negociar com o poder ditador que os oprime. Ter uma bomba e não a rebentar, é como ter uma garrafa de vinho do Porto e não a beber. No entanto, para o último passo da evolução aceitam-se apostas. Um fim com bombas atómicas é pouco provável, há muita concorrência para o fim-do-mundo.

25.09.2009 - 18h23 - Zé Tuga, Portugal
O mundo está refém de um punhado de extremistas, racistas, terroristas, colonos hebreus, incluindo os próprios israelitas. Ainda por cima essa gente nada tem a ver com os judeus originais, são de origem europeia, asiatica e africana, convertidos a essa religião. A maior parte vêm de lugares como Nova Iorque, Varsóvia, Moscovo, em nome de um extremismo religioso, fanático e racismo. Enquanto assassinavam mulheres e crianças em Gaza, esta gente fazia festas na fronteira. São monstros que mantém o mundo refém ao seu extremismo, graças à falta de coragem dos "líderes" internacionais. Esta situação é vergonhosa e um dia a História irá julgar este período assim como nós hoje julgamos outros períodos selvagens e extremistas como as cruzadas, por exemplo.

25.09.2009 - 18h21 - Orgulhoso de ser Islamófobo, Meca, Arábia Saudita
Ó desanónimo, logo você a falar de massa bruta, alguém que só precisa de um espelho para ver como é um burro. A coragem fica toda para si, meu caro, você é que diz que o Irão está prestes a ser oprimido, você é que devia ter a integridade de o ir salvar. Mas integridade é coisa que os comunas (que você diz não ser, ma age como tal), nunca hão-de saber sequer reconhecer. De ódio e frustração só vocês é que percebem, vocês é que estão sempre a protestar, se não é contra o governo é contra os países ricos, se não é contra os países ricos é contra Israel ou os EUA. O facto de não ver nada de errado no comunismo só atesta a sua monumental estupidez. Afinal, estamos só a falar da ideologia política que mais mortos fez na história da humanidade. Deve ser o seu humanismo a vir ao de cima...

25.09.2009 - 18h10 - Orgulhoso de ser Islamófobo, Meca, Arábia Saudita
Podes ir sonhando, desanonimo. A única coisa que eu gosto de caçar é comunas incoerentes como tu, no local certo: as urnas, onde a vossa ideologia obscurantista e totalitarista será sempre derrotada. Quanto ao Islão, é uma questão de tempo até o mundo livre abrir os olhos. Cada vez mais pessoas reconhecem o Islão por aquilo que é: o equivalente religioso ao nazismo que tanto dizes abominar, mas que ná prática vocês comunas exercem como nenhuma outra força política consegue.

25.09.2009 - 17h28 - Sousa da Ponte, UK
Abu, diz comigo: "Nao existe tal coisa chamada deus". Vai ver nao custa nada. E seras um homem livre

DIÁRIO ECONÓMICO
JRM, Almada 24/09/09 12:38
Não tirem o dinheirinho do BCP, logo vão ver o que lhe vai acontecer...
Foi colocado á venda no mercado internacional...
Ninguém o quis comprar...
Agora é emissão de dívida pois não há dinheirinho...
Mais um que a CGD vai comprar para salvar da banca rota...

Os Templários, esses grandes senhores de mantos brancos. Os seus costumes, os seus ritos, os seus segredos (8)


MICHEL LAMY

Sobretudo, afirma-se também que seria de Ardèche, saído de uma família que inicialmente vivera na Alta Provença e que, depois, se teria fixado em Forez. Segundo Gérard de Sède, os seus antepassados teriam sido companheiros de Tancredo, o Normando. Hugues teria nascido a 9 de Fevereiro de 1070, no castelo de Mahun, na comuna de Saint-Symphorien-de-Mahun, em Ardèche. Aliás, em 1897, foi encontrado o registro de nascimento’ mas pode tratar-se de uma homonímia. As suas armas teriam sido de ouro com três cabeças de mouros, lembrando o apodo de seu pai. Este, natural de Langogne, em Lozère, era conhecido, efectivamente, como «o Mouro da Gardille». Laurent Dailoliez precisa que: A biblioteca municipal de Carpentras conserva um manuscrito que regista uma doação, de 29 de Janeiro de 1130, de Laugier, bispo de Avinhão. Nessa ocasião, Hugues de Payns é referido como originário de Viviers, em Ardèche.
Tudo isso pareceria dar alguma credibilidade às origens de Hugues de Payns em Ardèche. Ficaria, portanto, por averiguar que circunstâncias o teriam levado a tornar-se oficial do conde de Champagne. Por isso, e porque existe um Payns perto de Troyes e também em razão do parentesco com São Bernardo, optaremos antes por uma origem champanhesa do primeiro Grão-Mestre da Ordem do Templo.

A criação da Ordem do Templo e o policiamento das estradas
Também a fundação da Ordem comporta muitas zonas obscuras. Analisemos, em primeiro lugar, a versão oficial tal como nos foi transmitida pelos cronistas da época. Guilherme de Tiro, nascido na Palestina em 1130, bispo de Tiro em 1175, não pôde assistir ao início da Ordem e, portanto, falava dele em função do que lhe fora contado.
Jacques de Vitry era mais preciso, embora tenha escrito um século mais tarde. Devia estar de posse de alguns pormenores «oficiais» sobre os primórdios da Ordem, porque estava muito ligado aos Templários. Poderemos, pois, pensar que o que se segue lhe foi contado diretamente por dignitários do Templo:

Alguns cavaleiros, amados por Deus e ordenados para o seu serviço, renunciaram ao mundo e consagraram-se a Cristo. Mediante votos solenes pronunciados perante o patriarca de Jerusalém, dedicaram-se a defender os peregrinos dos arruaceiros e ladrões, a proteger os caminhos e a servir de cavaleiros ao soberano rei. Observaram a pobreza, a castidade e a obediência, segundo a Regra dos Cônegos Regulares. Os seus chefes eram dois homens veneráveis, Hugues de Payns e Geoffroy de Saint-Omer. Inicialmente, só houve nove que tomaram uma decisão tão santa e, durante nove anos, serviram com vestes seculares e cobriram-se com aquilo que os fiéis lhes deram como esmola.

O rei, os seus cavaleiros e o senhor patriarca encheram-se de compaixão por esses nobres homens que tudo haviam abandonado por Cristo e deram-lhes algumas propriedades e benefícios para proverem às suas necessidades e pelas almas dos doadores. E porque não tinham igreja ou casa que lhes pertencesse, o rei instalou-os no seu palácio, perto do Templo do Senhor. O abade e os cônegos regulares do Templo deram-lhes, para as necessidades do seu serviço, um terreno que não ficava distante do palácio e, por essa razão, foram mais tarde chamados Templários.

No ano da graça de 1128, depois de terem ficado nove anos no palácio, vivendo todos juntos em santa pobreza, de acordo com a sua profissão, receberam uma Regra por intervenção do papa Honório e de Estêvão, patriarca de Jerusalém, e foi-lhes atribuído um hábito branco. Isso foi feito no concilio realizado em Troyes, sob a presidência do senhor bispo de Albano, legado apostólico, e na presença dos arcebispos de Reims e de Sens, dos abades de Cister e de muitos outros prelados. Mais tarde, no tempo do papa Eugenio (1145-1153), puseram a cruz vermelha nos seus hábitos , usando o branco como emblema de inocência e o vermelho pelo martírio. [ ... ]. O seu número aumentou tão rapidamente que em breve havia mais de trezentos cavaleiros nas suas assembléias, todos envergando mantos brancos, sem contar os inúmeros servidores. Adquiriram também bens imensos deste e do outro lado do mar. Possuíam [ ... cidades e palácios, de cujos rendimentos entregavam, todos os anos, uma determinada soma para a defesa da Terra Santa, nas mãos do seu soberano mestre, cuja residência principal é em Jerusalém.

Jacques de Vitry dava também algumas indicações sobre a disciplina que reinava no interior da Ordem. Poderíamos recorrer também a Guilherme de Nangis ou pedir alguma ajuda à versão latina da sua Regra, que afirma no preâmbulo: «pelas orações de mestre Hugues de Payns, sob cuja direção a referida cavalaria teve início pela graça do Espírito Santo».
Que deveremos concluir? Que alguns cavaleiros renunciaram ao mundo sob o comando de Hugues de Payns para se colocarem ao serviço dos peregrinos e que assim nasceu a Ordem do Templo.

Podemos dizer também que os Templários foram apenas nove, durante nove anos, e esse número já foi muito glosado. Mas, quem eram esses nove paladinos.
Para além de Hugues de Payns, encontramos Geoffroy de Saint-Omer, um flamengo; André de Montbard, nascido em 1095 e tio de São Bernardo pela sua meia-irmã, Aleth. Havia também Archambaud de Saint-Aignan e Payen de Montdidier (por vezes designado pelo nome de Nivard de Montdidier), ambos flamengos. E, depois, Geoffroy Bissol, sem dúvida originário do Languedoque e Gondomar, que talvez fosse português. Por fim, um tal Roral, ou Rossal, ou Roland, ou ainda Rossel, de quem nada mais sabemos, e um hipotético Hugues Rigaud, que teria sido originário do Languedoque.

Uma vez mais, as informações fiáveis são muito tênues. Por que razão se juntaram estes homens? Jacques de Vitry já no-lo disse: para defenderem os peregrinos dos arruaceiros, protegerem os caminhos e servirem de cavalaria ao seu soberano-rei.
Na verdade, os exércitos de cruzados que haviam permanecido no local não tinham meios para dominarem todo o território, tanto mais que muitos homens haviam regressado ao Ocidente. As cidades estavam bem controladas mas a maior parte do país continuava sob domínio muçulmano. Algumas pequenas cidades nem sequer tinham guarnição cristã.

Imagem: http://2.bp.blogspot.com/

sábado, 26 de setembro de 2009

Devaneios 26Set09


Pedro Barbosa, Lisboa 17/09/09 12:18
Angola tem dinheiro para andar nas bolsas do mundo a comprar empresas mas não tem para eliminar as carências da sua população.

DIÁRIO ECONÓMICO

Os mais ricos dirão que estão a preparar o caminho das futuras gerações. Os remediados dirão que, primeiro, deveriam resolver os graves problemas internos do país. Os mais pobres nem sabem do que se passa no seu próprio país. Um país que podia ser dos mais ricos do mundo (e é, mas o problema está na distribuição, ou na falta dela). Quem manda em Angola são os generais e a família Santos.

José Costa, Luanda, Angola 17/09/09 13:34
A EDP representa um investimento estratégico para Sonangol e o défice na produção e distribuição de energia em Angola, é também uma oportunidade para EDP. A ser efectivado será o único investimento com lógica da Sonangol em Portugal.

José da Fonte, Porto 17/09/09 13:44
Amigos, já agora vendam tudo aos nossos amigos angolanos! Relemebro que Angola não é o unico país com quel se pode ter negócios e que o dinheiro não finda em Angola...deixem-se de ser provincianos e abram os olhos.

vg, 18/09/09 10:41
Quem se mete com o PS,...leva com o "nacional-socialismo"

romeira, lisboa 18/09/09 11:20
Jose Manuel Fernandes, é uma versão mais sofiticada de Manuela M. Guedes.
A mando de Belmiro de Azevado, dono do respectivo jornal, este senhor não de um "yes man", de Belmiro e do PSD.
Só que Belmiro, está hipotecado até as orelhas e já não tem dinheiro para lhe pagar.
Estes jornalistas sem ética , quando percebem que foram apanhados a manipular noticias, vêm logo com argumentos que todos percebemos que estão ao serviços das várias entidades que apostam tudo para vencer o adversários. Vale tudo, compram tudo a qualquer preço. Envergonhem-se

Fino, Lisboa 16/09/09 09:50
Coitadito, tenho cá uma pena!
O Luis Figo quando esteve a receber milhões do BPN de publicidade, e para a sua Fundação, nunca se perguntou de onde vinha tanto dinheiro?

Lx, Lx 16/09/09 10:34
Concordo inteiramente com o Nuno Costa. Esta é a realidade que temos... o que mereciam era o BE ir para o Governo e o Louça como 1º Ministro para verem o que era bom! é com este pensamento mediocre que nao conseguimos avançar...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (52)


A nau perseguia o destino Atlântico, o mar que ensinou os homens a navegar. Depois melhoraram as embarcações e reembarcaram, descobriram-se com outras gentes. Parecia inacreditável, mas existiam outros povos primaveris que pisavam rodeadas riquezas incomensuráveis. Com olhos cobiçados e cabeças tontas vergavam-se os exploradores perante tantas montanhas de ouro inexploradas. Eldorados, ilhas encantadas, misteriosas cidades do ouro, esmeraldas, diamantes, prata, petróleo, urânio. E matavam-se, rematavam-se e matavam. Riquezas humanas, povos… civilizações espadeiradas, tiroteadas, apenas porque os seus deuses eram árvores, rios e terra. Eram-lhes superiores porque amavam a Natureza. Agora os neo-exploradores esfolam-se e esfolam. Destros superficiais boçais.

Reanimei-me, e reaprendi a amar, a desenvolver o amor do meu Deus implantado na árvore iluminada de esmeraldas, riqueza verde insubstituível.
Louvei as minhas inclinações a Anfitrite, Oceano e Mentor pelo agrado do improvisado sushi. E voltámos aos nossos sons, como se o mar entendesse, participasse mudo e quedo.
- Mentor, meu amigo… não vou nos futebóis das bolas brancas, nem nas políticas dos políticos melífluos.
- O autor dos FFF é prezado… o ser humano necessita da prova de fogo constante. Como os grandes hipnotizadores de multidões que nos conduzem à solução final.
- Os cães são livres, nós não.
- Não entendo.
- Eles podem ladrar, perdemos esse direito.
- Por isso existem canis.
- O que é uma discriminação.
- Sim! Não há diferença entre os homens e os cães.
- Há uma, comem a mesma comida.
- Então os criminosos deviam estar nos canis e os cães na prisão dos homens.
- É tempo de acabar com essa injustiça.
- O homem não é um animal.
- Por certo, os animais pensam que o homem é irracional.

Mesmo sem trovoada oiço muitos trovões. Esses que saem dos escapes das motos. Esses mesmos, os da civilização Branca. Quando o fumo sai branco é bom. Quando escuro é mau. É contrário aos desígnios do deus Branco.
Um deus com cores: Preto, branco, vermelho, amarelo… um deus para cada cor, para cada povo, para cada raça. Ah, os humanos, só eles podiam inventar uma coisa assim. Ah, … tão cansada destas coisas estou, que já não sei o que sou. A relatividade do tempo gerou-me e estacionou-me na ceifa do divulgado, grandioso desastre ecológico. Por mais que tente desadapto-me ao dormente terreno.

Quando retornarei à nebulosa cometária? Há infindáveis anos espero que me venham resgatar. Impossibilito-me neste planeta. No outro vivia tão feliz… com os meus pais na irmandade familiar. Não sei, desfaço-me porque sou incapaz de entender. Quero voltar, levem-me!
No mundo dos desumanos vou morrer só, abandonada, ninguém me ligará. Para quê… não é preciso. Só pensam no dinheiro. Se isto é viver, que o meu Deus, o meu anjo Verde me ouça, que não me abandone, que me transporte.
ESTOU A ALERTAR PARA O RUMO QUE NOS QUEREM LEVAR. Não é o menino, não são as chuvas, vulcões, ciclones, tufões, maremotos, terramotos – isto sempre aconteceu, e acontecerá – são os malditos políticos que nos desgovernam, que querem o mundo só deles. RENEGUEMOS MAIS VIVER COM CONSTRUTORES DE PAREDES.

Manual do terrorismo bancário. Crédito malparado




Banca. Crédito malparado é o “próximo abalo” da crise

Pedro Duarte 31/07/09 14:57

DIÁRIO ECONÓMICO

Joseph Ackermann vê novos problemas para os bancos no aumento do crédito malparado aos particulares e empresas.
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O CEO do Deutsche Bank, Joseph Ackermann, alertou hoje que o aumento do crédito de cobrança duvidosa dos particulares e empresas vai ser o próximo choque que vai abalar os bancos.

“Esta crise tem consistido numa série de terramotos, e o epicentro tem estado sempre a mudar. O crédito malparado é o próximo abalo. Os bancos que até agora têm conseguido escapar relativamente ilesos também vão ser afectados”, disse o líder do Deutsche Bank durante um evento em Zurique, citado pela Bloomberg.

Ackermann avisou ainda que “a crise ainda não acabou. Quando olhamos para a evolução do crescimento económico global, então podemos esperar entrar em terreno positivo a partir do segundo semestre deste ano. Mas ainda estamos a um nível muito baixo”.

O Deutsche Bank, que é o maior concessionário de crédito da Alemanha, anunciou esta semana ter criado provisões no valor de mil milhões de euros para o crédito malparado no segundo trimestre, sete vezes mais do que no período homólogo de 2008.

“Fomos apanhados de surpresa pelo aumento em 44% do crédito malparado no trimestre”, notaram os analistas do Morgan Stanley Huw van Steenis e Hubert Lam numa nota de análise hoje emitida sobre o Deutsche Bank.

Imagem: onde se lê ovos, deverá ler-se novos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (51)


- Quando chegar à Ibéria, depois parto para Armórica… tenho lá uma prima. Finalmente… regresso à civilização… da comida.
… apenas vestígios. Dantes as pessoas revoltavam-se, agora não. Estão cansadas, submissas, frustradas. Os intelectuais desapareceram… apareceram muitos pseudo-intelectuais que dirigem as sociedades. É fantástico ver como toda a gente os segue. Lembram Júlio César a subjugar os Celtas.

O Mentor está à pesca. Atira o anzol sem isca, recolhe-o, volta a atirá-lo. Que paciência de Job. Anzol sem isca… deve ser pesca de malucos. Oh, afinal bate bem. Pescou um bem grande. Ufana-se:
- É uma dourada! Vou fazer sushi.
Ulisses tranquilo confunde-se com o mar. Talvez porque Penélope esvoace, abrace e lhe dê doce calmaria. Conversa vai, conversa vem.
- Onde cheira a negócio, de imediato aparecem os homens.
Mentor afadiga-se no corte de fatias finíssimas, tenrinhas, fresquinhas, do esquartejado teleóstio. Dá apito de manobra:
- É futebol… se falta entrosamento, concentração e força anímica, perde-se a batalha.
- Não, não pode ser. Não foi Deus que criou o Homem, que aberração, que imperfeição, que monstruosidade. Estamos dominados, governados pelo demónio há mais de dois mil anos. Esta é a verdade. O fundador… os fundadores, os seguidores da Igreja, são… Satanás. Ele está aqui, sente-se, move-se, domina-nos. Eis porque o mundo está no fim, no caos. Satanás está em todo o lado, ninguém lhe consegue escapar. Estamos amarrados, vivemos os últimos dias da maldade. Satanás triunfou.

Calaram-se. Que ventura. Longe de casa, na solidão marítima o pensamento é mais sagaz. Discorre perfeitamente. No convívio da verborreia humana é quase, senão impossível pensar. Hoje, a loucura humana criou a sua melhor descoberta: o ruído. Por isso os cérebros andam tão decadentes, desmazelados, que desconseguem reflorir. Descomplexei-me e expus-me a Mentor:
- Mentor, acompanho-te porque não acredito nos intelectuais Jingolas, metem-me medo, são falsos, oportunistas, aterradores. Mas, creio que sempre foi assim desde os primórdios, desde aquela abalada quando os nossos ancestrais viviam nas cavernas, depois aprenderam a usar um osso como arma. Que pobreza de espírito. Como se alguém acreditasse nisso. Custa-me a entender o porquê de tanta violação da História. Quanto menos contactos humanos melhor. Porque é pernicioso, perigoso, e evitamos muitos dissabores. Vivermos como eremitas? Sim, porque não? Existe alguém que goste de viver com serpentes venenosas? Ainda não está tudo perdido. Chegou a hora das grandes cruzadas. O tempo de desembainhar as nossas espadas e acabar com os maldosos. Fazer outra vez um rio de sangue divino, e salvar a humanidade. Não há alternativa. Vamos a isso, acabemos com eles!
- Os tempos apagados continuam experientes… coisas que antes eram dadas como certas, mais tarde verificamos com surpresa estarem erradas. Uma delas é fundamental: A África Negra permanece, permanecerá primitiva.
- Porra! Esses guardiães do templo da memória são muito perigosos.
- As noites dos tempos são sempre iguais, não se alteram. Os dias findam e escurecem, as noites acabam e amanhecem.
- A escravatura não mudou, porque o homem não acabou. São tantos os escravos que não se podem contar.
- A civilização Branca da fome faz-lhes o balanço.
- Sim… o homem Branco, a civilização Branca… os destruidores de civilizações.
- Se me dessem a escolher entre um homem e o demónio, escolheria o demónio, porque ele me ajudaria a eliminar o homem.
- Quando não existir homem, haverá finalmente paz na terra.

O Cavaleiro do Rei (62). Novela



No vice-reino do Namibe, provenientes de um navio que encalhou, oito toneladas de açúcar impróprio para consumo são despejadas algures no deserto. Milhares de esfomeados correm na sua direcção como se fosse uma mina de oiro. Alguém alerta uma jovem:
- Esse açúcar está contaminado, não sabes que podes morrer?!
- Nós temos muita fome, comemos tudo o que aparece.
- Não tens medo de morrer?!
- Vamos comer, se não morrermos é porque não faz mal.
- Quantos sacos já apanharam?
- Eu apanhei dois, a mamã quatro, a tia oito e o papá dez… né?!
- Hummm! Hummm!
- E o que é que vão fazer com o açúcar?
- Vamos vender e fazer bebida. Temos muita fome, muita fome!

Os engenheiros chineses avançam com as suas máquinas para a construção do novo aeroporto de Jingola. Protegidos por polícias e militares arrasam as lavras dos camponeses. Estes surpreendidos reclamam. Mas nada conseguem fazer perante tal aparato. Com generais e militares não parece um aeroporto civil, parece uma gigantesca unidade militar.

Mais oitenta e quatro jovens que se dedicavam ao roubo são capturados pela polícia. Um repórter pergunta-lhes:
- Mas roubam porquê?
- Porque não conseguimos trabalho. Como precisamos de comer, temos que roubar.

Uma empresa de diamantes não assume os compromissos com os seus trabalhadores. O jornalista interroga um deles:
- O que é que se passa com vocês?
- O director não nos paga há dois meses. Além disso nunca nos pagou os subsídios. Queremos falar com ele, em resposta diz que está à espera de visitas. Criámos uma comissão sindical. Como represália despediu dez. Agora vamos fazer uma greve geral

Estudantes cansados pela espera de seis meses para obterem o passe que lhes dá acesso ao transporte público, fazem vigília no pátio do Marquês dos Cofres Gerais. Estão cansados e fartos de serem aldrabados.

Quinhentas vítimas dos massacres da Baixa de Cassanje farão uma manifestação com início no largo do Quinaxixi às dez horas, até à embaixada do reino português para reclamarem as indemnizações. O Vice-rei da capital não autorizou.

Um general, nas traseiras de dois prédios montou ferros e colocou cortinas verdes para esconder o que lá se passa. Mas o que é que lá se passará?
Ocupou as traseiras de outro prédio, e construiu até ao terceiro andar um edifício. Mas quem é que manda no reino?! Quando chover e sem acesso à luz solar, como emparedados, os vizinhos sofrerão muito, e quando incendiar arderá à vontade porque fecharam os acessos.

Tentamos sobreviver como toda a gente. Para trabalhar ninguém quer pagar. O reino está nas mãos de aventureiros que sugam tudo o que resta. Fazemos o nosso trabalho e ficamos eternamente à espera do pagamento.
Já disse à Lwena, minha esposa, para vendermos a casa e fugirmos para o reino português. Para não morrermos aqui à fome. Ela é teimosa. Prefere vender cigarros, guloseimas e gasosas. Temos que pagar a conta da luz e ainda não conseguimos dinheiro. Vamos ficar às escuras. O pouco que consegue com as vendas que faz, não chega para nos alimentarmos convenientemente.

Manual do terrorismo bancário. Assim vai a "Roubalheira" no Millennium BCP



BCP: um caso de segurança nacional

Bcp Crime

Este caso do BCP é bastante mais grave do que parece à primeira vista. E porquê? Porque o prejuízo revelado de 600 milhões de euros é apenas a ponta de um gigantesco iceberg. A partir de 1999 o mercado foi manipulado de duas formas :
1. Esta revelada pelo MP.

2. Através da Campanha Accionista. Se os contornos da primeira começam a ficar definidos,o da segunda estão longe de estar clarificada. Através da campanha accionista o BCP fez com que mais de 100 mil clientes ( dados da CMVM) comprassem acções com recurso a crédito do próprio banco. Considerando uma média (por baixo) de 25 mil euros por cliente, é fácil perceber a dimensão da pressão compradora posta no título nessa altura.
Problema:

Quantos "accionistas" abrangidos por esta campanha pagaram o crédito? Muito poucos. Alguns, com créditos pequenos foram executados, outros viram os créditos maquilhados em créditos à habitação ou consumo. Em que a maior parte tem a situação "pendente".
Clientes da campanha accionista com créditos de 100 mil,300 mil ou 500 mil euros estão no limbo. A alguns foi proposto recentemente a prorrogação do prazo por mais 5 anos com 0,000001% de juros! E porque é que o BCP não executa estes?
( j. sousa, lisboa, portugal em 25.06.2009)

Assim vai a roubalheira BCP:
Paulo Teixeira Pinto com três anos no BCP saiu com 10 milhões de euros e a rir !!! ainda sendo pouco a indemnização deram mais 35.000 X 15 meses por ano até morrer.Pobre homem.

PODEREMOS ESTAR A LIDAR COM UM TIPO DE MÁFIA À ITALIANA (IDÊNTICO À "COUSA NOSTRA"!)
Devem prendê-los já hoje... O BCP continua roubando os Portugueses... Só em 2007 e só o P.Teixeira Pinto levou 22 milhões. À saída a administração levou mais de 125 milhões... E as perdas não são só 600, isso é o que vocês dizem. O que se "apagou" é com certeza mais um tanto... Complicado, vai mexer em milhares de pessoas e empresas, aliás já mexeu!...

Os Templários, esses grandes senhores de mantos brancos. Os seus costumes, os seus ritos, os seus segredos (7)


MICHEL LAMY

Em 1298, Jacques de Molay tornou-se Grão-Mestre da Ordem: o último Grão-Mestre. Um ano mais tarde, organizou uma expedição ao Egito, mas o reino latino de Jerusalém acabara de vez.
Filipe, o Belo, teve violentos confrontos com o papa Bonifácio VIII, que o excomungou, em 1303. O sumo pontífice morreu nesse mesmo ano. Em 1305, o seu sucessor, também ele em litígio com Filipe, o Belo, morreu envenenado e o rei de França tornou papa um homem com quem fizera acordos: Bertrand de Got, que reinou sob o nome de Clemente V.
Nesse mesmo ano, foram lançadas acusações de extrema gravidade contra a Ordem do Templo, que assumiram a forma de denúncias feitas perante o rei de França. Acusações duvidosas mas que surgiam num bom momento: a Ordem inquietava, agora que o seu poder já não tinha onde se exercer no Oriente.

Em 1306, Filipe, o Belo, sempre sem dinheiro, baniu os judeus do reino de França, não sem antes os ter espoliado dos seus bens e de ter mandado torturar alguns deles. Em 1307, mandou prender todos os templários do reino e escolheu para tal fim a data de 13 de Outubro. A 17 de Novembro, o papa acedeu a pedir a sua prisão em toda a Europa.
Foram realizadas acusações estereotipadas e a instrução do processo fez-se com a ajuda da tortura. Mesmo assim, o papa tentou organizar a regularidade dos procedimentos mas não ousou atacar diretamente o rei de França. Pouco a pouco, os Templários tentaram formalizar a sua defesa mas, a partir de 1310, alguns deles foram condenados e conduzidos à fogueira. Em 1312, quando do segundo concílio de Viena, a Ordem do Templo foi extinta sem ser condenada. Os bens dos Templários foram, teoricamente, devolvidos aos Hospitalários de São João de Jerusalém.

A 19 de Março de 1314, o Grão-Mestre, Jacques de Molay, e vários outros dignitários foram queimados vivos. Um mês mais tarde, a 20 de Abril, morreu, por sua vez, o papa Clemente V. No dia 29 de Novembro ocorreu a morte de Filipe, o Belo.
A Ordem do Templo extinguira-se mas a sua história não terminara. Deixou vestígios que, tal como as catedrais que ajudara a construir, transpuseram o tempo. Vivera dois séculos, período durante o qual a evolução da civilização ocidental fora muito importante, muito mais do que deixa entender a concepção estática que geralmente se tem em relação à Idade Média. Dois séculos de evolução econômica, de desenvolvimento do comércio e do artesanato, de progresso nas artes. Dois séculos que marcaram para sempre o mundo.
A Ordem do Templo esteve intimamente ligada a essa evolução e esse não é o menor dos mistérios que agora teremos de abordar.


O MISTÉRIO DAS ORIGENS
Jerusalém, cenário do nascimento da Ordem

Antes das cruzadas, o Mediterrâneo era um lago muçulmano onde os Barbarescos quase faziam reinar a sua lei. De início, tinham tolerado os peregrinos antes de os destruírem, tanto em terra como no mar. A cruzada deveria pôr tudo em boa ordem, mas manter Jerusalém e mais algumas cidades ou praças fortes não era cobrir todo o território e a insegurança mantinha-se. Quanto à capital, parecia pacificada.

Godofredo de Bouillon mandara limpar rapidamente a cidade - e nomeadamente os lugares santos - dos cadáveres que o furor dos cruzados acumulara. No Santo Sepulcro, instalara um capítulo de vinte cônegos regulares, reunidos sob a denominação de Ordem do Santo Sepulcro. Envergavam um manto branco ornado com uma cruz vermelha.
Mandara também reparar as muralhas guarnecidas com torres que protegiam a Cidade Santa e fora dispensado um cuidado muito especial às igrejas: Santa Maria Latina, Santa Madalena, São João Baptista e, é claro, Santo Sepulcro, com a sua rotunda ou anastasis, que albergava o túmulo de Cristo. Também fora ampliado um hospital que devia ser entregue aos Hospitalários de São João de Jerusalém e reparara-se a mesquita de Omar, isto é, a cúpula do rochedo que exibia a pedra sobre a qual Jacob vira, em sonhos, a escada que conduzia ao céu. Quanto à mesquita de Al-Aqsa, viria a tornar-se, em 1104, residência do rei de Jerusalém, Balduíno I, antes de ser devolvida aos Templários, a partir de 1110.

Quem era Hugues de Payns?
Tudo é mistério nos primórdios da Ordem. Primeiro enigma, que não é o mais importante: a personalidade do seu fundador. Geralmente, dá-se-lhe o nome de Hugues de Payns. Segundo os registros e as crônicas dessa época, encontramo-lo também sob os nomes de Paganensis, Paenz, Paenciis, Paon, etc. Guilherme de Tiro designa-o como «Hues de Paiens delez Troies», dando assim a sua origem geográfica. Com efeito, pensa-se geralmente que tenha nascido em Payns, a um quilometro de Troyes, por volta de 1080, no seio de uma família nobre aparentada com os condes de Champagne. Era senhor de Montigny e teria mesmo sido oficial da Casa de Champagne, uma vez que a sua assinatura figura em dois registros importantes do condado de Troyes.

Pela família de sua mãe, era primo de São Bernardo, que lhe chamava amigavelmente «carissimus meus Hugo». O irmão de Hugues de Payns teria sido abade de Sainte-Colombe de Sens. Casado, Hugues teria tido um filho que alguns autores transformam no abade de Sainte-Colombe, em lugar de seu irmão. Esse filho, que encontramos nos textos sob o nome de Thibaut de Pahans, teve um dia alguns dissabores por haver empenhado uma cruz e uma coroa de ouro ornada de pedrarias que pertenciam à sua abadia. E verdade que foi por uma boa causa, dado que se tratava de conseguir cobrir as despesas da sua participação na segunda cruzada. Mas, mesmo assim...
Em resumo, sabemos muito pouco sobre o cavaleiro de Champagne chamado Hugues de Payns. De Champagne... nem disso há a certeza. Foram avançadas outras hipóteses quanto às origens da sua família. Entre outros, encontraram- se-lhe antepassados italianos ligados a Mondovi e a Nápoles. Para alguns, o seu nome verdadeiro teria sido Hugo de Pinos e seria necessário procurar a sua origem em Espanha, em Baga, na província de Barcelona, o que seria atestado por um manuscrito do século XVIII, conservado na Biblioteca Nacional de Madrid.

Imagem: http://livrosehqs.files.wordpress.com/2009/05/templarios.jpeg

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Epopeia das Trevas (50)



Sinceramente não sei que interesses têm as nações, ganhos, em estupidificar as suas populações com super doses de estádios de futebol. Isto é a outra civilização, a da bola. Quantos, tantos estádios de futebol, que deveriam transformarem-se em bibliotecas de cultura. Jogos olímpicos do livro, da literatura, de quatro em quatro anos. Isso existia na Grécia mas… as ditaduras e o Cristianismo colocaram os seus cadeados, invocando que eram cerimónias pagãs. Os poetas foram proibidos de jogar as suas odisseias. Os Celtas com as suas tradições orais fintaram a Igreja, e depois escreveu-se o Santo Graal, o Rei Artur, Guinevere, Lancelot, Avalon... Sim! E Excalibur, a espada mágica que simboliza as forças da Natureza, o destino da Humanidade. Eis o paradoxo: nascer para morrer. Ou melhor: nascer para destruir civilizações.

A miséria obriga a que por qualquer motivo se descaia, faleça, em qualquer local inesperado, sem direito a assistência médica e social. Os transeuntes, despregados de humanismo – mas, quem só pensa em dinheiro, tem tempo para estas coisas? Até lhe chamam de louco! – Cansados da viciosa morte gritam maquinalmente: Morreu! Morreu! – No tempo dos romanos era: viveu! viveu! - A vítima jaz no chão indefinidamente abandonada. É a vida diária dos campos de concentração petrolíferos do Golfo da Guiné.

O novo comboio passará. Será mais rápido que o outro que existiu. Levantaram-se muros de protecção. Os moradores para circularem têm que saltá-los, os funerais também. Crianças sem instinto de conservação aproveitam o anoitecer e cagam no cimo dos muros. Os moradores trepam e sentem as mãos desagradáveis. Ficou oásis para bandidos. Pela intranquilidade os seguranças recebem extras, facturam nas pessoas.

A História não é coisa parada, é movimentada. Novas descobertas surgem. O que hoje é uma descoberta revolucionária, no outro dia já não o é.
Famílias a viverem ao relento. A nobreza Politburo rouba terrenos e somaliza casebres para construir palacetes, palácios, com a abundância das receitas do petróleo. O que está na berra, na moda, são os condomínios. Abertos dentro, no ocultismo por fora.
Os primitivos tinham cavernas, os actuais desalojados nem isso têm. Os mirones acercam-se na praxe subjectiva. Interrogam-se que talvez seja um circo de cavalinhos debandado.
- A rua é a vossa nova casa?
- Os Politburo partiram-nos as casas, roubaram-nos as terras e sempre assim sucessivamente.
- Vão se queixar nos direitos humanos.
- Não dá mano, esses quando falam os Politburo ameaçam-nos, prendem-nos, matam-nos. E que me adiantaria isso? Risadas e papeladas não despachadas.
- É lepra Politburo contagiante! Exilem-se!
- Sim… vamos para o Índico, a ver se algum mercador de escravos nos compra.

Regressei ao mar, desperta por onda dimensional que balançou a embarcação. Segurei-me bem. Os marinheiros nem por isso, nas calmas, insensíveis às ondas. Sensíveis falantes, não se cansam. O Ulisses bordeja:
- O dinheiro sujo civiliza-nos. É o dono do mundo, patrão da hodierna civilização. Antes arrasaram, mataram, dizimaram, escravizaram os antepassados. Até que finde… quando não sobrar nada….
Antes que me esquecesse, intrometi uma deixa:

O Cavaleiro do Rei (61). Novela


O Grande Destilador enfrenta os convidados, atira-lhes o seu discurso:
Como resolver problemas no lar?
Beber uma caixa de cerveja, chegar em casa e dar uma grande surra na esposa e nos filhos.
Como perder amizades?
Beber muito todos os dias.
Como perder o medo de falar com o chefe?
Beber uma garrafa de uísque. Virá uma coragem que nunca mais acaba.
Exigimos subvenções para bebermos. As bebidas estão muito caras. É por isso que nunca temos dinheiro.
Quando algum trabalhador aparecer no local de trabalho bêbado, deverá ser tratado como herói do trabalho.
Quem conseguir beber três dias e três noites sem parar, terá direito a ser enterrado no Panteão Real.
Existem poucos locais de venda, queremos mais. Isto é o caminho de Deus. Bebam sempre. Andem, tendo por companhia uma garrafa. Droguem-se à vontade. Comprem armas que disparem bebida. Suicidem-se quando quiserem.
O congresso durou apenas três horas porque ninguém aguentou mais. O álcool encerrou os trabalhos. As latas, garrafas e garrafões vazios eram de tal monta que parecia uma grande maré, um maremoto vindo do sem mar.

Epok preparou-se, rejubilou com o aniversário do rei.
Para os festejos são criadas dezassete comissões organizadoras nos vice-reinos. No reino são às centenas.
Todos os funcionários do reino e das empresas reais aguentarão dois meses de atraso nos seus vencimentos para que nada falte. Serão suspensas as obras em curso, incluindo as mais prioritárias. As suas verbas serão desviadas para o grande acontecimento. Afinal é apenas uma vez por ano. Todos são obrigados a participar. Serão organizados grandiosos torneios com os melhores cavaleiros do mundo. Uma semana de maratonas para que os esfomeados e alcoólicos se lembrem do seu rei. As comissões organizadoras ficam dispensadas da apresentação de contas.

O Nobre Epok recebe um convite da empresa, Única Cargas Real, para uma visita. Não tem nada de extraordinário porque tudo foi montado pelo reino sueco. Foi chegar, sentar e trabalhar. O nobre marquês máximo recebe-o. Entra no departamento das finanças e pára, sente-se incomodado. As portas, os computadores, a alcatifa muito peluda… é tudo de cor negra. Os doze trabalhadores também são negros. Como se não bastasse, o chefe usa óculos muito escuros. Tem no seu gabinete um quadro grande com uma fotografia em que aparece a mexer num teclado de computador negro. Epok pergunta:
- Isto é humor negro?!
- O carro do chefe também é negro.
- A alcatifa muito peluda provoca electricidade estática!
- Até agora ninguém sentiu nada.
- Só faltam flores negras.
- Andam à procura delas.
- Nobre marquês máximo… porquê?!
- É por causa do feitiço.

Capítulo XX
Diário do Reino

«Uma vez mais, como frente à globalização de uma parte da economia não se desenvolveram as correspondentes capacidades mundiais de política econômica, setores inteiros da economia de um país podem ficar inviabilizados por produtos importados incomparavelmente mais baratos, ou a poupança arduamente acumulada de uma sociedade pode evaporar sob o impacto de algumas iniciativas de especulação financeira. É importante lembrar que o processo caótico de globalização que sofremos gera regras únicas para realidades desiguais, confrontando economias onde se trabalha 12 horas por 20 centavos a hora, com outras onde se trabalha 7 horas com remuneração de 20 dólares por hora, para mencionar só este fator.
In o que acontece com o trabalho?» Ladislau Dowbor

A engenharia chinesa



















Building Collapsed In Shanghai
http://www.zonaeuropa.com/200906c.brief.htm#012