quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008. (XXVII). Novela


Pois é! Agora ninguém sabe como fazer, para sair da grande depressão. Mas, que eu saiba… gatunos só sabem roubar. Não sabem fazer mais nada, não é?!
E a menina de nove, dez, onze anos, passeia na noite, aproxima-se de um segurança e quase lhe grita: «Vá, puxa comigo, são só cem kwanzas!»

Banco Millennium Angola… não tem noção de propriedade.


- Vou aquecer o café… também quer?
Não me apetecia mas, dadas as circunstâncias achei por bem aceitar.
- Sim, faço-lhe companhia.

Preparámos os cafés. Pegámos nas chávenas e dirigimo-nos para a que já era a sua secretária. Arrastei uma cadeira e sentei-me o mais próximo dele. Bebemos e quase ao mesmo tempo acendemos cigarros. Sentia que ele tinha necessidade de falar o que lhe ia na alma. Olhava para um lado e para outro, como que a buscar auxilio. Tardava a falar. Já sentia vontade de me retirar. Ele sentiu o meu nervosismo, ganhou coragem e começou lentamente:
- Sou… vizinho… do Dr. Elder… num condomínio. Ele também conseguiu lá uma residência. Vim para Angola como refugiado político. Fugi do regime do Pinochet. Sou engenheiro mecânico de máquinas agrícolas. Quando estava no Uíge em serviço, conheci uma formosa e simpática senhora que tinha trinta anos. Enamorámo-nos e depois formámos família. Tudo corria muito bem, lutei… trabalhei imenso para que nada nos faltasse. Já tínhamos um bom pé-de-meia. O nosso lar já estava bem mobilado, não muito luxuoso, mas agradavelmente confortável. A nossa conta bancária era conjunta. Ela conseguiu emprego numa empresa de um amigo, que frequentava habitualmente a nossa casa. Vivíamos felizes. Que me lembre, nunca ouve entre nós nenhum episódio desagradável.

Ele guardou o que parecia um precioso silêncio. Vi lágrimas lentamente saírem dos seus olhos e espalharem-se pela face. Queria continuar mas não conseguia. A voz prendia-se na garganta, ávida mas interrompida por soluços. Conseguiu controlar-se, respirou fundo:
- Ela…ela…ela…fugiu…e roubou tudo. Até a minha roupa roubou. Deixou-me sem dinheiro. Estou…completamente…na miséria.

Deixou-se dominar por um choro quase intenso. Retirou um lenço do bolso das suas calças. Limpou as lágrimas, lamentou:
- O pior é o nosso filho… tem apenas sete anos… também o abandonou. Como tenho uma filha no Chile, que está com os meus pais, vou enviá-lo para lá. Não quero que a criança sofra. Lá, a educação e o ensino não se comparam com esta merda.
- Onde supõe que ela esteja?
- Não sei, não faço a mínima ideia. Em casa da família não está. Eles dizem que desconhecem totalmente o seu paradeiro. Mas verifiquei que não estão muito preocupados. Uma irmã dela alertou-me que o seu amigo também não está em Angola. Presume que fugiram os dois para França, porque de vez em quando falavam que seriam felizes lá.
- Inclino-me a apoiar a sua opinião, e confesso que os dois se aproveitaram da sua franqueza.

Gil Gonçalves
Foto: Angola em fotos
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Selvajaria Nacional


As criancinhas brincam no espaço do terraço. Traiçoeiros, os monstros geradores lançam-lhes fumo. Ninguém se preocupa, como se existisse, existe, uma vontade louca de as assassinar. Por quanto tempo os seus pequeninos pulmões sobreviverão, neste campo fumarento e funesto de concentração?

Os chineses do leite assassino infantil julgaram-se e condenaram-se à morte. E em Luanda, os assassinos dos fumos, dos sons e dos pós mortais (?). Há aqui um erro de cálculo… os filhos dos magnatas, dos poderosos, dos novos-ricos também não escapam. O interesse das negociatas sobrepõe-se à vida deles.

Na rua próxima, o homem de Neandertal espanca a esposa. Ela vai arrastada pela potência turbulenta da pancadaria do macho. Ninguém liga, ninguém quer saber. É tudo banal, tão normal, tão civilizacional.

Banco Millennium Angola, chegou e terreno roubou.

De noite, os novos-ricos, poderosos e magnatas não deixam ninguém dormir. Com a barulheira das obras deles, das farras, do roncar das motas e dos falsos hinos roqueiros das igrejas, que são quase mil para poucos fiéis. E a barulheira destrói os pequeninos cérebros das crianças, faz surdez, malucos e atrasados mentais, porque destrói as células neuronais.

É um notável cenário nocturno que terminará, pois claro, na selva que se pretende… a instituição da selvajaria nacional. Generais, bancos e especuladores permanentes, destroem e ocupam passeios, fecham ruas, largos e árvores que desaparecem. Negociatas ilícitas confrontam-se fisicamente entre negócios e novos-ricos. Poderosos que danificam o que resta das estruturas – ainda – coloniais. Isto não é obra, é selvajaria. Onde estão a água, a luz e os esgotos?! No fim vão dizer que se… esqueceram.

É preciso notar que os prédios também desabam, porque os novos-ricos quando chegam, partem-lhes as paredes internas. Saem, entram outros novos-ricos, partem outra fez as paredes. E assim sucessivamente, até desabarem… estão a desabar.

E com tal anarquia, tamanha selvajaria de destruição nacional, quando se entornar uma chuvada daquelas, muitos prejuízos arruinarão a gula dos novos-ricos de meia-tigela.

Da maneira que as coisas se movem em Luanda, a selvajaria incontrolável ditará a lei. Quanto ao Zimbabué, para lá caminhamos a jacto. É uma questão de honra… de orgulho nacional.

Eis também mais um exemplo notável de selvajaria económica.
«Manuel Pinho considerou surpreendente a forma como a economia angolana tem crescido, seis anos depois de o país ter alcançado a paz, constituindo deste modo um indicador positivo para o seu desenvolvimento nos mais variados domínios.»
Manuel Pinho, ministro da Economia e da Inovação de Portugal, In Angop.

Enquanto a maior miséria de todos os tempos se avista, os eleitos por Deus, navegam com o dinheiro que resta… nos estádios de futebol do CAN.

Deixem de pensar e comecem a trabalhar nos campos. Para exportarem jinguba, mangas, caju, laranjas, bananas, água mineral, etc. etc. O petróleo já não dá… não dava trabalho… já lá estava á espera.

Gil Gonçalves
Foto: As obras do famoso construtor/destruidor de Luanda, general Led. Obras clandestinas nas traseiras da Pomobel. Se fosse um pobre votante, que ingenuamente votou no poder dele, a casota seria logo destruída. Tudo o que é dos pobres é para destruir. Porque o poder ainda se mantém generalíssimo.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

E tudo nela se move


A África Negra nunca se desenvolverá com generais. As leis dos poderosos não são confiáveis. São para desconfiar. Porque nunca, jamais funcionarão.



Traja a sua beleza, com a noite dos tempos
E clima ardente, inconstante, tropical, sensual
E céus e terras. Na busca incessante do sétimo céu
E contudo, tudo nela se move

Já aclamada, clareada e luminosa
Segue o desencontro da sua aparência
Nos olhos cansados, perdidos no destino corpóreo
Na leveza ofertada do dia de ano-bom

E salta pela beleza dos castelos de vento
Prossegue-a nos dias aziagos e noites altas
Sempre tempestuosos, no mar confuso
Sem estrelas amarelas

De luz natural, sente-se certeira
Destrava-se e segue a sua esteira
Como na noite do ter o campo livre
De céus abertos

E contudo, tudo nela se move

Gil Gonçalves
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXVI)


E uma nuvem de napalm paira sob Luanda.

«Que a Líbia poderá negar-se a vender o seu crude com os preços tão baixos… e que o líder líbio, Muamar el Gadafi, ameaça nacionalizar as empresas de petróleo estrangeiras» In EL MUNDO.

Banco Millennium Angola, um banco dos sem-terra.


- Ele é de Malanje. Esses gajos são muito complicados. Até me garantiu que tu lhe enfeitiçaste o computador. Põe essa merda como estava e manda-o para a puta que o pariu. Mas o que é que tu queres?! Não sei como… mas esse gajo é médico. Os negros são fodidos… olha! Vai-te ligar uma pessoa amiga que tem problemas com o modem. Mais logo encontramo-nos na boate.

A pessoa amiga ligou-me e lamentava-se que:
- O meu filho anda a estudar informática. Comprou um modem para ter acesso à Internet, mas até agora não conseguimos. Está a cheirar a queimado.
- Ok! Pode-me apanhar para irmos aí ver o que é que se passa?
- Sim. Estarei aí dentro de quinze minutos.
Na casa do cliente verifico que o modem está ligado à rede de… 220 voltes.

O Chileno chega. Tem cerca de quarenta anos. É alto e muito magro. O seu rosto é triste, talvez devido a desgostos. Elder tinha-me dito que ele lhe interessava muito, porque tinha bons contactos internacionais, e que lhe daria bons negócios. Vêm com um computador portátil, diz-me:
- Meu amigo, o sistema operativo está em russo. Gostaria que instalasse mais dois sistemas operativos em espanhol e português.

Liguei o portátil e verifiquei que o disco rígido tinha pouca capacidade:
- Olhe meu amigo, infelizmente não lhe posso fazer nada. O seu disco rígido não suporta mais nada. Só dá para um sistema operativo. Não sobra mais espaço.
- Mas como não tem mais espaço!? Não estou a entender.
- Terá que comprar um disco com mais capacidade.
O Chileno ordena-me:
- Está bem, então faça isso.
- Desculpe, agora sou eu que não estou a entender… tenho que comprar um novo disco?!
- O Dr. Elder disse-me que o senhor trataria de tudo o que fosse necessário. Também necessito que compre um modem para ter acesso à Internet, para entrar em contacto com os meus amigos na Espanha, por causa dos negócios.
Mais uma embrulhada do Elder. Achei que devia esclarecer o Chileno:
- Acho que o melhor é o senhor falar com o Dr. Elder.
- Meu amigo, preciso da sua ajuda. Encontro-me numa condição miserável.

Ficou muito pensativo, o seu rosto transformou-se numa profunda amargura. Caminhou lentamente na direcção das janelas. Parou numa, depois avançou para outra. Continuou a arrastar-se por entre elas. Por fim parou ao acaso numa delas. Encostou os braços no parapeito e estendeu o olhar para a rua de areia. Ficou assim como que pretendendo mostrar que não queria mais sair dessa posição. Comovido, caminhei na sua direcção, encostei-me bem próximo dele, e perguntei-lhe:
- Parece-me que está muito abalado, porquê?
- Há vários dias que sinto dores de cabeça.
- Felizmente que raramente sinto isso. Posso quase assegurar-lhe que nunca tive dores de cabeça.
- Isso, meu amigo, é porque você tem boa circulação sanguínea no cérebro.
- Mas, o que é que o afecta?

Olhou-me, depois desviou o olhar para o chão. Agitou as mãos e o corpo, e caminhou na direcção da cafeteira eléctrica do café. Convidou-me:

Gil Gonçalves
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Cavaleiro do Rei (I). Novela


Em Luanda, executa-se a solução final do extermínio de crianças, porque: Com a derrocada da energia eléctrica, e geradores por todo o canto que se somam ao fumo dos carros, o pó da loucura das obras, e o abate criminoso de árvores, torna-se impossível sobreviver em Luanda… sob pena de morrermos envenenados.
Existem reinos, que por vontade própria regressam, vivem, revivem, convivem na Idade Média. Este é um desses reinos.


Reino Jingola, algures no Golfo da Guiné.


Capítulo (I)
O Cavaleiro Epok

Sempre para as mesmas almas, a Terra continuará plana e centro do Universo e com apenas seis mil anos de idade. São estas almas de nobreza quadrada, fugitivas do redondo, que conceberam um potente imã que atrai da Terra todas as riquezas para seu exclusivo proveito. Protegidos por pretores que aniquilam as reivindicações dos servos da gleba, a escravidão há-de ser, eterniza-se, democratiza-se… propaga-se.Enquanto nas ruínas dos prédios, os baldes de águas nojentas voam na mais perfeita anormalidade, e se espalham, derramam no solo as epidemias da contemplação visual, do desenvolvimento económico e social do futuro abismal, normal.

Arreda daqui, arreda dali, multidões esfomeadas revendem e furtam-se para sobreviverem. A eterna pandemia mundial, habitual, grassa-lhes como coelhos. Grassam também os modernos aventureiros escolares Francisco Pizarro, Hernan Cortes, e Diego de Almagro, atraídos pelo brilho das pedras preciosas, e pelos vapores petrolíferos.O rei e a rainha desconcertaram-se do aconchego da corte celestial, rumando ao encontro dos seus súbditos no condado de Viana. Com eles avançaram festejados mosqueteiros em trajes de gala, muito rendados, montados em cavalos bem aparelhados. Reluzentes, luzidios arreios trabalhados em prata, onde se destacam alguns ornamentados a oiro.

Aperram-se os mosquetes, porque os súbditos desordenados teimam, desafiam o rei.A secreta real receia, que os insubmissos súbditos pretendam implantar os ideais republicanos da França e dos Estados Unidos da América. Os espiões reais têm fortes suspeitas que o revolucionário La Fayette, navegue várias naus em apoio dos Jingola, que já tomaram pouso na incipiente democracia.O casal real acaba de descer do luxuoso coche estilo D. João V. O soberano faz um leve gesto de cabeça. Aproximam-se alguns liteireiros que repousam uma liteira doirada, onde a rainha acostará. Da praxe floreiam-se inúmeras vénias e beija-mãos dos inúmeros marqueses, condes, condessas, duques, duquesas, enfim, toda a nobreza.


O rei avantaja-se para a plebe muito curiosa, porque raramente vêem o soberano em público. Querem-no ver pessoalmente, provar que ele existe. Mas, a plebe constringiu-se a estar presente pelos zelosos mosqueteiros.A plebe confunde-se, não sabe se dar boas-vindas. Há receios de qualquer gesto ficar incompreendido. Pelas traseiras, vários mosqueteiros agressivos picam-nos com as pontas das espadas.

A plebe uiva de dor. O rei entende que é saudação e retribui. Os críticos afiam as línguas, conspiram, murmuram:- Não foi muito elegante sua alteza inaugurar fontanários, e fazer entrega das chaves de alguns estábulos a elementos escolhidos da plebe.- É… esqueceu-se dos cavalos, da água e das velas. A água continuará a vir do reino carregada por aguadeiros. A luz de vela é um luxo, e só os protegidos do rei a ela têm acesso.

Gil Gonçalves

Foto: Angola em fotos
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXV)


Suspeito que a derrocada da energia eléctrica em Luanda, deve-se a defeitos de fabrico nos cabos das linhas de alta tensão. Sem energia eléctrica, e geradores por todo o canto que se somam ao fumo dos carros, torna-se impossível sobreviver em Luanda. Sob pena de morrermos envenenados.

Banco Millennium Angola, roubou terreno.

Elder! Já passaram mais de seis meses desde a constituição da empresa. Durante este tempo empenhei-me profundamente na criação das suas estruturas para que pudéssemos arrancar. O projecto idealizado por mim, ocupou-me demasiado tempo. Até hoje nunca pronunciaste uma palavra. Quando pretendia falar contigo através do meu telemóvel, ou pessoalmente, nunca consegui. Não atendias as minhas chamadas. E quando te procurava pessoalmente diziam sempre que não estavas, o que era mentira. Apenas pretendo que me pagues os custos do meu trabalho.

P.S. Angola está cheia de aventureiros como tu. Não é com os almoços e jantares que me ofereceste, que se pagam os meus serviços. Afinal éramos sócios. Não passas de um português ridículo que pensa que isto é uma republica das bananas. Os portugueses insistem no colonialismo. Pagam o trabalho das pessoas com algumas refeições. Se continuares assim terás muitos dissabores. Não passas de um vulgar e vil colonialista aventureiro.

Estou a ver que isto me vai trazer muitos dissabores. Estou fodido. – Pensei.

Elder pergunta-me:
- Já estudaste o processo?
- Já.
- Então vamos arrancar. Diz-me o que é preciso que o Heitor trata disso. Dentro de um ou dois meses vou para a Namíbia, ver como estão as minhas empresas... ficas aqui como director geral. Antes de sair elaborarei o despacho com a tua nomeação, para que não hajam lugar a dúvidas. Olha, vai vir aqui um cliente que tem problemas com o computador. Também virão um chileno e dois cubanos.
- Isso é para facturar?
- Não. Tenho interesses empresariais neles. Vão… conseguir introduzir diversas mercadorias no país. Ficam aqui armazenadas e depois seguem para os circuitos informais. Mas o que é que tu queres?! É assim que se ganha dinheiro facilmente.

O cliente trás um computador portátil. Diz que não consegue aceder ao sistema operativo. De facto quando a máquina arrancava, informava que haviam vários erros. Disse ao cliente:
- O melhor é limpar tudo e reinstalar de novo.
- Sim, faça isso. O que pretendo é que ele trabalhe.

Antes da formatação notei que haviam quatro partições. Apaguei-as e criei uma única partição. Reinstalei o sistema operativo e o Ms-Office. Depois de tudo concluído chamei o cliente. Deixei-o a sós, ele ligou a máquina. Depois de alguns minutos chama-me com ar de que alguma coisa não está bem:
- Eu tinha quatro discos, agora só tenho um.
- Não. Só tem um disco. Acontece que estava particionado…
- Não! Não! Eu quero os discos que lá estavam…
- Deixe-me explicar. Os discos que lá estavam eram virtuais, exceptuando o C. O senhor só tem um disco…
- Assim não pode ser, não estou a gostar nada disto. Vou falar com o Elder.

Elder liga-me a dizer que o cliente está muito chateado. Que eu lhe roubei os outros discos que estavam no computador. Depois da explicação que dei, ele informou-me:

Gil Gonçalves
Imagem: Angola em fotos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Síndroma Controlinveste


Controlinveste… desinveste jornalistas.
Depois de muito tempo à deriva, o vigia grita para o capitão do navio MPLA: «Zimbabué à vista!!!»
E o poder dos generais atropela-nos a alma, porque discursar para analfabetos é fácil… ninguém ouve.

Na realidade, o jornalista moderno, exerce a sua actividade… em campos de concentração de poderes incipientes.

E para apresentarem prejuízo, davam-me uma factura falsa de um milhão de dólares, para movimentar na contabilidade. Ou vencimentos dos directores que nunca se realizaram. Ou omissão e destruição de facturas das vendas. E muito mais lixo humano. É assim que a democracia (?) funciona. Que roube e vença o melhor. É assim que se enriquece democraticamente e se despedem trabalhadores. É a epopeia do regresso à escravatura.

Discursar nos palácios é fácil. Mas, as multidões de esfomeados não escutam discursos, porque o quotidiano é-lhes sempre difícil, esfomeador.

Como todos os políticos que desgovernam, e do poder não querem sair, antes, agora e depois, mentem como crianças. Assim mente José Sócrates, que a recessão é internacional, não é nacional, não nos pesará muito. É mentiroso, todos mentem. É curioso que a lei protege-os. É a democracia executada por idiotas e malfeitores.

E gastam o dinheiro em estádios, e candidatam-se ao campeonato mundial de futebol. E as multidões de jogadores anónimos disputam campeonatos de restos do lixo nos contentores

A questão é que os banqueiros aliam-se imediatamente aos especuladores imobiliários. É este o modo de fazer dinheiro rapidamente. Por norma, o banqueiro e o especulador imobiliário são desonestos. Loucos por dinheiro, avaros extremos, desumanos… e terroristas.

Entretanto os criminosos financeiros passeiam, e parecem divertirem-se com as ruínas que causaram, protegidos por juízes (?) e políticos.

Vivemos rodeados de irresponsáveis bancos e banqueiros, e mais a escumalha que os apoiam. Assim, jamais será possível um mundo melhor.

Os tribunais oficiais promovem a falsa justiça, defendem os grandes tubarões. Exigem, querem tudo para eles, e nada para mais ninguém. Não nos resta outra alternativa: só haverá justiça verdadeira com a criação de tribunais clandestinos, secretos, para salvaguarda da espoliação das populações. Porque, o que agora acontece ultrapassa o inimaginável do terrorismo bancário e financeiro.

Em pleno século XX, o Homem ainda não aprendeu a viver em sociedade. Pelos visto nunca o saberá, conseguirá. O ainda ser humano não deixou a bestialidade. Nunca se viu tanta ditadura, tanto fascismo como hodiernamente. Na verdade conseguiram outra vez enganar as aspirações das multidões ao poder.

E Obama aflito confessa que as promessas da campanha eleitoral, não são bem assim. A situação está terrivelmente mergulhada, e não se sabe ainda como dela emergir.

Gil Gonçalves
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXV). Novela


É fatal, os preços dos combustíveis terão que subir. O petróleo e os diamantes não dão. E os carros eléctricos vão vir com força. É a única fonte de receita que o governo angolano tem.
Banco Millennium Angola, um banco do saque.

-Elder, pareces um técnico do FMI.
- O FMI?! O Fundo da Morte Internacional?! Sabes porque é que lhe atribuímos este nome?
- Não, não sei.
- Porque quando uma nação está aflita, e pede-lhe ajuda, a primeira coisa que eles fazem para estabilizar a economia, é ordenar que a população morra à fome. Vê o que está a acontecer em Angola. Por isso ganharam a fama de Fundo da Morte Internacional. Mas isso nunca afecta os governantes.

Sentia que o maravilhoso vinho aguçava o nosso espírito. Atirei-lhe com uma questão muito séria, porque sabia de antemão que até as paredes estremeceriam com a vozearia:
- Custa-me a imaginar, como será vivermos sem Deus.
- Não te preocupes, isso é problema Dele. Apesar de tudo acredito, que alguém ou algo comanda os nossos pensamentos. Dá-nos ordens e o que pensamos, não somos nós, mas simplesmente instruções que recebemos provindas de algum ponto situado algures nos confins do Universo. Quem faz isso, decerto se deleita, com as intromissões que a cada instante invadem o nosso pensamento.
- Elder, uma coisa que até hoje me intriga é… qual a origem da maldade? Na minha opinião a maldade é o mal maior do mundo.
- A origem da maldade? Porque é que toda a gente é maldosa? É devido à fome? Mas…os que não passam fome são os mais maldosos. Então onde reside a origem da maldade? A história da humanidade actual é a história do cristianismo. É a história da maldade... derivam à procura de mitigar a fome. Eis a verdade, a questão fundamental é a fome. Isto não é o planeta Terra, é o inferno. A metade dos trabalhadores do mundo vive abaixo da linha da pobreza com menos de 2 dólares diários... e a tendência é piorar sempre. São 1.400 bilhão de trabalhadores. A vida é um fio de navalha. De um lado o Inferno, do outro o Inferno.
- E contudo a Terra move-se!
- Pois sim... Vamos abrir a quarta e última garrafa. E contudo a Terra move-se graças aos eternos vinhos do Dão. Só não entendo porque para ganhar dinheiro temos que trabalhar.
- Desculpa, acho que devo corrigir… temos que roubar.

Na Cidadela, Elder dá-me a pasta com os documentos da constituição da empresa de comunicações e informática. Recomenda-me:
- Estuda bem este projecto, para vermos o que é que conseguimos roubar a estes gajos.

A constituição da empresa tinha dois sócios. Elder e um engenheiro versado em telecomunicações e informática. Observei que o projecto estava bem delineado, bem pormenorizado. As quantias para a sua execução estavam muito bem demonstradas com um orçamento bem detalhado, que não deixava lugar a dúvidas. A questão era a seguinte: porque é que o projecto não arrancou? Vi a resposta numa folha manuscrita no final dos documentos, assinada pelo engenheiro que dizia:

Gil Gonçalves
Imagem: Angola em fotos

domingo, 18 de janeiro de 2009

Frases célebres 18Jan09

Com duzentos mil portugueses, que em breve serão, quinhentos mil ou mais, e um milhão de chineses, acaba-se finalmente com o desemprego em Angola.
Gil Gonçalves

12.11.2008 - 16h19 - Àlvaro de Campos, Madrid, Espanha
Resumindo: parece mesmo que não há culpados nem responsáveis nisto tudo. Só vítimas: os contribuintes portugueses. Como dizia o José Mário Branco "há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular não é assim??". Quando o comandante do navio comanda mal, a tripulação tem direito ao amotinamento!!!

11.11.2008 - 23h10 - Anónimo, Portugal-Lisboa
Sr. Sócrates...só no "magalhães" e nas amizades com "democratas" do 3º mundo, onde a miseria aumenta e a falta de democracia também é que o sr anda depressa... Repare a quem deu o fabrico do magalhães? Alguém com processo de fuga e evasão fiscal? E o processo da ACER ao estado Português (fabricante asiático) ao concurso de fornecimento de impressoras... O ensino, a saúde ...onde já se transportam doentes amarrados nas ambulâncias...etc, só num País do 3º mundo acontece e é natural...Será que são as amizades (Putin , Chavez, José E. dos Santos) que teima em trazer para Portugal que o fazem ver o mundo como um filme de Banda desenhada? Países onde só os números contam mesmo que a maioria conteste as estatisticas são sempre boas para quem governa... Enfim,,,palavras para quê...È UM ARTISTA Português...

27.11.2008 - 09h53 - Anónimo, Algés
Tenho um peixe há cerca de 10 anos. Há 5 foi colocado no quarto do meu filho, onde não entra sol, embora viva num aquário de água quente. No ano passado o meu filho saiu de casa. O peixe deixou de comer. Coloquei o aquário com um pouco de sol, comprei plantas, e quando chego a casa brinco com ele. Não é que o peixe recuperou o apetite e agora vive feliz? Na Índia há milhões de pessoas a quem a vida dá muito pouco ou nada. Viver assim só tem uma de duas soluções: violência ou morte.

27.11.2008 - 21h03 - Achille Talon, Lixado
Subscrevo por inteiro a opinião do Sr. Paulo Almeida!! Se continuarem as mesmas atitudes de opressão económica para com os povos estas guerras que estamos a assistir, dos escravos contra os Srs, terão tendência a alastrar e arrastar com elas civis que não sendo totalmente inocentes, pois somos todos nós que pactuamos com este liberalismo económico, que vive à custa de corromper a sociedade com um materialismo que está a arrastar o mundo para o caos!

27.11.2008 - 19h35 - Jacinto ferraz, lisboa
Sr anónimo das 19h26 Tem toda a razão nos adjectivos que utiliza. Mas não se esqueça de quem atacou o Iraque, o Paquistão, o Cozovo, Angola, Guiné e outros locais do globo, onde se mataram e matam pessoas, se espalha a fome e a miséria e como aconteceu com Arafat ainda se lhes atribui prémios Nobel da Paz. Que Tal??

02.12.2008 - 10h01 - JL, Stº António dos Cavaleiros - Loures
Já agora quem é que andou a "mamar"?????? à vista a delapidação dos bens patrimomiais duma empresa pública, ou seja suportada pelos impostos que diáriamente me são extorquidos em nome do tesouro público (de todos nós, contribuintes) e que afinal servem para dar "tachos" e proporcionar o roubo descarado a favor dos "lobbies da construção civil...etc...etc....". Mas para isto e porque é conivente o snr. sócrates.....não fala...nem apura...nem pune.....é tudo a roubar à fartazana.....vivam os "xuxas"......Veja-se .....em 2007 o projecto ainda não tinha começado...mas a Visabeira já tinha facturado 2,8 milhões de euros.......porquê ??????? Seria para cobrir a participação de capital não realizada (paga)??? E assim "branquear" a vigarice?????

Público última hora

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Balada para os poetas angolanos de hoje


Tudo de positivo contra Pessoas e Instituições. Discorde mas não se enerve.
Banco Millennium Angola, um banco trapaceiro.


RAFAEL ALBERTI

Que cantam os poetas angolanos de agora?
Que olham os poetas angolanos de agora?
Que sentem os poetas angolanos de agora?


Cantam com voz de homem, mas onde estão os homens?
Com olhos de homem olham, mas onde estão os homens?
Com peito de homem sentem, mas onde estão os homens?


Cantam, e quando cantam parece que estão sós.
Olham, e quando olham parece que estão sós.
Sentem, e quando sentem parece que estão sós.


Será que Angola já não tem ninguém?
Que nos montes angolanos já não há ninguém?
Que nos mares e campos angolanos não há ninguém?


Já não haverá quem responda à voz do poeta?
Quem olhe o coração sem muros do poeta?
Tantas coisas morreram, que só resta o poeta?


Cantai alto. Ouvireis que outros ouvidos ouvem.
Olhai alto. Vereis que outros olhos olham.
Pulsai alto. Sabereis que outro sangue palpita.


Não é mais fundo o poeta em seu escuro subsolo encerrado.
O seu canto ascende ao mais profundo quando, solto no ar, já pertence a todos os homens.


CARME
(Excertos)

1.
Poeta, não se é melhor poeta por ser claro.
Por ser obscuro, poeta - não te esqueças -, também não.

2.
Oh poesia do jogo, do capricho, do ar,
do mais leve e quase imperceptível:
não te esqueças de que sempre espero a tua visita!

3.
Julgaram que com armas,
com uns tristes disparos numa manhã,
iam - Oh Poesia, oh Graça! - assassinar-te.

4.
Que a Graça te livre
uma vez mais do verso
que com livre aparência
só aprisiona e mata lentamente.

Tradução
Albano Martins

(in «Antologia Poética»,
org. Albano Martins,
Campo das Letras, 1998)

Rafael Alberti

(1902-1999)

*
Rafael Alberti (1902-1999). Poeta Espanhol e último sobrevivente do "Grupo de 27". Participou activamente na Guerra Civil de Espanha pelos Republicanos e teve que se exilar posteriormente (em1939), em França, seguindo-se a Argentina e em Roma nas décadas de 60. Vencedor do Prémio Cervantes em 1983. Deixou uma vastíssima obra literária, hoje traduzida em muitas línguas, no mundo inteiro.

http://members.netmadeira.com/jagoncalves/arte_delfos/a_arte_de_delfos-14-no_eco_dos_abismos.html

Imagem: Angola em fotos

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Frases célebres 15Jan09


Quando pelas seis da manhã, vejo os taxistas de Luanda conduzirem como loucos, em altas velocidades, concluo: não são motoristas, são pilotos de provas. Não são carros, são caças-bombardeiros.

Banco Millennium Angola, um banco 8164.

12.11.2008 - 17h35 - Quaresma Ramazzoti, Lisboa
BPN enviou 30 milhões de euros para o Brasil através de "off-shores". Todos sabiam. Todos ficaram calados. Se não fosse a "crise" financeira internacional, sabe Deus quando é que estas coisas viriam ao de cima. São todos culpados. Desde Vitor Constâncio a Teixeira dos Santos. Desde Sócrates a Cavaco Silva. Desde sabe Deus quem mais dos anteriores governos às administrações dos Bancos. No tempo de Salazar (sem saudosismos) era meia dúzia a "mamar"; agora serão eventualmente meio milhão a "cupar na teta". Não é por acaso que Portugal está na cauda de tudo. Toda esta cambada pensa como as mulheres frívolas: - a vida é curta e isto é muito bom. Pobre país este.

12.11.2008 - 17h31 - Antero, Portugal
30.000.000 de euros é um pequeno desvio, roubo foi quando uma pobre mulher de 76 anos roubou um pequeno tubo de creme no supermercado LIDL e foi o caso para tribunal, para exemplo, porque isso não se faz. É o tipo de sociedade que temos, e que muita gente defende, mesmo na classe pobre, há quem defenda esta sociedade de promiscuidade, e o senhor Constâncio sempre disposto a dar conselhos ao governo que os salários não devem aumentar, mas excepto o salário dele. Que os defenda quem tem coragem como por exemplo o Senhor Espectro, ou senhor das Reformas, que eu não me sinto com coragem para defender a podridão em que um homem honesto pode ser apelidado de gatuno, e um gatuno de homem honesto porque é um senhor de colarinho branco.

12.11.2008 - 17h28 - Desgoverno, em atenção aos desfavorecidos
O Banco Alimentar de Luta contra a Fome esteve impedido este ano de distribuir frutas e legumes a quem recorre aos seus serviços para poder comer porque não está autorizado a distribuir frutas e legumes que não cumpram os parâmetros de tamanho e cor impostos pela União Europeia.Em declarações esta manhã à TSF, Isabel Jonet, presidente da Federação de Bancos Alimentares, afirmou que, para que estas instituições possam distribuir frutas e legumes que os agricultores não podem vender, porque não cumprem os parâmetros de qualidade da UE, o Ministério da Agricultura tem de fazer um pedido de autorização à UE. “O nosso pedido foi feito ao senhor ministro mas ainda está sem resposta”, afirmou Isabel Jonet.

12.11.2008 - 17h01 - Luis ( PAIS DO FAZ DE CONTA ... ), País da ALICE a das MARAVILHAS ...
Mas será que ainda há alguem neste país que acredite que vai acontecer alguma coisa ??? Como alguem aqui ja escreveu isto é mais uma manobra de diversão que como todos os outros escandalos vai acabar em NADA .... mas o contribuinte se dever 100 euros ao fisco ou Seg Social penhoram lhe até a familia ... porque são eles que mandam e podem .... Viva PORTUGAL ... Viva o Socialismo Ditatorial ... Volta Salazar ... Volta Alvaro Cunhal ... ESTÂO PERDOADOS .. vocêm sim eram DITADORES mas ASSUMIAM sem vergonha .... agora é SÒ CIRCO ... e eu mesmo em criança nunca achei graça a PALHAÇOS...

12.11.2008 - 16h55 - Bernardo Malta, Santarém
Trinta milhões no Brasil a esta hora, estaria numa praia refastelado com a família. Esperava era que o euro não desvaloriza-se. Isto é assim, um tipo que roube 100 euros é preso e um que rouba milhões só é investigado e às vezes nem isso. Mas trinta milhões e uma praia com uns lagostins, lagostas e um whisky não sei não, também podia ser um chope como dizem os brasileiros.
Público última hora

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXIV). Novela


Enquanto existirem bancos, banqueiros e políticos, nunca haverá paz.
Banco Millennium Angola. Um banco fora da lei.

- Estás a falar da Igreja antiga, os tempos mudaram.
- Sim, mas a merda é a mesma. Com os bons exemplos que a Igreja deu, nações constituíram-se em grandes impérios. Para isso matavam e roubavam, e as populações que restassem, porque é impossível matar a todos, ficavam, e ainda ficam, a viverem como escravos. E ainda hoje o fazem. Depois da matança oram a Deus, a agradecer-lhe, talvez aborrecidos, porque não conseguiram matar os que desejavam.
- Elder, insisto… hoje, a Igreja já não é a mesma.
- Fazem algumas tentativas para darem a entender que mudaram. Mas a sua estrutura mantém-se. Sem alterações de estruturas não existem mudanças. Em dois milénios não conseguiram dar o bem-estar às populações. Pelo contrário, cada vez pior. Deviam pregar que as populações têm direitos, e quem os viole, deviam explicar-lhes que os esfomeados têm o direito de se revoltarem, para pedirem aquilo que lhes foi roubado. Mas, pelo contrário pregam a ideologia de Job. Isto é: vive na miséria que o Senhor no fim te recompensará, para que quantos mais esfomeados existirem melhor. Este é o terreno fértil em que a Igreja adora vegetar.
- Elder, não podem passar sem o Divino. A nossa alma, quando menos esperamos, sente-se vazia. Nas vicissitudes do quotidiano estamos constantemente a apelar para Ele. Vê o número da proporção divina que existe no Universo. Não sentes o equilíbrio do infinito do Universo?! Isso não te é revelador?! O nosso pensamento funciona como? Porquê?! Isso não é uma coisa divina?!
- Mas o que é que tu queres?! Neste momento só sinto o equilíbrio do infinito do Dão Meia Encosta. Toda esta merda tem uma explicação muito simples. É a história da acumulação mundial, em que meia dúzia ficou com tudo até hoje, e os outros ficaram sem nada. Quando tentam reivindicar os seus direitos, atiram-lhes com a polícia e o exército para cima. A História da Humanidade resume-se apenas nisto: Quem roubou, roubou, quem não roubou ficou sem nada. Por isso eu roubo tudo o que puder. E mais; a História da Humanidade é a história da maldade humana. É a história do ser humano, que sente imenso prazer em matar outros seres humanos. E digo-te ainda mais: neste mundo não há lugar para a compaixão.
- Já suspeitava que és desumano. Agora tenho a certeza… lembra-te que não é possível viver num mundo sem amor. Não entendo um economista formado na Alemanha, RFA, a proceder assim. Será que és mesmo economista?!
- Amor (?). Diz-me onde é que isso existe. Amor só em troca de bens materiais? Mas tu achas que uma gaja te abre as pernas por amor? Deixa de ser ingénuo. Contrariamente ao que tu pensas, gosto muito de plantas e animais. Não consigo matar formigas, abelhas, borboletas. Osgas, só no meu quarto existem umas seis, enfim…não gosto de matar nada. Mas mato baratas e ratos. Quem sabe se não estou a cometer um tremendo erro?
- Mas sem amor a humanidade extinguir-se-á.
- Deixa-a extinguir-se. Quem vier depois que se safe. O que interessa é viver o dia a dia. E na dúvida se sou economista ou não, tenho o meu diploma, e não é em vão que assino os documentos das empresas com DR.

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.elpais.com/articulo/portada/Viaje/corazon/tinieblas/elppgl/20090111elpepspor_8/Tes

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Doutores, poetas e trovadores


«(A nduta) juristas do Katambor por aí? Ainda bem que o chefe da Ordem viu que a ordem está desordenada. Há sim senhor, e muitos juristas medíocres... tal como há jornalistas, escritores e muito mais. Vamos dar-lhes formação (?).”»
Mesu Ma Jikuka in Wilson Dadá no Morro da Maianga

O MPLA prometeu-nos um celeiro cheio, mas está sempre vazio. Quem desvia as provisões? É o Banco Millennium Angola, um banco de ratos.

Que lamento… os quadrúpedes destruíram os bípedes… ficaram feras em festim que infestam o reino com festas.

Uma invasão de predestinados, doutores e poetas institucionalizados. Poetas, todos com o dom que Deus lhes deu. Doutores evidenciados, anunciam-se:
- A montante e a jusante do sistema desestruturado, ainda sem condições psicológicas objectivas e subjectivas, de efeitos endógenos e exógenos, porque as estruturas não confinam, foram-se, estão debalde abaladas. É o binómio da aderência positiva e do saneamento básico do meio.
E o auditório em uníssono aplaude a sapiência do grão-mestre.

Com o analfabetismo a oitenta, noventa por cento, os doutores, poetas e trovadores, excedem as esquinas. Nestas se acotovelam, se atropelam, e não têm Muro das Lamentações. Donde repentinamente veio tal avalanche de avatares? Ninguém sabe, mas desconfia-se que é devido às alterações climáticas, ao calor abrasador que faz fervilhar os cérebros.
E já se instituiu a novel classe social do doutor coronel-poeta-literato, doutor novo-rico, poeta novo-rico. É a abertura da marcha do desenvolvimento económico e social. É mais fácil ser superficial, porque aprofundar exige muito trabalhar

Os estatutos de doutor, poeta e trovador permitem-lhes reuniões, debates, conferências, seminários, assembleias, tertúlias, e agenda nacional de consenso, onde no fim os participantes descobrem estupefactos que não há consenso. Há unanimidade em que as questões económicas e sociais de um país decidem-se com intermináveis conversas.

Desconhece-se quem está disposto a trabalhar. Um participante desiludido questionou:
- A democracia é a aspiração do voto em dias melhores que nunca surgem. É o eterno engodo de permanecer sempre no mesmo... aprofundar abissal infinito. As tradições orais foram-se, perdemos a nossa identidade cultural. O desenvolvimento económico e social sustenta-se pelos doutores, poetas e trovadores dos planos quinquenais, habituais. O melhor desenvolvimento económico é matar o povo à fome. E a militância poética glorifica os feitos dos reis do petróleo. Ah!.. poesia da terra oca, vazia, sem conteúdo, nem irrealidade virtual.
E o poeta militante, milita, afia as goelas, palavreia:

Os meus punhais anoitecem, na destruição sistemática
Do que resta, já foi, já era, e nunca será, voltará
Punhais ferrugentos, das águas impuras
Corroídos, perdidos nos quilombos. Corruptos, corrompidos!
Ao libertarmo-nos do colonialismo tínhamos o desejo do regresso
Aos nossos gloriosos eternos quilombos. Estamos falsamente felizes

Todos mandamos, ordenamos, somos chefes, somos a anarquia
Somos livres na nossa feitiçaria, na nossa agonia
E quem é que manda?! Os donos do petróleo e diamantes!
Ser patriota, é passar fome. Nunca venceremos esta guerra
Porque é atrozmente difícil. Fácil é carregar no gatilho
Sem bibliotecas públicas, e com milhões de gatilhos
Pereceremos vencidos, vendidos à fome.

Dos poderes da magia, eis que surge o último Trovador profissional da tradição oral:
- Bantus, à procura do Graal, da perdida tradição oral! Canto a trova dos deserdados das fortunas, desesperançados da riqueza aviltados pelos poderes exteriorizados. Poder, são os povos a sofrer. O poder da miséria é histórico. Morrer, padecer à fome é um acto heróico. São tantos os soldados conhecidos. A vida da miséria é revivida. Nos tostões parcos da despedida.

O poder de Kalunga é incomensurável. Só nos lembramos Dele quando a miséria bate brutalmente no coração. Que antes era ferro ferrugento, e que repentinamente se purifica. E a lepra subsiste. Símbolo da miséria é andar de mão estendida, com o filho às costas, a chorar, a desesperar. Por entre carros desumanizados, sem conseguir mendigar. Os passos encurtam-se, está a acabar a luz solar. O chão de dormir endurece a noite sem luar. Fome é desfalecer, desarrumar a esperança sem forças para lutar.

É triste morrer só, abandonado em qualquer lugar. A fome não tem moradas, mas os seus caminhos localizam-se. Os ignaros sacralizam-nos, presenteiam-nos os caminhos da fome. Sem estrada, ponte, rua, sem nada. Os abarrotados protegem-se oprimindo os miseráveis. Os miseráveis bebem água inquinada, os abarrotados água engarrafada. O calendário da vida está prenhe de dias injustiçados.

O Trovador pausa, retoma a memória:
- Fora de questão: não é o menino das chuvadas, é o homem. É isso! E num país de sol ardente um carro aportado, abortado sem ar condicionado. As pessoas estão sempre a morrer e a nascer, a chorar e a cantar. Uns vão mais cedo, outros mais tarde. Mas todos vão. Idiotas com uma bandeira e um hino! A questão é: sem um tostão! Isto não é uma nação, é o fundamentalismo da escravidão. Uma agenda sem consenso, sem referendo da fome.

O Trovador recupera o fôlego. Lembra-se que a História dos Antepassados já era, e remata:
- Ó Bantus! Há crescimento económico no PETRÓLEO E DIAMANTES! Nós, o povo, estamos na escuridão e na sede, à mercê da fome. Vejam o que fazem às nossas mulheres! Negra é como mosca! Enxota-se, pisa-se, esmagasse, elimina-se, mata-se. O lixo é mais valioso. Este é o reino, em que o essencial é aniquilar o outro por todos os meios possíveis.

Gil Gonçalves
Imagem. Angola em fotos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A origem da grande depressão de 2008 (XXIII). Novela


Banco Millennium Angola, uma volúpia pantanosa.
Eis o sadismo do MPLA: com o horrível barulho das festas, dos escapes livres das motos, o fumo e barulho dos geradores nas noites, é um futuro a curto prazo moribundo.


Abrimos a segunda garrafa, Elder exclama:
- Sinto-me orgulhoso em ser português por causa destes vinhos. Viva o Dão Meia Encosta!
- Mas és português ou angolano?!
- Eh pá!.. não me fodas! Aqui sou angolano, em Portugal português. Já te disse que sou um cidadão do mundo. Olha…os pregos no pão já acabaram. Vou retirar algumas lagostas da arca e preparar um molho que…
- Com o bom azeite…
- Sim tens razão. O bom azeite português. Outro produto do qual muito me orgulho. Viva Portugal! E os portugueses pedófilos que se fodam. Entretanto a Igreja parece que não se dá conta de que promove a pedofilia. E ficam incólumes.
- Elder, já te disse que são apenas seres…
- E também querem promover o homossexualismo, mas o Papa não admite isso. Então para os chatearem, vários países já o legalizaram. Pouco falta para se estender ao resto do mundo.
- Na África não.
- Oh! Esses são uma cambada de atrasados.
- Elder, apenas defendem as suas tradições.
- Enquanto assim procederem nunca avançarão para a frente.
- Mas agora somos todos obrigados a sermos homossexuais?
- Mas o que é que tu queres?! Se eles já nasceram assim, temos que respeitá-los.
- E casados? Como farão filhos?
- Adoptam-nos.
- E depois educam-nos para serem também homossexuais?!
- Não é nada disso, se não fazem filhos, não será por causa disso que a humanidade se extinguirá. O homossexualismo existe desde a criação do ser humano. Legalizando-o até tende a diminuir.

Elder abre a terceira garrafa e canta:
- Ai meu vinho Dão Meia Encosta, não há cor igual há à tua. Porra! Isto é mesmo bom! Não existe no mundo nada igual. Nem o paraíso se lhe compara. Entre uma boa gaja e este vinho, escolheria o vinho.
- Sabias que o vinho nos seus primeiros tempos era considerado uma droga, divino, assim como a oliveira, reis eram ungidos com azeite.
- Sim sei disso. O culpado disto tudo foi o Carlos Magno. Antes de uma grande batalha, sonhou que viu uma cruz no céu. Ganhou a batalha e tratou de entregar tudo à Igreja. Por isso o Papa Leão III em gesto de agradecimento, corou-o como Imperador do Ocidente. É como o Marx. Ele é o Cristo e Estaline a Igreja.
- Elder, não estou a entender.
- Mas o que é que tu queres?! A igreja ficou com tudo. Depois aniquilaram os Cátaros e os Templários, apenas para os roubarem. Nem as terras escaparam. O Infante D. Henrique, o Navegador, conseguiu as suas aventuras marítimas à custa dos bens dos Templários. A história do cristianismo é uma história de massacres, genocídio de povos, roubos das suas obras literárias, e dos seus conhecimentos científicos. Com a Inquisição terminam finalmente por aniquilar qualquer oponente, e ficar com os seus bens. Quando um membro da Inquisição sabia que alguém tinha bens que lhe interessava, enviava-o para o braço secular do Santo Oficio, sem testemunhas para se defender. Tudo em nome de Deus. Mas a melhor monstruosidade que a Igreja Católica inventou, foi um demónio chamado Torquemada. Este demónio inventou instrumentos de tortura, que duvido existirem no inferno. Era mais ou menos como o 007, tinha ordens para matar. Tinha um prazer divino em matar. Como é que eu vou acreditar nesta quadrilha de malfeitores?!

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.terragalleria.com/pictures

domingo, 11 de janeiro de 2009

"Ganho dez vezes mais que em Portugal"


Em terra de negros, quem tem um olho é rei.
Banco Millennium Angola. Um banco da Faixa de Gaza.

O que mais temes não tem poder nenhum – é o teu medo que tem poder. - Oprah Winfrey

Não foi por acaso que surgiu a Revolução Francesa. São sempre os mesmos que lhe dão origem. Depois, quando as cabeças rolarem nos cestos, queixam-se que o Robespierre era um grande sacana. E que os terroristas, que a classe dirigente (?) também fabrica, só sabem lançarem bombas… e que até se imolam por misérrimos cinquenta dólares… ou menos. Que não se comparam com falsas colecções da falsa arte egípcia faraónica, que custou apenas cinco milhões roubados, a um pobre banqueiro.

Mas, onde pára o PCP?! Partido Comunista Português, esses sem vergonha que já deveriam estar na clandestinidade, a exigirem as contas aos gatunos de Portugal, aos terroristas bancários, e a julgarem-nos nos tribunais populares. Deixem um para mim!

«Luanda – "Portugueses encontraram em Angola a vida que sempre sonharam". No entanto, outros concluem que estes portugueses encontraram em Angola "oportunidades que Portugal não os proporcionou".



Os cerca de 200 mil portugueses que vivem em Angola, na maioria dedicam-se a grandes e rentáveis negócios. Por outro lado, existe a outra realidade que descreve o sofrimento e penúria de muitos angolanos que lutam dia-a-dia para sobreviver e que muitos destes por 200 dólares mensais sentem-se gratificados pelos patrões portugueses.



Estas constatações foram averiguadas na "Grande Reportagem" subdividida em 3 capítulos da TVI e que publicamos sem filtro:»

http://club-k-angola.com/content/view/1950/12/

Frases célebres 11Jan09


Mpla, partido político luandense, que gasta o tempo a dissertar sobre coisas fúteis, estéreis.

Banco Millennium Angola, um banco sem futuro.

12.11.2008 - 18h14 - António Bernardo, Lomar, Braga
Afinal o que é um banco, uma sociedade comercial com contabilidade organizada e toda a restante lenga lenga, para inglês ver? Ou é uma associação de pessoas com perfis muito duvidosos que passaram pela política e se encheram, que passaram pela banca e engordaram?! Este BPN tem nome de banco ou é (foi) uma instituição concebida, para apanhar incautos? Sr. Procurador-Geral da República, conquanto estejamos em Portugal, defenda-nos dos malfeitores. Que o contribuinte é que paga!! Gostaria de poder confiar, no sistema financeiro português se ainda for a tempo. Estou em crer que só a justiça divina nos vai salvar!!E logo em Portugal, onde o catolicismo impera, para nosso bem terreno.
Público última hora

14.11.2008 - 21h36 - Anónimo, Coimbra
Nunca me senti tão mal na vida. Pobre país, paraíso de ladrões e mafiosos. Ainda dizem que somos um povo triste e derrotista!... Só se fossemos parvos é que andaríamos alegres, vendo esta miséria. Um país onde não há trabalho de futuro, não há saúde para todos, não há justiça, a autoridade do Estado só funciona para carregar nos mais frágeis e encher os bolsos aos ladrões de bancos. É o que faz, governar com o dinheiro dos contribuintes, nem custa metê-lo no c. dos compadres. Vão para o raio que os parta. E dei eu o meu voto a este (des)governo, nunca mais! VOTOS só em BRANCO.
Público última hora

14.11.2008 - 19h43 - E. MOTTA, Tomar
Senhor Procurador Geral veja se nos livra desta "camorra". Um dia destes vai tudo para a rua exigir uma limpesa neste país. Como é possível que tanto ladrão continue impune? E que povo é este que aguenta tudo e continua a fingir que nada se passa?
Público última hora

14.11.2008 - 19h26 - jose bastos, aveiro
Não existe justiça porque a maioria dos políticos são mafiosos, os portugueses vivem num pais governado por mafiosos, esses senhores da máfia só querem em roubar o país e levar o povo português a miséria. O governo quer que os professores sejam avaliados na carreira profissional, mas quem devia ser avaliado eram os políticos e os governantes, de certeza nenhum deles tinha nota positiva porque não passam de mafiosos com diploma.
Público última hora

13.11.2008 - 22h55 - Waldemar , Luanda, Angola
Realmente nos dias de hoje não se admite recurso a armas. Digam isso aos americanos nos seus vários conflitos. Deviam ter dito isso ao Mobutu. Nunca abandonaria o poder sem o recurso às armas. Entre os vários problemas dos Tutsis no congo, diga-se de passagem provocados pelos Belgas, um deles é o facto de nunca as autoridades congolesas terem reconhecido o direitos à cidadania aos Tutsis congoleses. Isto já desde o tempo anterior ao Mobutu. O Catangueses tinham um problema parecido e acabaram por ser eles a derrubar o Mobutu. O Kabila pai já esteve quase a ser derrubado pelos Tutsis. Parece que o filho não aprendeu nada. Está a confiar demasiado nas tropas Angolanas. José Eduardo lidera na região e sabe muito bem como agradar a Gregos e Trianos ( entenda-se, Franceses e Americanos).
Público última hora

No Banco Espírito Santo, o contributo do estrangeiro totalizou 36,7%, o equivalente a 122,7 milhões de euros. Deste montante, a grande fatia corresponde aos resultados do “triângulo estratégico”, constituído por Espanha, Angola e Brasil.
Diário Económico

A Caixa Geral de Depósitos… concretizará em breve a entrada em Angola”, refere o banco nas contas trimestrais.
Diário Económico

13.11.2008 - 04h34 - juvat, Sesimbra
Mais uma vez a UE mostra o que é. Muitas bandeiras, mas, quando se trata de arriscar para as defender, largamo-as na primeira sargeta. Desenrola-se mais uma desgraça em Àfrica, consequência das fronteiras que traçámos a régua e esquadro após a Conferência de Berlim. Tal como no Ruanda vamos limitarmo-nos a chorar no fim lágrimas de crocodilo.
Público última hora

sábado, 10 de janeiro de 2009

Frases célebres 10Jan09


Banco Millennium Angola, um banco da família matador.

Este caso quase que se assemelha aos ocorridos durante o período auge da I.ª República, quando muitos prisioneiros do "27 de Maio", depois de terem sofrido anos nas masmorras da D.I.S.A., foram depois obrigados a confessar, aos seus algozes, porque tinham sido presos!!!
FpD denuncia detenção de Padre angolano Senhor PEDRO DE ASSUNÇÃO SEVO AGOSTINHO
Fonte: http://www.fpdangolaimprensa.blogspot.com

jorge
Já tenho a dispensa cheia de conservas, cereais e água. Amanhã já vou comprar a caçadeira de canos serrados!!!
Diário Económico

Vedi
A Deloitte diz que o orçamento das famílias para este Natal se contrai 4.8% ? São estas estimativas que contribuiram para que a economia mundial tenha ido pelos ares ! Então não está claro que, neste Natal, simplesmente NÃO HÁ ORÇAMENTO e que se o houve, em anos anteriores, foi à custa de cartões de crédito e de um sobre-endividamento das famílias? Os portugueses não devem ser levados a pensar que, neste Natal, deverão gastar, em média, menos 4.8% ! Simplesmente não deverão gastar ! O estudo da Deloitte não faz referência aos desempregados ? De que país se está a falar ?
Diário Económico

ALVES (bocamolle@hotmail.com)
Se fosse só no Natal,...ainda vá que não vá, o pior é que é no dia a dia que a pobreza não para de aumentar!!Se já eramos os "pobretanas" da Europa antes (mas com o cartão de crédito ainda disfarçavamos!), agora...nem é bom pensar nisso!!Haja Magalhães e privatizações de bancos mal geridos e injecçoes de capital na banca, empresas públicas a dar prejuizos de milhões e premios para os administradores etc!! O resto, logo se vê...
Diário Económico

abilio ferreira
prendam estes ladroes os gestores do bpn confisqem lhe os bens mandem nos para a prizao a ver este pais comeca a ter alguma credebilidade perante a europa tenho vergonha de ser portugues pobre pais tao peqeno e tao corrupto
Diário Económico

17.11.2008 - 16h11 - Pedro Eme, Pontinha
Não terá muita margem para argumentar, porque estou de acordo quase 100 % com o seu comentário, sobretudo nesta parte: "A manipulação dos media tem destas perversidades, levar as pessoas a pensar que os políticos que elegemos, estão lá para beneficiar quem os elege, quando quem eles beneficiam, são as empresas que lhes pagam os chorudos ordenados e "comissões" Não poderia estar mais de acordo, e já agora que estamos em maré de avaliações, sugiro que sejam avaliados, diria até: auditados, toda a actuação de gestores e empresários antes de esta se comprovar danosa. Ah! E sobretudo a classe política, sem deixar ninguém de fora, quero dizer sem excluir cores partidárias. Faz a toda a diferença quem nos governa ou (des)governa. Já agora eu sou daqueles que acham que quem prevarica cai, é que me cheira muito mal este auxílio aos bancos sabe, é que não sei o que virá a seguir, vai ver que as grandes empresas atrás mencionadas, vão seguir o exemplo dos bancos. E afinal para nossa desgraça o rei vai mesmo nu ! E ninguém parece estar a ver......
Público última hora

17.11.2008 - 15h40 - john, namibia
Ora bem, afinal nada mudou desde a era dos reis(monarquia) e do povo desgracado.Apenas se criou mecanismos ou estrategias de manipulacao a ilusao do dito povo.O povo e um rebanho apenas precisa de acreditar que afinal nao o e.O famoso capitalismo afinal era de curto termo, o dinheiro apenas numeros virtuais.Vivemos num mundo aonde nada e o que parece,a realidade e apenas algo que nos e imposto pelos media e pelos ditos REIS.Era obvio que apenas haveria pensamentos radicais quando a fomeca materialista e nao so batesse a porta...........o que se passa hoje em dia faz parte de apenas mais uma grande manipulacao dos ditos REIS.Meia duzia de homens a controlar o destino de billioes, sera que como seres humanos temos evoluido desde a era dos REIS?Ao menos nesses tempos a verdade era mais real.
Público última hora

Sdaburra
… Não acreditem nos políticos que vos mentem a toda a hora. E se virem aparecer por aí umas ditadurazitas destinadas "apenas a manter a ordem" façam como a toupeira (saudoso Zeca!!!): escavem, escondam-se deles e sublevem-se mesmo que lá por baixo só se comam raízes. Os vietnamitas derrotaram o tio sam escavando no subsolo e comendo uma tijela de arroz por dia... Não estaremos muito longe disso. "Eles" que se reunem a toda a hora e instante sabem bem porquê: não fazem a mínima ideia de como se vão sair desta!!!
Diário Económico

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXII). Novela


MPLA, um partido pedófilo. Na realidade, o MPLA reconstrói Sodoma e Gomorra. Então na pedofilia… às claras nas ruas escuras de Luanda.

Banco Millennium Angola, um banco do Santo Ofício.

Elder grita para o irmão. Heitor aproxima-se com o telemóvel a tocar. Olha para o número que está no visor e não atende. Comenta:
- É uma gaja. Dei-lhe algumas fodas, agora quer dinheiro para os medicamentos dos filhos.
- Está bem!.. Heitor, eu e o contabilista vamos para minha casa.
- Concordo. Têm o direito de descansarem porque hoje já trabalharam muito.

A empregada colocou tudo numa caixa. Elder faz-lhe sinal para lhe segredar algo no ouvido. Ela baixa-se demasiadamente. Fica numa pose bastante provocadora. Consigo ouvir o que Elder lhe diz:
- A partir de amanhã vão passar a andar nuas. Quero ver aqui muitos clientes. Acho que a casa vai ficar cheia.
E depois voltando-se para mim, afirma:
- Mas digo-o com toda a sinceridade. Qual é o problema de as pessoas andarem nuas?! Custa-me também a entender que para fazermos amor, que é um acto perfeitamente natural, temos que nos esconder?
- No tocante a isso tenho a minha opinião.
- Vamos embora. Continuamos em minha casa. Vais ver o meu carro novo.

Saímos e parámos junto ao carro. Elder abriu as portas, entrámos e diz-me orgulhoso:
- Já viste este Lancer?! Fiz um trabalho para um gajo, ele não me queria pagar, fiquei-lhe com o carro.
- É todo preto, preferes essa cor?
- Sim. Porque não se nota a sujidade. Um carro branco é trabalhoso a limpar, este mesmo sujo não se nota nada.

Havia pastas de arquivo, livros, e papéis espalhados em cima de mesas, cadeiras e sofás. Enquanto Elder, na cozinha preparava a comida, consegui arrumar o local para nos instalarmos. Ele atrapalha-se:
- Não consigo encontrar o saca-rolhas para abrir a garrafa.
- Arranja um parafuso comprido e um alicate.

Enrosquei o parafuso na rolha de cortiça, depois com o alicate puxei com força, e consegui retirá-la. Elder dá uma ideia:
- Já viste o negócio se aquelas gajas andassem nuas, era casa cheia de dia e de noite.
- Elder, no tocante a isso tenho opinião formada. Foi o cristianismo que nos impôs o andarmos todos tapados. É pecado mostrar a nudez.
- Não acredito em Deus!
- Porquê?
- Isso é tudo uma grande aldrabice. No fundo é uma grande empresa de estrutura vertical. O Papa é o presidente do conselho de administração. Os Cardeais são administradores. Os Bispos são directores. Os Padres, chefes de departamento e os Fiéis, são os operários.
- Elder, não acreditas em Deus… ou na Igreja?
- Nem numa coisa nem noutra.
- Ensinaram-me que quanto mais o negares, mais nele acreditarás.
- Mas o que é que tu queres?! Sou ateu. Não posso ser ateu? Não perco tempo com religiões.
- Parece-me que o ateísmo é uma religião. É como aquele indivíduo que diz que não quer saber de politica, mas na realidade está a exercer um acto político. O de não ser politico. Quando nos sucede algo que não podemos controlar, gritamos. Ai! Meu Deus!
- Mas o que é que tu queres?! Mantive um estreito relacionamento com um padre católico. A nossa intimidade fazia-me crer que a amizade seria eterna. Dei o meu contributo com algum dinheiro para ajudar a Igreja. Num determinado momento senti-me numa situação aflitiva. Roguei-lhe o seu apoio. Pura e simplesmente fui abandonado, desprezado. Quanto à nudez, até os dicionários há bem pouco tempo evitavam falar sobre tudo o que se relacionasse com o sexo… isso deve-se à Igreja.
- Não te esqueças que a Igreja é composta simplesmente por seres humanos.
- Mas o que é que tu queres?! Por seres humanos (?). Então não dizem que o Papa é eleito por Deus? Não sabes que o Papa João Paulo II tentou interferir na Internet? Queria controlo, que a Internet deixasse de ser livre, mas ninguém lhe ligou. E ainda bem.

Gil Gonçalves
Imagem: Angola em fotos

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sociedade anónima de responsabilidade limitada é uma enciclopédia da fraude


Banco Millennium Angola, um banco gazeador.


«João Pinto e Castro
Como dar cabo de um país

Nos últimos anos do século XVII, William Patterson, um financeiro que estivera envolvido na criação do Banco de Inglaterra, concebeu um grandioso esquema o "Darien scheme" para estabelecer uma colónia escocesa no istmo do Panamá (Darien, para os escoceses) destinada a controlar todo o comércio em trânsito terrestre do Atlântico para o Pacífico.

A Companhia da Escócia começou por angariar fundos em Londres, mas o governo inglês, receando a concorrência que o projecto faria à Companhia das Índias Orientais, opôs-se à ideia. A Companhia teve então que virar-se para o mercado doméstico de capitais, onde não teve dificuldade em angariar 400 mil libras em poucas semanas (o equivalente a 40 milhões de libras na actualidade). O entusiasmo em torno do projecto era tal que toda a gente na Escócia – rica, pobre e remediada – se endividou para comprar acções da Companhia, cujo activo equivalia a metade de todo o capital disponível no país.

Em Julho de 1698 partiu para o Panamá a primeira expedição, que integrava cinco navios e transportava 1.200 pessoas. A tragédia foi fulminante: o clima inóspito e as doenças rapidamente dizimaram um bom número de colonos. De modo que, após ser-lhes negada ajuda pelas colónias inglesas da América, o estabelecimento foi abandonado em Julho de 1699. Entretanto, como na época não havia telefone nem Internet, uma segunda expedição vinha a caminho com mais 1.200 pessoas, tendo sofrido igual destino. No final, regressou à pátria um navio com 30 sobreviventes. Em resultado, a Companhia da Escócia viu-se arruinada e, com ela, toda a nação. Aparentemente, nenhum dos promotores do empreendimento tinha a mínima ideia das condições reais do local onde haviam persuadido um país inteiro a aplicar somas colossais.

Em 1707, uma Escócia exangue resignou-se a assinar o Acto de União com a Inglaterra. Em compensação, a Inglaterra acordou pagar aos investidores da Companhia 398 mil libras. Por outras palavras, o país foi vendido. Só em 1999, três séculos mais tarde, a Escócia conseguiu recuperar o seu Parlamento.

Na época, o ódio popular incidiu mais sobre os ingleses do que sobre os promotores do "Darien Scheme", apesar da evidente estupidez do projecto e da colossal insensatez dos seus líderes, que não hesitaram em mobilizar uma nação inteira para investir em algo cuja viabilidade jamais fora suficientemente investigada. No final, os investidores recuperaram melhor ou pior o seu dinheiro; mas milhares de pessoas perderam a vida e o país a sua independência.

Esta tragédia não foi um caso isolado. A história das origens da sociedade anónima de responsabilidade limitada é uma enciclopédia da fraude, cujos pontos altos foram a Companhia do Mississípi e a Companhia dos Mares do Sul. Com tanta trapaça, o Parlamento inglês decretou a sua proibição em 1720.

Adam Smith condenava em 1776 as sociedades anónimas por concederem a uma clique a possibilidade de manipular a maioria dos investidores e conquistar um poder desmesurado sobre a economia e o Estado. Como conseguiram então sobreviver e disseminar-se elas apesar de um currículo tão negativo e de opositores tão influentes? A má razão é que isso interessava aos poderosos endinheirados; a boa, que, fora o Estado, só elas estão em condições de canalizar pequenas poupanças para volumosos investimentos em actividades que beneficiam de grandes economias de escala.

De modo que uma espécie de contrato social instituiu a tolerância da sociedade anónima a troco da sua sujeição a uma regulamentação apertada. Ainda assim, foi só em 1900 que, por entre acusações de socialismo, a lei inglesa impôs, por exemplo, a obrigatoriedade de apresentação aos accionistas de contas auditadas.

Os sucessos recentes na Islândia recordam-nos que, ainda hoje, é possível os desmandos de aventureiros descontrolados levarem um país à ruína. Mas os estudantes de economia são poupados ao conhecimento de eventos como o relatado, não vá dar-se o caso de ficar abalada a sua confiança nas teorias muito limpinhas que lhes explicam como as economias funcionam. É muito mais conveniente fazê-los crer que tudo se resume a encontrar o ponto de intersecção da oferta e da procura, ignorando a importância das relações de poder na determinação do resultado final.

Sabemos há séculos que as sociedades anónimas se prestam a toda a espécie de abusos quando a sua actuação não é convenientemente regulada. Em casos extremos, podem semear a miséria e arruinar países. Mas foi preciso chegarmos junto ao abismo para esta verdade ser recuperada e reconhecida.»

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=347920

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Origem da Grande Depressão de 2008 (XXI). Novela


As forças de ocupação do banco Millennium Angola, têm uma câmara de gás privativa.

«Angolanos. Os muçulmanos estão de tal maneira implantados que agora já nunca mais os tiramos daqui. Os ismaelitas, que vieram com uma mão à frente e outra atrás, estão milionários e mancomunados com os nossos ladrões nacionais, por exemplo, sabem quem é o Amim Bangi, um drogado que chegou fugido de Portugal, em 10 anos ficou milionário, como? Roubando.

O Ministério das Finanças, pagou-lhe milhões de dólares de mercadoria que nunca forneceu. Façam uma investigação séria à empresa Marvimport, ou Vitocaldas e outras que foi utilizando, e descobrirão as fraudes e os comparsas nacionais. A Imporafrica é outra. O Abdul e o seu comparsa Faruk, vieram fugidos e falidos da empresa Tricos de Portugal, agora são o que são, estes índios, foram os mentores do chamado caso dos biliões e mais tarde dos triliões, por acaso algum foi a julgamento? Não! Porquê? Porque os nossos corruptos estão feitos com eles, o dinheiro não tem cor nem religião.

Ainda temos aí mais rafeiros como os da Teorema, os Nizas, pai e filho, os da Euroafrica, e tal de Jamal da Socogrel, etc., etc. Por isso Mangolés, qualquer dia estamos todos a rezar de cu para o ar, porque os nossos dirigentes querem é dinheiro, não querem saber do que se vai passar em Angola dentro de 30 ou 40 anos»

- Elder, pelos pormenores que esta informação contém, parece-me que é alguém que conhece muito bem os enredos da podridão angolana.
Elder não comenta, prefere fugir para a temática das eleições.
- E o partido que oferecer telemóveis à juventude, ganha as eleições. Mas, a questão fundamental é que neste país não existe oposição. Apenas oram ou lêem comunicados… dão entrevistas para darem nas vistas. Não conseguem mobilizar o povo porque ninguém acredita neles. Nunca vi em parte nenhuma, uma oposição como esta. São simplesmente confrangedores. Este país nunca sairá deste marasmo. O mais curioso é que os intelectuais parecem que não existem. Onde estarão?! Porquê o seu silêncio (?) Estarão definitivamente acomodados?!

A aparelhagem da pista de dança da boate iniciou a sua actividade, a sua costumeira barulheira. O som estava altíssimo, insuportável. Para conversar quase que se tinham de encostar os lábios aos ouvidos. De qualquer modo quase se gritava para se ser escutado. Então roguei a Elder:
- Desculpa, mas com este barulho não é possível conversar. Não sei como consegues suportar isto.
- Também não consigo… calma que já vamos para minha casa acabar a conversa.

A empregada chegou e recolheu o que estava na nossa mesa. Novamente ao baixar-se de frente, os seios mostram-se quase totalmente, sedutores, e depois de costas, o seu traseiro bem modelado, convite mudo de sensualidade. Elder ordena-lhe:
- Prepara quatro pregos no pão, e trás as seis garrafas de vinho tinto Dão Meia Encosta que estão na prateleira e põe na minha conta.

Enquanto a empregada executa o pedido, entram dois portugueses fugidos da reforma agrária do Zimbabué. Encostam-se ao balcão e observam o que a parabólica está a transmitir. Está num canal que só transmite música com negros e negras. Pessoalmente estava a apreciar. Especialmente a dança sensual dos corpos das negras, a naturalidade genética. Para mim as negras eram… são, muito bonitas e muito sensuais. Um dos portugueses reclama para a empregada:
- Tira essa merda daí, põe isso noutro canal!

Gil Gonçalves
Imagem: Angola em fotos

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Terror bancário. Fim da civilização cristã


Banco Millennium Angola, um banco Zanu.

Se as democracias dependem dos bancos e banqueiros, então são democracias bancárias.

«Comment SRGPORTorigem, Mundo 05/01/09 16:40
O mundo está a cair no colapso total. se todos os estados do mundo civilizado, forem obrigados a abrir a sua contabilidade a empresas idóneas, para fazerem, um relatório do PIB, vai ser a declaração de Banca Rota generalizada, de todas as economias no mundo.

Banca
Itália vive novo escândalo financeiro

Pedro Duarte
05/01/09 14:43

As autoridades municipais italianas equacionam avançar com acções legais contra alguns dos maiores bancos europeus, já que os contratos celebrados com estas instituições para a gestão da sua dívida poderão gerar perdas de 35 mil milhões.

A confirmar-se este valor e o caso pode tornar-se no maior escândalo financeiro em Itália desde a fraude da Parmalat, em 2003-2004.

O jornal britânico 'Daily Telegraph' revela hoje que o município da cidade de Milão está a preparar uma acção legal contra um grupo que inclui os bancos Deutsche Bank, UBS, Depfa (parte da sociedade alemã Hypo Real Estate) e ainda o norte-americano JP Morgan, que havia celebrado um contrato para ajudar esta cidade a gerir os pagamentos de obrigações no valor de 1,7 mil milhões de euros.

"Reservamos o direito de tomar acções legais" sobre o assunto, disse a presidente da Câmara de Milão, Letizia Moratti, citada pelo 'Daily Telegraph'. O periódico acrescenta que as autoridades italianas também estão a investigar o assunto, tendo já realizado diligências aos escritórios dos bancos envolvidos.

O jornal acrescenta que a situação que se vive em Milão está a ocorrer por toda a Itália, esperando os observadores que os municípios do país vejam a sua posição financeira deteriorar-se ainda mais em 2009, o que os levará a examinar mais atentamente os acordos que efectuaram com os bancos para gerir a sua dívida.»

http://www.economico.pt/noticias/italia-vive-novo-escandalo-financeiro_208.html
Imagem: http://altohama.blogspot.com/2008/12/gente-feia-porca-e-m-gente-porca-m-e.html

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bancos e Banqueiros Herdeiros de Awschvitz


Banco Millennium Angola, um banco Pol-Pot

“O trabalho liberta”.

Diz o ditador: sem violência, este mundo seria uma tristeza.

Os piores terroristas do mundo são os que nos fazem passar fome. E ainda que o preço do barril de petróleo chegue a mil dólares, a vossa fome em Angola aumentará. Porque o Banco Millennium Angola comprará duas ou dez bombas atómicas para amedrontar o mundo. Há bancos que não sabem reinar.

Andam com o Banco Millennium Angola no bolso. Uma das premissas fundamentais para o desenvolvimento de um banco, é a obrigatoriedade das vendas a crédito. Sem elas não há desenvolvimento. Mas, nas dinastias milenares, obrigam-se os escravos esfomeados a trabalharem sem o usufruto de nada. Infelizmente nos tempos modernos ainda existem bancos que se formaram antes de Cristo.

Sentem-se felizes ao saírem dos seus palácios, para observarem a miséria dos seus súbditos. Depois anunciam-se com palavras bonitas: há mais de mil anos que vejo a vossa fome, esperem mais igual tempo que prometo acabar com as vossas vidas para sempre. Na verdade, quero que todos se danem. Desde que tenha o meu bem-estar, o resto são palavras. Trinta e tal anos depois, continua-se nesta cidade à procura de um local calmo e seguro.

À espera do que os colonos deixaram desabe de vez. E tudo fique como à quinhentos anos atrás, na nossa cultura e tradição rejuvenescidas. Por mais que procuremos a liberdade nunca a encontramos. Porque surge sempre um opressor no nosso caminho. E quanto mais dinheiro tiverem, mais opressão de chicote nos asseguram.

Quando na cidade moribunda, todas as luzes se apagarem, só passados cem anos um sábio aparecerá. E dirão os sobreviventes que foi Deus que o enviou.

A verdadeira percepção da arte, é quando vemos coisas que os outros não vêem. E a Natureza como a nossa mãe é disso testemunha. Para que um rico aumente a sua riqueza, são necessárias no mínimo, dez milhões de pessoas que morram à fome. Os bancos e banqueiros atingiram a perfeição da morte.

Já não necessitam de ninguém. Nos seus julgamentos observo-os e não me intrometo. Onde julgam, o seu pensamento é só um: dinheiro. Há muito se esqueceram do que lhes ensinei. Para um julgamento justo, primeiro é o amor. Segundo, é ainda o amor. Onde o dinheiro prevalece, a justiça desaparece.

Orgulho-me de lhes ter oferecido, e disso não se deram conta, porque só contam o dinheiro; uma vida de inutilidade; qualquer um de vós é escravo, um inútil; sim! Desde o faminto, ao mais rico e até ao mais poderoso, todos finalmente vivem na inutilidade; o faminto obedece a qualquer, porque deles recebe inutilidades sem pestanejar;

O Banco Millennium Angola, vive na suspeição de alguém lhe usurpar o trono; o mais rico não dorme com receio que os seus filhos, ou um amigo, lhes roubem as fortunas; o mais poderoso reza a um deus desconhecido, que apareça na multidão de conselheiros. Algum que anule o poder da nova nação que nunca se tornará igual mas, sempre mais ruinosa.

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.eb23-p-francisco-soares.rcts.pt/guerra/guerramundial/camposde.htm

domingo, 4 de janeiro de 2009

A Origem da grande depressão de 2008 (XX). Novela


Banco Millennium Angola. Tantos prédios, tantos condomínios, tanta construção. Onde estão os esgotos, a água e a energia eléctrica?! Mas, isto é altamente criminoso. Ninguém prende e condena esta gentalha?!

Elder avança:
- Os lucros do petróleo sobem. Os custos de importação também. Não sei onde está o lucro. Mas o que é que tu queres?! Nem conseguimos fabricar uma bicicleta.
- Elder, isso não se deve também ao adiamento constante das eleições?
- Mesmo que outro partido as ganhe a situação não sofrerá nenhuma alteração. Acho que vai piorar ainda mais.
- Porquê?!
- A corrupção está de tal modo implantada que não se consegue sair dela. As petrolíferas vão manter ou aumentar os níveis de corrupção. Qualquer partido político que interfira nos seus interesses não durará muito tempo.
- Elder, acredito que são os efeitos da globalização.
- Tantos intelectos que existem por aí, e não têm acesso à Internet. Convém-lhes um povo completamente analfabeto. Para quando algum estrangeiro aqui chegar, dar-lhes a volta facilmente. É tão fácil aos EUA acabar com os regimes corruptos, mas isso não lhes interessa. E quando um presidente da república não lhes interessar mandam-no passar férias.
- Elder, isso significa que sempre assim foi e sempre assim será?
- Não tenho qualquer dúvida. Outro aspecto é que não se pode confiar em ninguém. Era muito amigo de um comandante da polícia. Aflito, pois estava sem carro, telefonei-lhe para me dar uma boleia. Disse-me que vinha já. Esperei, esperei e não apareceu. Depois nem se dignou falar mais no assunto. E andava sempre atrás de mim a pedir-me isto e aquilo.
- Elder, a moral é coisa…
… Mantinha grande amizade com um coronel, depois foi promovido a brigadeiro, agora é general. Pensei que entre nós existia uma amizade profunda e sincera, actualmente como já não necessita dos meus préstimos, mandou lixar a nossa amizade. Enquanto necessitava de mim, fingia-se meu amigo.
- Elder, o civismo…
… Uma coisa muito anedótica é quando um indivíduo se apresenta com um cartão de visita com o nome, por exemplo, Abu Bakar. É imediatamente recebido pelas altas estruturas do poder... assim não dá. Não se pode confiar em ninguém. O que interessa é roubar, seja o que for. O sistema está tão implantado, que quem não roubar, morre à fome.
- Elder, a identidade cultural…
… No fundo concordo com a política de Fidel Castro em Cuba. Para resistir e evitar a escravidão do seu povo torna-se ditador. Quando os EUA pretendem derrubá-lo por todos os meios, para explorarem as suas riquezas e fazerem lá uma colónia de férias, com os grandes lucros que daí sairiam, ele livra-se disso. E naturalmente apelidam-no de ditador. Se Fidel Castro obedecesse aos EUA, seria considerado um grande democrata. Actualmente o que os EUA fazem na África Negra, e noutros países é simplesmente aterrador. Não há comparação possível com o colonialismo. Estão a matar milhões de pessoas à fome.
- Elder, acho que Marx fortaleceu o capitalismo porque…
… Mas o que é que tu queres?! O culpado não foi o Marx. O Estaline é que estragou tudo. Ainda hoje conheço pessoas que quando vêem a sigla URSS ficam quase em pânico. Sentem um mal-estar pelas recordações que essas quatro letras lembram. Do mesmo modo as siglas MPLA, UNITA e FNLA deveriam ser alteradas devido às recordações que comportam. Lembram o terror das inúmeras matanças. Trazem sempre muitas memórias aterradoras. Para terminar vê o que apanhei no site do Angonotícias, de um tal Grathus que comentava um artigo sobre os muçulmanos em Angola:

Gil Gonçalves
Imagem: Angola em fotos

sábado, 3 de janeiro de 2009

Mais bancos e mais banqueiros, igual a revoluções violentas.


Banco Millennium Angola, um banco de sangue.

«A BANCA CONTINUA A MANDAR NO PAÍS...

Os bancos são quem mais ordenam em Portugal, são eles que decidem e a seu belo prazer e impõem as suas regras dos Capitais.
Nos bancos nada se consegue, sem que tenha que aceitar um PPR, SEGURO DE GARANTIA ou outro ... Quem não aceitar vai pedir para a porta da igreja.

É vergonhoso, o que se tem passado na banca nos últimos 15 anos.
A incapacidade das entidades reguladoras de regular e controlar os bancos, são tão evidentes, que o Estado foi lesado em muitos biliões de Euros, sem que ninguém seja responsabilizado.
Temos o exemplo do BCP que continua com os crimes económicos às pessoas lesadas pelo próprio banco ...
Não deveria ser o Governo a dar "empréstimos" de milhares de milhões de euros aos bancos, mas sim quem arruinou os próprios bancos, pois hoje gozam as suas milionárias reformas e prémios chorudos, sacados aos seus próprios bancos...

Temos que responsabilizar e punir os gananciosos e criminosos bancários, pelos prejuízos monstruosos e desgraças, que criaram a milhares de pessoas inocentes...BCP, BPN, BPP... Como afirmou Saldanha Sanches em 16 ou 17 deste mês...
O que mais me entristece no meio de tudo isto é haver uns gajos que não fazem outra coisa senão andar a gamar, armados em sérios gestores, banqueiros e políticos. Estamos entregues a uma cambada que ainda por cima tem a lata de afirmar que se preocupa com o seu semelhante e para salvaguardar os seus interesses é capaz de fazer guerras, de humilhar povos e aqui entra o inevitável, ora em nome da democracia ora em nome da liberdade.

O dinheiro que eles gastam e roubam dava para acabar com a fome no mundo e o que restasse devia ser aplicado na ciência, na descoberta de meios de salvar pessoas que em pleno século XXI continuam a morrer por causa duma simples gripe ou pela mordidela de um mosquito.
A diferença que existe entre um regime totalitário e um regime democrata não é nenhum

Os contribuintes, esses pobres, coitados, quando em falta para com o estado, são severamente penalizados com juros e mais juros, que às tantas devemos mais em juros do que em capital, os bancos conforme está agora a ser provado, deixam milhões por pagar e nada acontece.
Há muito por fazer, e se não for aproveitada esta oportunidade de fazer mudanças, verdadeiras reformas de fundo de modo a humanizar mais esta enorme desigualdade, dificilmente as coisas mudaram.

Comentário:
Há meses, 2 emigrantes brasileiros «entraram» no BES e o resultado foi o que se viu;
Há meses, o BCP emprestou dinheiro ao filho do seu dirigente de topo, perdoando-lhe o crédito correspondente;
Há anos, o BCP «entrou» nos bolsos de milhares de clientes para encobrir uma operação "estrondosa, manipuladora e escandalosa" de compra de acções próprias BCP;
Há tempos, o BCP «entrou» em Angola e tornou-se «o banco do MPLA»;
Há anos que a família de José Eduardo dos Santos (ZEDU) «entra» nos bolsos dos angolanos, libertando-os da maçada de terem de gerir as riquezas naturais da sua nação;
Depois de ter «entrado» em Portugal já de inúmeras maneiras, a "nova-rica-sabe-se-bem-como-socialista-a-caminho-do comunismo" Isabel dos Santos, «entrou» no BPI através do amigo BCP.

Fernando Braga de Matos
A nossa crise, a autêntica a contínua

Por esse mundo fora varrem as ondas da crise financeira e da recessão económica , que nós também a estamos a usufruir e a caminho de apanhar com o olho do furacão lá mais para diante.

Por esse mundo fora varrem as ondas da crise financeira e da recessão económica , que nós também a estamos a usufruir e a caminho de apanhar com o olho do furacão lá mais para diante.

É a mais grave das nossas vidas, mas em geral as coisas vão acabar por se compor, mais cedo ou mais tarde, com mais penas ou menos penas. Muitos países encontram-se estruturados para receber fortes impactos negativos, tremendo mas não caindo, como aquelas pontes maravilhosas que abanam com os ventos mas cuja elegante flexibilidade faz absorver os choques. E depois, a sua formatação politico, económica e social , virada para o movimento e o dinamismo, permite por isso mesmo o florescimento de um espírito equivalente de progressismo e optimismo nas populações. São países onde se pensa e sente que os "melhores dias são os que estão para vir"1.

Em contraponto, há aqueles sítios onde paira a desgraça continuada e nada há a fazer, seja por razões de guerras ou ditaduras brutais que frustram, demasiadas vezes, a possibilidade da busca da felicidade pessoal e até deixam em risco as vidas e a liberdade. Aqui não se pensa em progresso, apenas em soltar as grilhetas.

Cá em Portugal, pela nossa parte, cultivamos a crise permanente. Um estado de modorra empedernido, de insatisfação e desistência, de inveja e de protecção mesquinha de interesses próprios inibe a capacidade colectiva e dissuade a iniciativa individual2. Mas, infelizmente, existem fartas razões para isso.

Basta pensar na década perdida, quase a acabar com o final deste ano, de mais afastamento do grupo de países a que pretendemos pertencer. Enquanto o mundo crescia ao ritmo alucinante de 5% ao ano, nós por cá ficamos na zona da unidade, apesar da enxurrada de fundos comunitários que continuamos a receber e que, só por si, preenchem essa miseranda taxa de evolução positiva. Já tínhamos sido os felizes contemplados com outra década perdida, a de 1975-85, e com, tantos decêndios a descontar, devemos sentir que temos muita riqueza ainda disponível para o desperdício - mesmo quando se oculta que tal descalabro do afastamento em relação aos da frente, por décadas, já não acontecia desde 1930! Tudo isto, enquanto vamos recebendo novas que nos colocam nos últimos lugares de quase todas as tabelas.

Mas com as estruturas paralisantes de gigantismo do Estado, de mâocomunhão com interesses instalados, corporativos ou económicos, com dirigentes políticos e sociais míopes ou mesmo cegos e seguramente incapazes3, e , acima de tudo, sem expectativa de regeneração, mais vale mesmo distrairmo-nos com as quezílias do futebol, um divertido anestesiante que faz esquecer a falta de esperança.

"No salimos de la cepa tuerta", como dizia o palhaço rico, mas triste, no português espanholado da praxe. E isto é um optimista a transcrever…

1 Numa das mais recentes reestruturações do sistema fiscal nos Estados Unidos, virada para as classes médias e pequenas e médias empresas, verificava-se que o grupo mais favorecido iria acabar por ser o de mais alto escalão, abrangendo 1% dos contribuintes. Ora, numa sondagem publicada na época pela Newsweek, verificava-se que 10% dos inquiridos pensava encontrar-se naquele grupo mais elevado e outros 10% calculava integrá-lo nos 10 anos subsequentes.
Os americanos vivem convencidos da sua excepcionalidade como país, mas, seja assim ou seja assado, esta demonstração de sentimento positivo e optimismo dá que pensar.

2 Penso que muito fica ilustrado quando , aqui há uns anos, a minha Universidade de Coimbra entrou em greve de alunos, protestando contra o aumento de propinas (aliás subsidiadas a 80%), liderada por um terceiranista repetente, com 27 anos, presidente da Associação de Estudantes - o chamado exemplo de sucesso e realização.

Quando a futura elite do país faz greve contra si própria e parece não perceber que o prejuízo de tal "luta", como agora se diz exaustivamente, era para quem a praticava, fica quase tudo dito. Afinal não era elite, apenas um grupo de idiotas.

3 Embora toda a gente goste de bater em Santana Lopes, o meu preferido continua ser António Guterres , cujo governo era classificado pelo seu próprio ministro das finanças, o excelente Sousa Franco, como "o pior desde D. Maria I". Quando soube que ele tinha ido para comissário para os refugiados, da Nações Unidas, no princípio até julguei que seriam os que ele próprio iria fazer desencadear.»

In Bcp Crime
Imagem: Imagem: http://pissarro.home.sapo.pt/angola.htm